![](http://www.lqes.iqm.unicamp.br/images/lqes_empauta_novidades_1622_Alan_Richardson.gif)
Esquecidas, com o tempo as fissuras aparecem e afetam as construções de concreto. Uma equipe de pesquisadores e universitários trabalham atualmente sobre um concreto cujas qualidades de autorregeneração poderão muito bem revolucionar o setor. Os trabalhos, dirigidos por Alan Richardson, professor de engenharia civil na universidade britânica de Northumbria, próxima de Newcastle, têm por base uma das maiores e mais generalizadas espécies bacterianas do solo, a "Bacillus megaterium", mais geralmente utilizada em melhoramento na agricultura e horticultura.
Esta bactéria é utilizada aqui para criar a calcita, uma forma cristalina do carbonato de cálcio natural, que pode então servir para fechar os poros do concreto, protegendo-o não apenas dos desgastes infringidos pela água, mas também por outras substâncias prejudiciais ao material, prolongando assim seu tempo de vida.
Professor Alan Richardson, da Universidade de Northumbria, manipulando a cultura das bactérias "anticâncer do concreto".
Créditos: Northumbria University.
Os pesquisadores, que cultivam "Bacillus megaterium" a partir de um caldo de cultura composto de levedura, de minerais e de uréia, simplesmente amalgamaram a bactéria ao concreto, bactéria que aí encontra sua principal fonte de alimento. A bactéria se reproduz e se multiplica, agindo como um "tapa-buracos" e prevenindo qualquer deterioração.
![](http://www.lqes.iqm.unicamp.br/images/lqes_empauta_novidades_1622_Bacillus_megaterium.gif)
Bacillus megaterium
Créditos: Megabac.
A descoberta, que deverá poder se tornar uma solução rentável contra o "câncer" do concreto, tem um fantástico potencial comercial. Serão necessários testes complementares. A equipe dirigida pelo professor Richardson espera poder utilizar esta bactéria a posteriori, em estruturas já existentes.
Techniques-Ingenieur (Tradução - MIA).