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Pavimentos a junta fria

Interrupções planejadas ou imprevistas em concretagem promovem o aparecimento da junta fria
Por: Engª. Giovana Medeiros – Assessora Técnico Comercial Itambé
A junta fria é formada pela interrupção do lançamento do concreto, além do tempo de início de pega. Requer precauções especiais para garantir, ao reiniciar-se o lançamento, a suficiente ligação do concreto pré-endurecidocom o da nova concretagem.
NBR 6118:2007, em seu Item 21.6 – Juntas de concretagem, estabelece:
“O projeto de execução de uma junta de concretagem deve indicar de forma precisa o local e a configuração de sua superfície”.
“Sempre que não for assegurada a aderência e a rugosidade entre o concreto novo e o existente, devem ser previstas armaduras de costura, devidamente ancoradas em regiões capazes de resistir a esforços de tração”.
As suspensões que ocorrem do lançamento do concreto podem ser programadas conforme o projeto, mas também podem ocorrer por uma situação imprevista mediante fatores como: quebra de equipamentos, acidentes, falta de energia, entre outros. As juntas podem ser feitas na vertical ou inclinadas, preferencialmente a 45º.


Junta Vertical
As juntas verticais sempre ocorrem em interrupções planejadas, existindo uma fôrma no local exato onde deve ocorrer asuspensão da concretagem. As interrupções planejadas devem ser coincidentes com as juntas de dilatação (NBR 6118:2007). Este tipo de junta tem a vantagem de facilitar o adensamento do concreto, e por ficar na posição vertical não há o aparecimento de matérias, como a nata, que possam prejudicar a aderência do concreto novo.
Os aditivos estabilizadores de hidratação do concreto são, hoje, uma boa ajuda para se evitar a formação de juntas frias planejadas. A concretagem pode ser interrompida e retomada no dia seguinte sem a formação da junta.

Junta inclinada
Já as juntas inclinadas podem tanto ser planejadas ou não, sendo que nesta segunda opção é importante que sua posição e situação sejam analisadas pelo projetista para indicação do melhor tratamento e prosseguimento dos serviços.
Para uma perfeita aderência entre a superfície do concreto já endurecido e o concreto novo, faz-se necessário tomar algumas precauções como:
1. As superfícies das juntas devem receber tratamento com escova de aço, jateamento de areia ou qualquer outro processo que proporcione a formação de dentes, ranhuras ou saliências;
2. A superfície da junta concretada anteriormente deve passar por uma limpeza (lavagem com água) dos materiais pulverulentosnata de cimento, graxa ou quaisquer outros prejudiciais à aderência, obtida com os mesmos tratamentos citados no item 1;
3. Especial cuidado deve ser dado ao adensamento junto à interface entre o concreto já endurecido e o recém lançado, a fim de se garantir a perfeita ligação das partes;
4. No lançamento de concreto novo sobre superfície antiga pode ser exigido, a critério da Fiscalização, o emprego de adesivos estruturais.
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
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Concreto seu transporte requer cuidados especiais



19 de abril de 2013
Serviço prestado por caminhão betoneira precisa cumprir série de requisitos para que CDC preserve características ao ser descarregado
Por: Altair santos
Um caminhão betoneira, de acordo com a ABNT NBR 7212:2012 – Execução de concreto dosado em central – Procedimento -, precisa, independentemente das condições de tráfego e da distância entre a central e o local da obra que contratou o serviço, entregar o material que carrega no tempo máximo de 150 minutos (item 4.5.3, letra b). São 90 minutos para o transporte até a obra (item 4.5.2, letra b) 30 minutos para o inicio da descarga do concreto (item 4.5.3, letra a) e mais 30 minutos aplicar (lançar e adensar) o concreto. É o que diz a norma, que para ser cumprida exige logística apurada e tecnologia embarcada nos veículos que transportam o concreto.

Arcindo Vaquero y Mayor coordenou a revisão da norma ABNT NBR 7212.
Segundo Arcindo Vaquero y Mayor, que coordenou a revisão da ABNT NBR 7212:2012 e atualmente é consultor técnico da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) as concreteiras que atuam em grandes cidades, onde o trânsito é cada vez mais caótico, têm agido em duas frentes para conseguir cumprir a norma. “Uma delas é modificar o concreto com aditivos, para que ele permaneça com a trabalhabilidade adequada e tenha retardado o tempo de início de pega. Outra frente é solicitar permissões específicas aos organismos de trânsito para que os caminhões possam circular com menos restrições”, explica.
O consultor da ABESC alerta ainda que os caminhões betoneira precisam ter tecnologia embarcada para preservar a trabalhabilidade do concreto ao longo do percurso. Por isso, a recomendação da própria associação é que um veículo seja usado no máximo por dez anos, sob risco de, mesmo bem conservado, tornar-se obsoleto. “Atualmente, os caminhões dispõem de vários equipamentos voltados para medir o abatimento do concreto (slump) e, em função da força que a bomba hidráulica faz para movimentar a betoneira, é possível realizar a leitura e injetar pequenas quantidades de água ou aditivo para corrigir essa trabalhabilidade”, diz.
Além das qualificações do veículo e do cumprimento das normas, os motoristas-operadores de betoneira desempenham função estratégica para que o concreto preserve suas características ao longo do transporte entre a central e o canteiro de obras. “A recomendação da ABESC é que ele entregue o concreto com as características acordadas com o cliente, seguindo as normas da ABNT, em especial a NBR 7212:2012″, ressalta Arcindo Vaquero y Mayor. Significa que o motorista precisa obedecer as orientações estabelecidas pelo laboratório da central, sob risco de reduzir a resistência do concreto e vir a causar problemas estruturais na obra.
Caso o cliente solicite que seja acrescentada mais água ou aditivo na betoneira, antes da descarga do concreto, o motorista-operador deve fazer o pedido constar no corpo do documento de entrega. Este deve ter um campo onde o responsável pela obra assina a autorização para modificar a especificidade do material. Neste caso, recomenda-se que, além da NBR 7212:2012, sejam obedecidas também as seguintes normas: ABNT NBR 12654:2000 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto; NBR 12655:2006 - Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento, e NBR 6118:2007 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.
Logística

Aditivos reduzem a velocidade de endurecimento do concreto.
Como o concreto dosado em central é uma carga perecível, o planejamento da concretagem é decisivo para ela seja realizada com sucesso. Por isso, o descarregamento não pode coincidir com a chegada de outras cargas na obra. Da mesma forma, a central de concreto deve estar preparada para atender pedidos de socorro mecânico aos caminhões betoneira para não atrasar a entrega e prejudicar o concreto. Muitas vezes, um simples pneu furado pode causar o descarte total da carga, por ter ultrapassado o tempo limite de aplicação. Vale frisar que os caminhões betoneira, quando carregados, tornam-se muito pesados – 32 toneladas, em média, quando transportam 8 m³ de concreto dosado em central. “Além de todos esses cuidados, existem softwares de gestão de frota e de logística que ajudam significativamente no transporte do concreto“, destaca Arcindo Vaquero y Mayor, orientando que quem quiser maiores informações basta procurar a ABESC.
Entrevistado
Arcindo Vaquero y Mayor, ex-presidente e atualmente consultor técnico da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem)
Currículo
- Arcindo Vaquero y Mayor é graduado em engenharia civil pela Universidade Mackenzie (1976), com mais de 30 anos de experiência em concreto
- É responsável pela aplicação de mais de 15 milhões de m³ de concreto, com cursos de aperfeiçoamento nos EUA e na Suíça
- Após presidir a ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), atua como consultor na área de tecnologia e meio-ambiente, concreto dosado em central, desenvolvendo trabalhos para a própria ABESC e a FIPH (Federación Ibero-americana de Hormigón Premezclado)
- Participa de várias comissões de normas da ABNT
Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair santos – MTB 2330

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Alvenaria estrutural: saiba como evitar patologias


Área TécnicaArtigos técnicosConstruindo MelhorSobre CimentoSobre Concreto10 de maio de 2013
Mão de obra qualificada, blocos em conformidade com as normas e projeto bem especificado são fundamentais para o sucesso deste tipo de obra
Por: Altair Santos
Na história da construção civil brasileira há relatos de que na década de 1960 surgiram os primeiros prédios emalvenaria estrutural. A tecnologia intensificou-se nos anos 1970, recrudesceu, mas a partir de 2009, quando foi lançado o Minha Casa, Minha Vida, praticamente transformou-se no sistema construtivo oficial do programa. Hoje, aalvenaria estrutural que utiliza blocos de concreto é a que predomina nas obras do MCMV. A intensidade de uso do sistema levou a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) a se debruçar, entre 2010 e 2011, na revisão das normas de blocos cerâmicos e blocos de concreto, assim como dos métodos de construção. As medidas focaram no combate às patologias.
Construção em alvenaria estrutural: fase de planejamento é que garante a operacionalidade do sistema.
Segundo as diretoras do CDTEC (Centro de Desenvolvimento Tecnológico S/A) Tayana Bianco Garcez Castellano Cunico e Lidia Krefer, as patologias que mais afetam a alvenaria estrutural são as fissuras, decorrentes dos seguintes problemas: variação de temperatura, principalmente nos pavimentos mais altos; cargas atuantes que excedam a capacidade resistente da estrutura solicitada; recalques nas fundações e o assentamento inadequado das aberturas, como portas e janelas. “Para que uma obra não venha a sofrer com patologias é sempre importante respeitar o sistema construtivo, ou seja, cada etapa deve ser realizada atendendo as particularidades de cada item”, ressalta Lidia Krefer.
A afirmação da tecnóloga é corroborada pelo gerente de desenvolvimento de produtos da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) Cláudio Oliveira Silva. “No último pavimento é preciso um cuidado especial com a movimentação da laje, caso contrário surgirão fissuras entre a laje e o respaldo da parede”, frisa. Ele alerta ainda que a alvenaria estrutural é o sistema construtivo que mais requer cumprimento das normas. “Os projetistas têm um guia normativo para ser cumprido. A partir do momento que o projeto segue as normas, o risco de patologias é muito pequeno”, diz.
As especialistas destacam ainda que na concepção dos projetos arquitetônicos em alvenaria estrutural deve-se estar atento a critérios como modulações, tipos de blocos, argamassa e graute. “A mão de obra também deve ser treinada para entender as particularidades do sistema construtivo, bem como ter ferramentas adequadas. A fiscalização eficiente das etapas executadas é outro fator decisivo no sucesso desta tecnologia”, diz Tayana Bianco, sem esquecer que a manutenção também é componente relevante para a alvenaria estrutural. “A conservação preventiva está prevista em norma, assim como são vetadas alterações arquitetônicas sem autorização do projetista da obra”, complementa.
Blocos de concreto
Tayana Bianco: mão de obra deve estar bem treinada.
É preciso observar ainda a conformidade dos blocos de concreto. A não obediência das características físicas em relação à análise dimensional, como largura, altura e comprimento, pode acarretar falhas na modulação, tanto horizontal quanto vertical, assim como na precisão geométrica do conjunto – fundamental para a segurança das paredes que serão elevadas. Já quanto à absorção dos blocos, se a porcentagem recomendada for superior ao especificado as paredes ficam porosas e podem rapidamente absorver umidade e causar infiltrações, manchas e bolor no revestimento interno. “Se essas especificações forem insatisfatórias, tendem a prejudicar a integridade e a segurança de toda a estrutura”, destaca Tayana Bianco.
Neste item, mais uma vez Cláudio Oliveira Silva confirma o que diz a engenheira. “Como estamos falando de um sistema que vai receber o carregamento da estrutura, construir com um bloco que não atenda a resistência mecânica especificada no projeto traz um risco muito grande para essa estrutura. Então, eu diria que usar blocos em conformidade, aliada a uma mão de obra bem treinada, assim como o cumprimento das normas, permite que uma edificação em alvenaria estrutural gere uma economia de até 30% em relação à alvenaria convencional, em se tratando de um edifício de até quatro pavimentos”, compara.
Lidia Krefer: alvenaria estrutural requer cumprimento das normas.
Outro elemento importante para o sucesso da alvenaria estrutural é a argamassa de assentamento. Ela possui as funções básicas de solidarizar os blocos de concreto, transmitir e uniformizar as tensões entre as unidades de alvenaria, absorver as deformações naturais a que a alvenaria estiver sujeita e selar as juntas contra a penetração da água da chuva. “Por isso, devem ser aplicadas as espessuras de juntas horizontais e verticais dentro dos limites das superfícies estabelecidas e tolerâncias de norma, pois é através deste material que podem ser detectados os primeiros sinais de falhas de todo o conjunto da estrutura”, lembra Lidia Krefer, citando as normas que regulamentam a alvenaria estrutural:
- ABNT NBR 15961- Alvenaria Estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: Projeto.
- ABNT NBR 15961- Alvenaria Estrutural – Blocos de concreto – Parte 2: Execução e controle de obras.
- ABNT NBR 6136 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos.
- ABNT NBR 12118 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio.
- ABNT NBR 15812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos – Parte 1: Projeto.
- ABNT NBR 15812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos – Parte 2: Execução e Controle de obras.
- ABNT NBR 5738 e 5739 – Moldagem e ensaio de resistência à compressão do graute.

Entrevistados
Tayana Bianco Garcez Castellano Cunico e Lidia Krefer, diretoras do CDTEC (Centro de Desenvolvimento Tecnológico S/A), e Cláudio Oliveira Silva, gerente de desenvolvimento de produtos da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)
Currículos
- Tayana Bianco Garcez Castellano Cunico é graduada em engenharia civil pela UTP (Universidade Tuiuti do Paraná) com pós-graduação em gestão da qualidade pela FAE (Faculdade de Administração e Economia)
- Atua como Diretora Técnica do CDTEC desde 2002
- Lidia Krefer é graduada em tecnologia da construção civil pela UTFPR, e especialista em concreto pelo IDD
- Atua como gerente técnica do CDTEC desde 2006
- Localizado em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, o CDTEC atua no controle tecnológico do concreto e da alvenaria estrutural, prestando assessoria quanto aos ensaios necessários dentro das recomendações das normas que englobam todo sistema, bem como os especificados no projeto estrutural
- Cláudio Oliveira Silva é graduado em engenharia civil pela Universidade de Guarulhos (1993) com mestrado em materiais de construção e administração industrial pela USP (Universidade de São Paulo), além de marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Créditos fotos: Chico Rivers / ABCP / Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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O aço sempre corrói? Porque?

Pergunta:
Sempre trabalhei na área da construção. De dois anos para cá comecei a trabalhar com recuperação de estruturas fazendo trabalhos em prédios e pequenas indústrias aqui no interior de São Paulo.



Tenho acompanhado as matérias sobre corrosão na RECUPERAR e gostaria de fazer uma simples pergunta. O aço sempre corrói? Porque? 
Arqº Sebastião Araújo Ciccarino (SP)

Resposta:
A força propulsora que faz o aço corroer é conseqüência natural de sua existência temporária na forma metálica. Este estado metálico do aço, que todos nós conhecemos, provem daquele estado natural obtido na natureza chamado minério de ferro.

A partir deste estado material, do qual extraímos o ferro, torna-se necessário fazer com que absorva e estoque energia suficiente para podermos utilizá-lo como material de engenharia e em ambientes específicos.

A ausência de proteção adequada torna-o susceptível de voltar a sua situação original. A quantidade de energia necessária estocada varia de acordo com o aço que se deseja obter. De um modo geral, o aço, como liga que é, necessita de alta energia para ser fabricado, diferentemente do que ocorre com o cobre e a prata, por exemplo, que necessitam de baixa energia. A tabela acima mostra alguns metais, entre os quais o ferro, que compõem o aço, em ordem decrescente de energia necessária para convertê-los a partir do seu estado de minério.

Como exemplo, não poderíamos deixar de citar o ferro, devido ao seu ciclo característico. O minério de ferro mais comum é a hematita, Meu problema um óxido de ferro com composição Fe2 O3. Mas não é que o produto mais comum da corrosão do ferro tem esta mesma composição química! A energia necessária para converter minério de ferro em ferro metálico é totalmente restituída quando o ferro corrói, formando o mesmo material original, apenas diferindo na velocidade da mudança de energia. A corrosão destrói com diferentes caras.

 Diversos são os fatores intervenientes neste processo de destruição da liga aço:
• O tipo do aço.
• Presença de substâncias corrosivas na solução existente nos vazios do concreto ou na própria matriz envolvente (pasta).
• A homogeneidade da estrutura da liga.
• A natureza do meio corrosivo.
• Fatores que dependem do ambiente que cerca a estrutura, tipo presença de oxigênio e sua facilidade de difusão.
• Temperatura ambiente.

Podem ainda serem considerados fatores como o estado de tensão, seja residual ou aplicado, estável ou cíclico, carepas de óxidos (contínua ou com fraturas), depósitos porosos ou semi-porosos na superfície do aço, efeitos galvânicos na estrutura, com metais outros que não seja o próprio ferro, além da presença de
corrente elétrica de interferência de fontes externas. Desde os tempos antigos, o homem sabe que o ferro puro tem pouca utilidade estrutural, entretanto, em combinação com o carbono, elemento não metálico (o carbono é a base de todos os seres vivos assim como o silício é a base dos minerais), produz-se o maior
metal estrutural conhecido – o aço.

Fundalmentalmente, todos os aços são ligas de ferro, carbono e outros metais como o manganês, os quais mesmo em concentração muito pequena, é suficiente para desencadear a temida corrosão galvânica, na medida em que o concreto deixa de protegê-lo adequadamente.


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Pavimentos com Sistema AlphaJoint

O sistema Alpha Joint incorpora uma nova placa divisora rígida. O efeito resultante é o fornecimento de rigidez pelo menos quatro vezes maior que a de juntas similares, sem o ônus do peso.

O design da placa divisora permite que o agregado passe facilmente através da seção de aumento da rigidez.

A finalidade de uma barra de transferência é geralmente definida como um dispositivo para fornecer a transferência de carga. Embora isto esteja tecnicamente correto, ela é discutivelmente melhor vista como um dispositivo para limitar o deslocamento diferencial entre duas placas adjacentes. A ação de uma barra de transferência ao longo de uma junta permite que as placas de aproximação e saída apresentem o mesmo deslocamento quando submetidas ao tráfego. Caso isto não aconteça, danos por impacto ocorrerão muito rapidamente nas arestas da placa de saída. As placas podem se deformar por vários motivos: o curvamento pode fazer com que as bordas sejam levantadas; a sobrecarga da borda da placa pode fazer com que ela se flexione para baixo. Com o passar do tempo, este tipo de situação também pode causar a compactação do material abaixo da base, o que pode ocasionar um espaço vazio, piorando ainda mais a situação.

Testes de laboratório e de campo mostraram repetidas vezes que as juntas com barras de transferência contínuas e em sistema macho e fêmea, pela própria natureza de sua construção, permitem um deslocamento vertical significativamente maior em comparação com as juntas com barras de transferência em placas com um encaixe apertado e bucha de peça única. Isto é medido em termos de rigidez da
junta. 

A vantagem mais significativa das barras de transferência em formato de placas trapezoidais é que ela elimina o movimento vertical, mas ainda permitindo o movimento lateral em todos os planos. Barras de transferência em placas quadradas são limitadas em relação a essa capacidade e são extremamente dependentes do design da bucha.

O conteúdo deste artigo reflete a opinião do autor.
Notícia Técnica Sistemas de juntas blindadas e transferência de carga - parte III
Andrew Keen
Permaban Ltda, Reino Unido


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Fissuras, trincas, fendas e rachaduras exigem cuidado

Em alguns casos, são sintomas que não oferecem risco à obra. Mas, dependendo do local onde surgem, podem sinalizar que há patologias nas edificações
Por: Altair Santos
Não é raro construções apresentarem trincas, fissuras, fendas ou rachaduras. Algumas passam despercebidas de quem utiliza o imóvel; outras, não. Mas a questão é: quando elas precisam ser tratadas como patologias estruturais, e necessitam do acompanhamento de um engenheiro civil, e quando estão mais relacionadas à manutenção da edificação, causando apenas desconforto estético? No entender do engenheiro civil Paulo Helene, professor-titular da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e diretor da PhD Engenharia, trincas e rachaduras se enquadram no termo técnico fissura. Destas, as ativas progressivas é que, na maioria das vezes, devem ser qualificadas como graves. A causa, em geral, ocorre por recalques – excesso de carga.

Fissura: é mais comum que surja em contrapisos.
Já as fissuras passivas ou mortas e as ativas estacionárias, explica Paulo Helene, são graves quando superam aberturas de 0,3 mm a 0,4 mm (milímetros). “Do ponto de vista prático ou do usuário, grave é qualquer fissura que cause infiltrações ou desconforto estético ou psicológico. Do ponto de vista estrutural, 99% das fissuras não causam qualquer redução da capacidade resistente dasestruturas, ou seja, poderiam ser desprezadas. No entanto, se não tratadas, no longo prazo podem dar origem à corrosão do aço das armaduras e essa corrosão pode vir a reduzir a capacidade resistente da estrutura“, diz o professor, qualificando fissura como sintoma, e não como manifestação patológica. Ele também alerta que nenhuma obra, por melhor construída que seja, está livre de, ao longo de sua vida útil, apresentar fissuras.
O consultor sobre patologias em edificações e ex-laboratorista do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) Roberto Massaru Watanabe lembra que intervenções no entorno de uma edificação são grandes causadores de sintomas como trincas e rachaduras. “Construções de novos prédios na vizinhança, obras de infraestrutura de porte, como galerias de águas pluviais e de metrô, são geradores de vibrações, trepidações e modificações no lençol freático. Isso, normalmente, afeta os prédios existentes”, diz.

Rachadura: dependendo, pode significar problemas estruturais.
Já o professor Paulo Helene completa que as casas são, geralmente, as mais prejudicadas. “Às vezes, até ações dinâmicas causadas por quem frequenta uma residência pode causar esses sintomas. Um exemplo: uma casa transformada em escola de dança ou academia de musculação tem muitas chances de apresentar fissuras“, afirma.
Por isso, explica Watanabe, é sempre recomendável consultar um engenheiro civil ou de manutenção antes de submeter a obra a “esforços extras”. “Simples atividades rotineiras, como lavar um piso com produto inadequado, pode resultar em problemas, como o descolamento da argamassa de assentamento do piso. Com o tempo, a argamassa não segura mais a placa de revestimento que começa a soltar”, frisa, completando que se o comprador de um imóvel novo detectar esses sintomas no empreendimento, o construtor tem a obrigação, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, de consertar. “Durante os primeiros cinco anos, o construtor é responsável pela correção desses problemas, que, em 99% das vezes, não são estruturais”, complementa Paulo Helene.
Definições para fissura, trinca, rachadura e fenda

Trinca: as paredes são as maiores vítimas.
Fissura
Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta aberturas finas e alongadas na sua superfície. Exemplo: a aplicação de uma argamassa rica em cimento apresentou, após a cura, muitas fissuras em direções aleatórias. Asfissuras são, geralmente, superficiais e não implicam, necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais.
Trinca
Estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta partido, separado em partes. Exemplo: a parede está trincada, isto é, está separada em duas partes. Em muitas situações, a trinca é tão fina que é necessário o emprego de aparelho ou instrumento para visualizá-la. As trincas, por representar a ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança de componentes estruturais de um edifício, de modo que mesmo que seja muito pequena e quase imperceptível deve ter a causa ou as causas minuciosamente pesquisadas.

Fenda: solapamento do subsolo é a causa mais comum desta patologia.
RachaduraEstado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis. Exemplo: pela rachadura da parede entra vento e água da chuva. As rachaduras, por proporcionarem a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser analisadas caso a caso e serem tratadas antes do seu fechamento.
Fenda
Estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que pode ocasionar acidentes. Exemplo: um veículo caiu dentro da fenda aberta no asfalto. As fendas, por terem causas geralmente não visíveis (como solapamento do subsolo) podem ficar incubando por longo período e manifestar-se de forma instantânea, causando acidentes graves.

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Lajes com esferas plásticas (2)

GestãoInovaçãoMercado da ConstruçãoNovas TecnologiasTendências construtivas7 de agosto de 2013
Sistema desenvolvido na Dinamarca, conhecido como tecnologia BubbleDeck®, agiliza obra e permite fazer mais andares com o mesmo volume de concreto
Por: Altair Santos
Catorze anos depois de ser lançada na Dinarmarca, e de se propagar pelo mundo, a tecnologia BubbleDeck® chega ao Brasil. A primeira obra no país a utilizar o sistema é o novo centro administrativo do Distrito Federal, a cargo do consórcio CADF (construtoras Odebrecht Infraestrutura e Via Engenharia) que é quem está trazendo a inovação para a construção civil nacional. ”O Brasil incorpora uma tecnologia que já está consolidada em mais de trinta países, com obras na América do Norte e do Sul, na Europa, na África, na Oceania e na Ásia”, diz o engenheiro civil Leonardo Bernardi, um dos gestores técnicos da BubbleDeck® no Brasil.

Leonardo Bernardi: tecnologia exige menos mão de obra e um canteiro de obras menor.
O sistema construtivo incorpora esferas plásticas na laje, que, em comparação com estruturas maciças, reduz em até 35% o peso. Isso se deve ao menor consumo de concreto e de aço. “As esferas são introduzidas na intersecção das telas soldadas, ocupando a zona de concreto em áreas que não desempenham função estrutural. Esse recurso diminui significativamente o consumo de materiais, agilizando o processo e gerando menor impacto ambiental”, explica Leonardo Bernardi. O engenheiro assegura ainda que a tecnologia traz ganho de produtividade e apresenta um mix de tarefas semelhante a um sistema pré-moldado.
BubbleDeck® pode ser aplicada em edificações de pequeno e grande porte. “Não existe uma limitação técnica ao uso. Apenas deve ser feito um estudo de viabilidade econômica”, afirma Bernardi, garantindo que, para cada área de 1.000 m², o sistema proporciona um ciclo de laje em 6 dias. “Esse ganho é devido à confecção de até 80% da armação da laje em fábrica, redução de até 60% do escoramento e eliminação da fôrma de assoalho. Consequentemente, atecnologia exige menos mão de obra e um dimensionamento menor do canteiro de obra quando comparado com o sistema convencional. Se o cliente optar pela fabricação em seu próprio canteiro, deve-se atentar ao espaço de fabricação e à logística interna. Se for entrega just in time, precisa apenas verificar os acessos à chegada das lajes”, completa.

Com uso das esferas plásticas, escoramento pode atingir redução de até 60%.
Um case importante ocorreu na Europa, no empreendimento Millenium Tower, construído na Holanda. Foram obtidos os seguintes ganhos:
- Redução de 10 para 4 dias por andar;
- Redução de 500 viagens de caminhões-betoneiras;
- Redução relevante do equipamento utilizado na obra;
- Dois andares construídos a mais, quando comparado com o projeto original, que previa laje alveolar.
- O sistema também poupou espaço de armazenamento de materiais no local da obra, que se situava em vias arteriais e rodovias.
O representante da tecnologia BubbleDeck® garante que ao aplicá-la em uma laje de 280 mm de espessura ela reduz o consumo em 0,09 m³ de concreto por m² de laje. O sistema também foi submetido à NBR ISO 14040 – Gestão Ambiental, Análise do ciclo de vida, Princípios e Estrutura -, a qual possibilita calcular a emissão de CO2 com base na Análise do Ciclo de Vida (ACV²) de um produto, e constatou-se que essa economia em concreto permite que estruturas que usam a tecnologia deixem de emitir até 23,5 kg de CO2 por m² de laje. Além disso, o uso das esferas reduz o número de pilares e elimina vigas, permitindo vãos maiores – estrutura ideal para grandes construções, como estacionamentos. O sistema também proporciona isolamento acústico e térmico, adequando-o à norma de desempenho ABNT NBR 15.575. Outra característica é que, em caso de incêndio, as esferas carbonizam sem emitir gases tóxicos, pois são fabricadas de polipropileno.
Entrevistado
Leonardo Bernardi, gestor técnico da BubbleDeck® no Brasil
Currículo
-Leonardo Bernardi é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com MBA em gestão empresarial pela FGV
-Tem 9 anos de atuação profissional, com experiência em obras industriais, passarelas para pedestre, viadutos e pontes, prédios residenciais e construção de supermercados
-Atua na BubbleDeck® desde dezembro de 2012, como gestor técnico e comercial
Contato: leonardobernardi@bubbledeck.com.br
Créditos fotos: Divulgação/ BubbleDeck®
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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Concreto um guia prático da preparação das suas superfícies

1 – Definição

1.1 - O desempenho de um revestimento depende  diretamente da preparação da superfície de  aplicação. Uma boa preparação assegurará a  adesão ao substrato de concreto e prolongará  a vida útil do sistema revestimento.

1.2 - Podemos entender que a preparação da  superfície do concreto é a aplicação de um  procedimento no qual uma superfície sã, limpa  e apropriadamente áspera é produzida.




http://site.anapre.org.br/pdfs/CR004-12-GUIA_PRATICO_PARA_PREPARACAO_DE_SUPERFICIES_DE_CONCRETO.pdf
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