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CASA VILA MATILDE (Blocos de Concreto)




Casa Vila Matilde / Terra e Tuma Arquitetos Associados, © Pedro Kok
© Pedro Kok
 
© Pedro Kok
© Pedro Kok
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em 2011, um rapaz nos sondou sobre a possibilidade de projetar uma casa para sua mãe, pessoa de poucas posses, que morava em uma casa com sérios problemas de estrutura e salubridade.
Dona Dalva há décadas mora na Vila Matilde. Próximos vivem primos, tios, irmãos e amigos. A primeira opção era vender a casa, valor que somado a uma vida de economias daria para comprar um pequeno apartamento, mais afastado e, provavelmente, sem elevador, situação complicada para seus setenta e poucos anos.
Planta Térreo
Planta Térreo



Em pouco tempo aclarou-se o óbvio, resistir ao deslocamento, ao isolamento. Não mudar. Levantada a bandeira, cabia a nós e a uma rede de colaboradores mantê-la de pé. Sabíamos que uma vez iniciado o movimento, não haveria volta, tinha que dar certo até o fim.

Tanto os projetos quanto a obra deveriam se adequar aos restritos recursos financeiros da família.
© Pedro Kok
© Pedro Kok
No início de 2014 a casa dava nítidos sinais de afecção e começou a ruir. Dona Dalva foi morar de aluguel na casa de um parente próximo. A casa nova precisava ser construída o mais rápido possível, caso contrário o aluguel consumiria os seus recursos por completo.

Utilizamos nossas recentes experiências com estrutura e blocos aparentes, para viabilizar uma obra de baixo custo, com maior controle e agilidade.
© Pedro Kok
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© Pedro Kok
© Pedro Kok
O maior desafio foi a fase inicial da obra. Foram quatro meses demolindo cuidadosamente a casa antiga, ao mesmo tempo em que se executavam as fundações e arrimos que escoravam as casas vizinhas, apoiadas em seus muros de divisa. Seis meses depois de se iniciar a execução das alvenarias a casa pôde ser concluída.
© Pedro Kok
© Pedro Kok
A casa está implantada em um lote com 4,8 metros de largura por 25m de profundidade. O programa dispõe uma casa térrea, com sala, lavabo, cozinha, área de serviço e suíte no térreo a fim de atender a demanda da moradora.

Uma articulação entre lavabo, cozinha, área de serviço e um jardim interno conectam a sala, localizada na parte frontal, e os quartos localizados na parte posterior.

Na área central da casa, o pátio cumpre a função essencial de iluminar e a ventilar. Esta área, serve também como extensões da cozinha e da área de serviço.

No pavimento superior uma suíte foi projetada para receber visitas, totalizando uma área de 95m². A área sobre a laje da sala foi apropriada como horta, e poderá ser coberta, ampliando o programa da casa a fim de atender a futuras demandas.

Uma solução simples, resultado de um processo longo, complexo e gratificante.

Assista ao depoimento em vídeo da moradora aqui
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Tempo de vibração

Alguns autores chegam a recomendar um intervalo de duração para a penetração da agulha na vibração do concreto e orientam para encerrá-la somente quando cessar a saída de bolhas graúdas de ar, ainda em tempo de fechar o espaço deixado pela agulha do vibrador no concreto. SILVA (1995) sugere de 11 a 30 segundos e MATTOS (1997) recomenda de 5 a 15 segundos. 

Porém, a operação de vibração deve garantir a boa mistura de agregados, não podendo ser demorada demais, para não segregar o concreto, nem muito rápida, a ponto de não proporcionar a saída do ar aprisionado, mas durar o suficiente para que a massa de concreto penetre em todos os cantos e reentrâncias da forma e envolva completamente as barras da armadura. São muitas as variáveis envolvidas para se estipular um tempo mínimo ou máximo. 

De acordo com RIPPER (1996), somente com a prática se ganha a capacidade de sentir a reação do concreto com a vibração, por isso deve-se escolher com muito critério o operador do vibrador, chamado vibradorista, que deve ser treinado, e somente ele deve ficar com esta tarefa. É errado mudar sempre o profissional ou designar qualquer operário para manejar o vibrador. 

O vibradorista deve ser a capaz de determinar o tempo necessário para o vibrador permanecer imerso no concreto e identificar visualmente o raio de vibração, assegurando um bom adensamento. Através da revisão sistemática do trabalho do vibradorista, o supervisor ou coordenador da obra devem especificar o tipo de vibrador e o tempo necessários para produzir o adensamento do concreto, sem segregação. 

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