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A relação água-cimento: um frágil equilíbrio

A relação água-cimento: um frágil equilíbrio





Nós todos sabemos: os relacionamentos são complexos. Seja com o casal, com os pais ou com os filhos (ou com cada um deles), eles exigem ingredientes sem fim para dar frutos. Mas você sabia que, no que diz respeito aos relacionamentos, o concreto também é afetado? Embora seja difícil acreditar, a relação água / cimento desempenha um papel fundamental em sua composição. Junte-se a nós (psico) para analisar o assunto.

Relação A / C 101: o básico

A relação água-cimento pode ser definida como a razão entre o teor de água efetivo e o teor de cimento de massa do concreto fresco. (Para quem não sabe, o teor de água efetivo é a diferença entre a água total presente no concreto fresco e a água absorvida pelos agregados, enquanto que o conteúdo de massa do cimento é mais o quilo de cimento .) o próprio conceito da relação água-cimento foi desenvolvido pelo pesquisador americana Duff A. Abrams em 1918 - o mesmo que nos trouxe o cone de Abrams para medir a consistência de betão - por determinação da relação entre a relação água- cimento e a simples resistência à compressão do concreto endurecido.

Frágil equilíbrio ou porque não derramar a água para o concreto indiscriminadamente

"Dê-lhe um pouco de água que vem forte" - palavras tristemente recorrentes nas obras, e que têm resultados muito negativos sobre as propriedades do concreto projetado. Por quê, ele pergunta? Porque cada vez que um operador, um condutor de betão, ou qualquer outro profissional envolvido no processo, adicionar água ao betão (com uma mangueira dirigida para dentro do misturador - a menos que um é ter máquina Putzmeister , de curso, que automatiza o processo), o que está fazendo é alterar a frágil relação água-cimento. E isso pode ter duas repercussões sérias no nível de qualidade:

  • A perda de resistência

O teor habitual de cimento de um m3 de concreto projetado é de 400 a 450 kg / m3. Por simplicidade, vamos considerar um valor intermediário de 425 kg / m3 e uma relação água-cimento de 0,45. Isso significa que em 1 m3 de concreto temos:
  • Cimento 425 Kg
  • Água: 425 Kg de cimento x 0,45 Kg de água / Kg de cimento = 191,25 Kg de água
Agora, imagine que o trabalhador em questão pegue a mangueira de água, porque parece que o concreto é muito duro. Em alguns minutos, assumindo que uma mangueira pode dar entre 30 a 90 litros / minuto, foi adicionado ao betão Cuba contendo 6 m3, nem mais nem menos do que entre 60 e 180 litros de água . Essa quantidade faz com que nossa relação água-cimento seja modificada de 0,45 para 0,473 - 0,52.
Relacionamento-água-cimento

E isto afecta directamente a força de concreto, que cresceu a partir de 30N / mm2 a ser 24,8 N / mm2 - ou uma perda de 17% da resistência à compressão aos 28 dias (Figura no final deste post ).
  • A perda de durabilidade

Como a resistência, a durabilidade também é afetada quando a relação água-cimento é alterada. Por exemplo, quando o último é alto, as partículas de cimento são amplamente espaçadas.
Isso faz com que, quando a montagem ocorre, os produtos da hidratação do cimento não cubram todo esse espaço e haja poros pequenos. Portanto, quanto maior a relação água-cimento, maior a porosidade do concreto e, consequentemente, menor a sua durabilidade.
Relacionamento-água-cimento

Por outro lado, com uma relação água-cimento que não é alta, a porosidade é menor e a durabilidade é maior.
Relacionamento-água-cimento

Conclusão: melhor resistir à tentação

Como qualquer relacionamento, a água e o cimento são complexos - e agora você sabe o porquê. Então, em vez de alterá-lo despejando água, é melhor resistir à tentação. E se o concreto não vier com o cone da especificação, recomendamos que você devolva o tanque para a planta.
 Relacionamento-água-cimento


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Curvas de Abrams em Excel (Revisado)

Para facilitar o trabalho de iniciar uma dosagem  anexo as curvas de Abrams para diversas resistências do cimento aos 28 dias. As curvas estão em uma planilha em Excel o que facilita mais ainda o trabalho, pode-se tirar as fórmulas destas curvas, tudo livre.

Estas curvas foram divulgadas peal ABCP sendo para os cimentos de várias resistências.Mas sempre é prudente se fazer estas curvas com seus próprios materiais e principalmente quando os volumes de concreto a serem produzidos forem elevados para poder ter um melhor beneficio de custo.

Teve um comentário de que divulgo duas curvas, a curva de Abrams serve para dar inicio a uma dosagem. Logo deve-se apurar com resultados qualquer que seja o método de dosagem do concreto.

O método que divulgo o DPCON (Dosagem Paramétrica do Concreto) faz estas curvas com seus  próprios materiais, tudo modernamente sem ter nada empírico. Fazer uma curva por 3 pontos não se deve nunca mas muitos métodos utilizam essa prática.

Veja aqui como adquirir aqui o DPCON VS03:

http://www.clubedoconcreto.com.br/2019/03/lancamento-dpcon-vs03.html

Baixe  esta planilha das curvas de Abrams no Google Drive, aprimorei e coloquei como fazer uma fórmula de sua curva com o seu próprio ensaio de cps.

https://drive.google.com/file/d/1h7nBMW0EsmUCgpJvcjIkCzn5gj6mr-f3/view?usp=sharing

Ou baixe aqui pelo Ebah (complicaram um pouco esse acesso)

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhEAIAF/curvas-abrams-diversas

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Dosagem concreto (excel) RAMY MOHAMMAD NABIEH MOHAMMAD



Dosagem do concreto elaboradas por  RAMY MOHAMMAD NABIEH MOHAMMAD, para a empresa R. Design Inc.

São realizados planilhas para fazer traços de 20 até 120 Mpa e não se assuste porque as colunas são da direita para a esquerda mas o Excel não altera.

Baixe aqui
https://pt.scribd.com/doc/15883851/High-Strength-400-800

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Resistência à tração do concreto




Os  conceitos  relativos  à  resistência  do  concreto  à  tração  direta,  fct,  são análogos aos expostos no item anterior, para a resistência à compressão. Portanto, tem-se  a  resistência  média  do  concreto  à  tração,  fctm,  valor  obtido  da  média aritmética dos resultados, e a resistência característica do concreto à tração, fctk ou simplesmente ftk, valor da resistência que tem 5% de probabilidade de não ser alcançado pelos resultados de um lote de concreto.

A  diferença  no  estudo  da  tração  encontra-se  nos  tipos  de  ensaio.    três normalizados: tração direta, compressão diametral e tração na flexão.



a) Ensaio de tração direta

Neste ensaio, considerado o de referência, a resistência à tração direta, fct, é determinada   aplicando-se   tração   axial,   até   a   ruptura,   em   corpos-de-prova   de concreto simples (Figura 2.2). A seção central é retangular, medindo 9 cm por 15 cm, e as extremidades são quadradas, com 15 cm de lado.




  
b) Ensaio de tração na compressão diametral (spliting test)

É  o  ensaio  mais  utilizado.  Também  é  conhecido  internacionalmente  como Ensaio  Brasileiro.  Foi  desenvolvido  por  Lobo  Carneiro,  em  1943.  Para  a  sua realização, um corpo-de-prova cilíndrico de 15 cm por 30 cm é colocado com o eixo horizontal entre os pratos da prensa (Figura 2.3), sendo aplicada uma força até a sua ruptura por tração indireta (ruptura por fendilhamento).






  

O valor da resistência à tração por compressão diametral, fct,sp, encontrado neste ensaio, é um pouco maior que o obtido no ensaio de tração direta. O ensaio de  compressão  diametral  é  simples  de  ser  executado  e  fornece  resultados  mais uniformes do que os da tração direta.



c) Ensaio de tração na flexão

Para  a  realização  deste  ensaio,  um  corpo-de-prova  de  seção  prismática  é submetido à flexão, com carregamentos em duas seções simétricas, até à ruptura (Figura 2.4). O ensaio também é conhecido por “carregamento nos terços”, pelo fato das seções carregadas se encontrarem nos terços do vão.

Analisando  os  diagramas  de  esforços  solicitantes  (Figura  2.5)  pode-se  notar que  na  região  de  momento  máximo  tem-se  cortante  nula.  Portanto,  nesse  trecho central ocorre flexão pura.
Os  valores  encontrados  para  a  resistência  à  tração  na  flexão,  fct,f,  são maiores que os encontrados nos ensaios descritos anteriormente.



  

d) Relações entre os resultados dos ensaios

Como  os  resultados  obtidos  nos  dois  últimos  ensaios  são  diferentes  dos relativos ao ensaio de referência, de tração direta, há coeficientes de conversão.

Considera-se a resistência à tração direta, fct, igual a 0,9 fct,sp  ou 0,7 fct,f, ou seja,  coeficientes  de  conversão  0,9  e  0,7,  para  os  resultados  de  compressão diametral e de flexão, respectivamente.
Na falta de ensaios, as resistências à tração direta podem ser obtidas a partir da resistência à compressão fck:



fctm  = 0,3 fck^2/3


fctk,inf= 0,7 fctm


fctk,sup  = 1,3 fctm

Nessas   equações,   as   resistências   são   expressas   em   MPa.   

Extraído de: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec702/EESC/Concreto.pdf

Nota do Administrador: Com a mudança das Normas de Cimento se faz necessário realizar algum desses ensaios se houver necessidade de um concreto com uma determinada resistência a tração, o que é o caso de elementos fabricados em concreto protendido. 
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Como Calcular a Resistência de Compressão

Para se obter a Resistência a compressão é necessário ter os corpos de prova moldados segundo a NBR 5738/2015 e  estes corpos de prova devem conter as seguintes informações: 

◦ Número de identificação do corpo de prova; 
◦ Data da moldagem; 
◦ Idade do corpo de prova; 
◦ Data do ensaio; 
◦ A resistência à compressão expressa com aproximação de 0,1MPa; 
◦ Tipo de ruptura do corpo de prova

A prensa de ensaio deve estar com sua aferição feita e com um certificado que tem validade de um ano, veja um certificado de uma prensa:



De acordo com a NBR 12655/2015, a amostragem do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes que atendam aos limites da tabela 02 da norma. 

De cada lote deve ser retirada uma amostra, com número de exemplares de acordo com o tipo de controle. 

Cada exemplar é composto por 2 corpos de prova e adota-se como resistência do exemplar o maior dos valores obtidos.



Resistência à compressão dos corpos de prova:

Resistência à compressão =  Carga da Ruptura  (Kg) /Área da seção transversal (cm²)
onde:

  • Carga de ruptura é a leitura da prensa corrigida com a tabela de aferição (em Kg )


  •   Área da seção transversal  (em cm² ) seja para exemplificar utilizando os corpos de prova  de  10 x 20 cm, então temos como área 


Área=Pi()*d*d/4= 3.1416*10*10/4=  78.54 cm²

Como o resultado deve ser expresso em Mpa e com aproximação de 0,1MPa é necessário fazer a transformação de Kg/cm² para Mpa onde 1Mpa é igual aprox a 10 Kg/cm²

A formula ficaria assim para termos o resultado em Mpa:


Resistência à compressão = 
Leitura da prensa corrigida/10 /78.54 = Leitura prensa corrigida /785.4 (Mpa)



Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra



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Testes de concreto projetado: o cone de Abrams [Vídeo]



Testes de concreto projetado: o cone de Abrams [Vídeo]

Outro teste essencial para medir a consistência do concreto projetado é o teste do cone Abrams. Como é o caso da mesa de agitação , a metodologia de teste é simples e requer apenas materiais básicos, facilitando a execução direta na frente de trabalho.


 O teste é projetado para medir o assentamento do concreto projetado , ou sua fluidez, que é de grande importância para determinar sua capacidade de bombeamento e minimizar as pulsações da bomba de concreto.

Como o teste é realizado?

Neste teste, um molde tronco cônico é preenchido com três camadas consecutivas de concreto projetado. Quando é desmoldada, a diferença de altura entre o cone e o assentamento do concreto projetado é medida e comparada.
Nosso vídeo mostra os passos a seguir para o teste Cone de Abrams, de acordo com a norma européia UNE-EN 12350-2: 2009.

Antes de começar, é necessário certificar-se de que a mistura é amassada de forma homogênea. O processo é desenvolvido da seguinte forma:
  1. Encontre uma superfície plana e nivelada
  2. Limpe e umedeça a mesa e o cone
  3. Coloque o cone no centro da mesa e segure-o
  4. Encha o cone com a primeira camada de concreto projetado - aproximadamente um terço do molde - e compacte a camada com 25 batidas da barra do compactador
  5. Repita com a segunda e terceira camadas
  6. Use a barra para remover o excesso de concreto, deixando a mistura nivelada com a borda do cone e limpe a mesa
  7. Levante o molde verticalmente, tomando cuidado para não causar nenhum movimento lateral ou de torção
  8. Imediatamente após a remoção do molde, meça a diferença de altura ou assentamento ( h ) entre a parte superior do molde e a amostra de concreto assentada.
  9. O teste completo deve ser concluído em um total de 150 segundos do início ao fim

Que precisa?

Para fazer o teste você precisa:
  • Uma bandeja  (basicamente uma superfície plana de ferro),
  • Um  molde de cone  em  metal aberto acima e abaixo (altura de 300 mm e diâmetros de 100 mm na parte superior e 200 mm na base),
  • Uma  barra de compactação com 600 mm de comprimento

Resultado do teste

Certifique-se de que seu assentamento seja simétrico e não tendencioso ou recolhido, ou o teste será inválido.
Putzmeister Metro  recomenda que o valor de liquidação do concreto projetado deverá estar entre 180-220 mm (corresponde a um tipo de consistência S4-S5), e também é recomendado por EFNARC, a Federação Europeia de especialidades químicas para Construção e Sistemas de concreto ( Federação Europeia de Especialistas em Químicos de Construção e Sistemas de Concreto ).
Se as diretrizes não forem cumpridas, o concreto projetado não será adequado para a projeção e, portanto, o resultado não será o ideal.
Fontes :
  • Comité Europeu de Normalização (CEN), "Testing Fresh Concrete: Part 2: Slump Test", publicado em 2009
  • EFNARC, "Especificações & Diretrizes para Concreto Auto-Compactável", Página 21, Publicado em fevereiro de 2002, Último acesso em 15/11/2016

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Dosagem e preparação de argamassa e concreto - Leroy Merlin (Espanhol)


A argamassa é usada para colocar tijolos, blocos e pedras; aplique emplastro em fachadas; preparar camadas em pisos de concreto e inúmeros outros trabalhos de construção.





  • Composição de Argamassa
    • Dosagem da argamassa para um saco de cimento
  • Composição Concreta
    • Dosagem para 1 m3 de betão
    • Como calcular o volume de concreto necessário
    • Quanta água usar para amassar argamassa e concreto
    • Ferramentas
  • Preparação
    • Desenvolvimento mecânico de betoneira
    • Dosagem para betoneira com capacidade de trabalho de 90 litros
    • Como preparar a massa em um misturador de concreto
  • Argamassas e betões pré-misturados
    • Aditivos
Graças a: Leroy Merlin
www.leroymerlin.es
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Manual de Concreto da Sika (Espanhol)

Este Manual Concreto foi baseado em estudos bibliográficos e na experiência pessoal do autor tem sobre o assunto, visa responder à preocupação de estudantes  em encontrar informações.


Os principais componentes para fabricação de concreto são:
Devido ao aumento da demanda por concreto de maior qualidade (principalmente na característica de durabilidade) e aos grandes avanços na tecnologia de concreto e aditivos , agora é possível fabricar tipos múltiplos e variados de concreto
Conteúdo :
  • Componentes Concretos
    • Termos
    • Ligantes
    • Agregados
    • Aditivos
    • Adições
    • Bem
    • Mistura de água
    • Cálculo do volume de material
    • Adições
  • Concreto endurecido
    • Propriedades de concreto endurecido
    • Resistência à compressão
    • Alta resistência inicial do concreto
    • Impermeabilidade
    • Resistência ao gelo e sais de fusão
    • Superfície de concreto
    • Retração, a sulfatos, Química, à abrasão, à flexão
    • Desenvolvimento de Calor de Hidratação
    • Reatividade do Ácido-Alcali
    • Tubos de ensaio de concreto endurecido
    • Requisitos para peças de teste e moldes
    • Fabricação e cura de tubos de ensaio
    • Resistência à compressão dos espécimes
    • Especificações para máquinas de teste
    • Resistência dos tubos de ensaio à flexotracção
    • Resistência à tração das peças de teste
    • Densidade do concreto endurecido
    • Profundidade da penetração de água sob pressão
    • Resistência ao ciclo de gelo / degelo
  • Norma EHE-08
    • Classes de exposição de acordo com as condições ambientais
    • Classificação de acordo com a consistência
    • Classes de acordo com a resistência à compressão
    • O valor k (de acordo com EHE-08)
    • Conteúdo de cloretos em concreto
    • Especificação de concreto
    • Controle de Conformidade
    • Controle de conformidade para outras propriedades de concreto
  • Concreto Projetado
    • Requisitos concretos de qualidade projetados
    • Desenvolvimento de resistência inicial
    • O processo de projeção
    • Testes de concreto projetados
    • O sistema de projeção úmida da Sika
    • Concreto projetado reforçado com fibra de aço / polímero
    • Resistência aos sulfatos do concreto projetado
    • Concreto Projetado com Resistência ao Fogo aprimorada
  • Concreto
    • Principais usos do concreto
    • Fabricação de concreto in situ
    • estruturas pré-fabricadas de concreto, casas, bombeado para superfícies de tráfego, auto-compactável (HAC), resistente à congelação / descongelação, de alta resistência, betonagem deslizante, impermeável, tendo, por massa reforçado com fibras, pesados, submersas, luz, Indústria porosa, compactada a rolo, colorida, semi-seca para produtos de concreto pré-fabricado, com resistência ao fogo aprimorada
    • Cuffons de concreto para túneis
    • Concreto Monolítico e Granolítico
  • Agentes de liberação
    • Composição dos agentes desmoldantes
    • Requisitos dos agentes de liberação
    • Seleção do agente de liberação
      • Desmoldantes para fôrmas absorventes
      • Agentes desmoldantes para formas não absorventes
    • Modo de emprego
    • Aplicação do agente de liberação
    • Tempo de espera antes da concretagem
    • Concretagem
  • Concreto fresco
    • Propriedades do concreto fresco
    • Trabalhabilidade
    • Atraso de concreto em clima quente
    • Aceleração da configuração / concreto no inverno
    • Consistência
    • Exudação
    • Acabamento
    • Densidade do concreto fresco
    • Conteúdo no ar ocluso
    • Bombeabilidade
    • Coesão
    • Temperatura de concreto fresco
    • Relação água / cimento
    • Teste de concreto fresco
    • Trabalhabilidade
    • Amostragem
    • Medição de Consistência por meio do Teste de Liquidação
      • Teste de consistência pelo grau de compactabilidade
      • Teste de consistência pela tabela de Shakes
      • Determinação da densidade do concretofresco
      • Determinação do teor de ar
    • Outros métodos de teste para a consistência de concreto fresco
  • Curado
    • Métodos de cura
    • Medidas para curar
    • Duração da cura
  • Aditivos para concreto e o meio ambiente
  • Membro da EFCA
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Como definir o fck do concreto para sua obra


A definição do fck do concreto é uma importante etapa no planejamento de uma obra. Ocorre justamente na elaboração do projeto estrutural, pois é uma das premissas mais importantes para o dimensionamento dos elementos estruturais como vigas, pilares, lajes e fundações.

Para ter tranquilidade e segurança em sua obra é fundamental que você desenvolva um projeto estrutural. Por mais simples que a edificação possa ser uma boa orientação técnica é capaz de aliar segurança e economia para sua construção.

Por isso, mesmo que você consiga definir o Fck do concreto para sua obra com as dicas a seguir, é indispensável contar com o auxílio de um engenheiro neste processo.

·        O que é fck do concreto?



O melhor lugar para encontrar a definição do que é o fck é na norma NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto. A norma diz que o fck é a resistência característica à compressão do concreto aos 28 dias de idade.

Na maioria dos casos, a unidade utilizada para o fck é o MPa (megapascal). De forma simplificada, dizer que o concreto possui fck de 25 MPa é o mesmo que dizer que o concreto possui resistência à compressão próxima de 250 kfg/cm².

Com o passar dos anos foi possível desenvolver concretos com resistências altíssimas. Hoje em dia é comum trabalhar com valores próximos de 25 a 30 MPa em obras convencionais, enquanto que no passado a resistência à compressão mais adotada era de 18 MPa.

Com o desenvolvimento tecnológico e a seleção de materiais é possível produzir concretos de alto desempenho que chegam a uma resistência acima de 100 MPa.

Além do fck é possível encontrar nos projetos de engenharia o fckj, que é a resistência à compressão do concreto em determinada idade. Por exemplo, o fck7 é a resistência à compressão do concreto na idade de 7 dias.

Em quais etapas de uma obra o fck do concreto é utilizado?



O fck do concreto é uma característica do concreto fundamental para toda obra.

Ele é definido no início da elaboração do projeto estrutural. Onde é levado em consideração as características da obra, as características da estrutura que será dimensionada, a disponibilidade de material no local onde a estrutura será executada e o custo-benefício de adotar valores cada vez mais altos de resistência.

Ter claro este valor também é essencial na hora de desenvolver um orçamento executivo da obra, pois o preço de um concreto varia conforme a resistência do mesmo.

O fck também está presente no controle tecnológico de uma obra, pois para a estrutura ser atestada e aprovada é necessário que o concreto utilizado atinja o fck definido pelo projeto. Esta verificação é feita com o rompimento de corpos de prova nas idades definidas pelo responsável técnico da obra.        

Ter o fck especificado e bem definido também é importante para o futuro. Caso a edificação construída passe por alterações ou ampliações será necessário ter consciência destes valores para o desenvolvimento de possíveis projetos de reforço estrutural.

Como escolher o fck do concreto para sua obra?



Apesar de ser uma tarefa relativamente simples esta escolha irá interferir diretamente em toda a obra. Por isso, exige certo conhecimento técnica e experiência com obras similares que serão construídas.

Muitas pessoas escolhem o fck conforme experiências anteriores ou até mesmo utilizando a intuição. Mas, o melhor é seguir o que preconiza a NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto.

O primeiro passo é definir a classe de agressividade a qual o concreto estará submetido durante sua vida útil. Quanto mais agressivo o ambiente, maior será a resistência à compressão do concreto.

Na norma encontramos a indicação de quatro tipos de classe de agressividade ambiental (veja Tabela 6.1 na NBR 6118):
·        Fraca (I): ambiente rural ou submerso, onde o risco de deterioração do concreto é insignificante;
·        Moderada (II): ambiente urbano, onde o risco de deterioração do concreto é pequeno;
·        Forte (III): marinho e certos tipos de indústria, onde o risco de deterioração é grande;
·        Muito Forte (IV): estrutura que receba respingos de maré e certos tipos de indústria, onde o risco de deterioração é elevado.
Com a classe de agressividade definida é possível escolher a classe do concreto que será utilizado. Dizer que um concreto é da classe C30, é o mesmo que dizer que este concreto terá Fck de 30 MPa.
A tabela 7.1 da NBR 6118 indica uma relação entre a classe de agressividade e a classe do concreto. Existe uma relação diferente para o concreto armado (CA) e o concreto protendido (CP). Como você pode ver abaixo:





Por exemplo, para ambientes com classe de agressividade II (ambientes urbanos), é indicado pela norma a utilização de um concreto com resistência à compressão igual ou maior que 25 MPa.

Para edificações simples o fck escolhido seria 25 MPa, mas ele poderia variar conforme outras características específicas da obra.

Na mesma tabela da NBR 6118 você também encontrará a especificação da relação a/c (água cimento). Que é a relação entre a quantidade de água na mistura do concreto com a quantidade de cimento.

Esta relação está diretamente ligada à resistência final do concreto e também deve ser observada durante a execução de uma estrutura de concreto.

·        Finalizando

Antes de encerrar este artigo é válido dizer que esta definição do fck do concreto é específica para estruturas de concreto. Em serviços simples, como concretagem de passeios, o fck é geralmente definido conforme a experiência do construtor.

Outro ponto a salientar é que a definição do concreto para obras mais complexas exige um conhecimento detalhado do material. Isso exige o acompanhamento de um profissional experiente e capacitado para a atividade.

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Eduardo Daldegan é formado em Engenharia Civil pela PUC-MG. É apaixonado por empreendedorismo e hoje trabalha em diversos projetos. É casado e seu maior empreendimento é a construção da sua família.
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