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Dosagem do concreto no método dinâmico


O método dinâmico para o projeto de mistura de concreto e argamassa (MD) é a ferramenta usada para tomar decisões em trabalhos de pesquisa, construção de obras de engenharia e programas de melhoria contínua.

Uma das suas principais aplicações é que ele permite a criação e orçamento de betão e as misturas de argamassa, em peso e volume, produzida com o cimento Portland, adições, aditivos, etc

O MD é ideal para a produção de concreto molhado para lajes, pilares, vigas, etc, e seco de concreto vibro-compactados de pavimentação e unidades de pré-moldados (telhas de duas camadas, pavers, blocos, etc), avaliados pelos padrões que regem o teste métodos para testes de compressão, flexão, tração e cisalhamento.
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Normas de postes da companhia de eletrificação de Pernambuco

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Concreto seu início no mundo



Desde o tempo dos romanos já se fazia a associação de pedras ou argamassas com barras metálicas, com o objetivo de aumentar a resistência das estruturas.

A associação de aço com pedra natural aparece pela primeira vez por volta de 1770, na Igreja de Santa Genoveva (hoje o Parthenon), em Paris. As barras longitudinais eram enfiadas em furos executados artesanalmente e em seguida eram preenchidos com argamassa de cal.

Em 1824, o francês J. Aspin descobre um processo para a fabricação do cimento Portland, que tornou possível a criação de uma “pedra artificial”, como era conhecido o concreto.

Com concreto foi possível inverter o processo de fabricação descrito acima, onde a pedra era feita primeiro e a armadura depois. Agora a armadura era feita antes e pedra depois.

Apenas 31 anos depois, em 1855, o francês Joseph Louis LAMBOT apresentou pela primeira vez no mundo o “cimento armado”, denominação que durou até 1920. O mais surpreendente é que essa primeira apresentação tenha sido feita sob a forma de um barco!

Lambot expôs seu barco na Exposição Universal de Paris, onde o comerciante de plantas ornamentais, paisagista e horticultor, de nome Joseph MONIER, achou o material ideal para fazer jarros. Durante muito tempo Monier produziu, usou e vendeu uma grande quantidade de vasos e caixas de cimento armado.

Entre 1868 e 1873, Monier executou três reservatórios de água, um de 25m³ e outros dois maiores, com até 180m³. Em 1875, construiu uma ponte de 16,5m de vão e 4m de largura nas propriedades do Marquês de Tilliers. Portanto, ele foi um grande realizador e divulgador de peças de cimento armado, sendo muitas vezes, erroneamente, chamado de inventor ou criador do concreto armado.

Quase ao mesmo tempo em que Lambot, um advogado americano, THADDEUS HYATT, fez uma série de ensaios em peças de concreto armado, sendo publicados apenas em 1877. Hyatt foi efetivamente o grande precursor do concreto armado e possivelmente o primeiro a compreender profundamente a necessidade de uma boa aderência dos dois materiais e o posicionamento correto das barras de aço para que este material pudesse colaborar eficientemente na resistência.

No ano de 1873, o americano W. E. Ward constrói em Nova York uma casa de concreto armado, o Wards Castle, existente até os dias atuais.

O concreto teve um grande desenvolvimento na Alemanha, começando em 1884, com a compra da patente de Monier pela firma FREYTAG & HEIDSCHUCH para o norte da Alemanha e por MARTENSTEIN & JOSSEAUX para a região de Frankfurt. Estas duas firmas garantiram o direito de preferência de compra da patente por toda a Alemanha. Em 1886, estas firmas cederam esse direito para o engenheiro alemão Gustavo Adolpho WAYSS.

Por volta de 1900, o engenheiro Mathias KOENEN inicia o desenvolvimento da teoria do concreto armado, que posteriormente foi continuada pelo engenheiro MÖRSCH através de numerosos ensaios. Os conceitos desenvolvidos constituíram-se, ao longo de décadas e em quase todo o mundo, nos fundamentos da teoria do concreto armado, que, em seus princípios fundamentais, são válidos até hoje.

Em 1904, são publicadas na Alemanha, as “Instruções provisórias para preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado”. 


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Concreto armado seu ínicio no Brasil


Em 25/06/1889 nasceu na cidade de Blumenau/SC, o futuro engenheiro Emílio Henrique Baumgart. Graduou-se engenheiro civil na antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro, Largo São Francisco/RJ, atual Escola de Engenharia da UFRJ.Estagiou e trabalhou na Firma L. Rielinger onde teve ocasião de projetar entre outras obras notáveis, a estrutura da Ponte Maurício Nassau, a primeira a ser construída no Recife/PE. Emílio Baumgart tornou-se um nome expressivo da primeira fase da arquitetura modernista brasileira, ficando conhecido como o "Pai do concreto armado". Notável pelas muitas obras que projetos (algumas das quais recordes mundiais), pelas inúmeras novidades, algumas revolucionárias, que introduziu no projeto, cálculo e execução do concreto armado, e principalmente pelo seu escritório de cálculo, primeiro do gênero no Brasil e de onde saíram muitos profissionais destacados. Como disse o Eng. A.C. de Vasconcelos, "Baumgart não somente foi o primeiro brasileiro a participar da transferência de tecnologia do concreto armado da Alemanha para o Brasil, mas também, por sua genialidade. desenvolveu e suplantou o que na época se fazia no estrangeiro", por isso, continua o Eng. Vasconcelos, "a análise aprofundada da sua obra torna-se necessária para quem se interesse em conhecer o que de melhor já se fez em nosso país".


A sua carreira profissional começou em 1912, quando, ainda aluno da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, foi admitido como estagiário na firma de concreto armado de Riedlinger. Auxiliado pela sua ascendência alemã e perfeito domínio dessa língua, cedo passou também a dominar tudo o que sobre concreto armado podiam lhe ensinar. São dessa época (1913) seus primeiros projetos, a famosa ponte "Maurício de Nassau" no Recife, e a ponte do Areal, no Estado do Rio de Janeiro. Obrigado a interromper o curso de engenharia por dificuldades financeiras. só o concluiu em 1918, e em 1923 abriu a sua própria firma de construções, que embora de curta duração fez algumas obras importantes, como o primeiro "arranha-céu" no Rio de Janeiro - o edifício do Cinema Capitólio, na Cinelândia (já demolido) - e a Igreja de Santo Inácio, também no Rio de Janeiro, com uma grande e bela estrutura de arcos, abóbadas e cúpula em concreto armado611. Em 1926 fundou afinal o seu depois famoso escritório de projeto e cálculo de concreto armado, que apesar de sua modesta instalação, de início cm sua própria residência -, logo tornou-se conhecido e procurado pelas mais importantes firmas construtoras, tal a confiança que o seu nome inspirava. Começou então uma lista de projetos das mais variadas estruturas de concreto armado. Em uma relação elaborada pelo Eng. Carlos Danilo Castello Branco (da "SEEBLA" - Serviços de Engenharia Emílio Baumgart Uda., sucessora atual do rodovia "União e Indústria", foi também construída pela firma de Ricdlinger, e no seu projeto Baumgart já introduziu uma inovação, o cimbramento em um arco de madeira, sem apoios intermediários, que seriam perigosos devido às volumosas enchentes do rio.

No projeto do Liceu de Artes e Ofícios, Baumgart assustou e assombrou os meios técnicos contemporâneos empregando, pela primeira vez e contra as prescrições dos 1 ivros e das normas então vigentes, ferros de armação de pequeno diâmetro e sem ganchos, e lages de pisos de apenas 6 cm de espessura. Como disse o Eng. Jermann, "aconfiança absoluta em sua capacidade de projetista..., e o profundo conhecimento do material, que compreendera melhor do que qualquer outro, e com o qual seriam feitas mais tarde as suas criações geniais, fizeram-no ir sozinho retirar a escora mestra que suportava o tabuado das formas (da laje), iniciando assim uma nova era na história do concreto armado". 

0 viaduto "Tocantins", em Belo Horizonte, com um arco de 56 m de vão, era na ocasião o maior vão livre desse tipo na América do Sul; a notícia da época dizia que "retirado o escoramento, a flecha medida foi mínima". A estrutura do Cinema Roxy foi outra obra interessante do Eng. Baumgart, com a grande cúpula calculada como uma casca elasticamenie engastada em uni anel de contorno; a construção dessa cúpula foi feita com extremo cuidado, para que o erro geométrico fosse inferior a 2 cm. A casca tem 7 cm de espessura em quase toda extensão, e além do grande diâmetro ainda suporta tubulações de ar condicionado e pesada ornamentação.

A ponte sobre o Rio Pelotas, em Passo do Socorro, com 187 m de comprimento em sete vãos, e estrutura de vigas retas, teve duas particularidades interessantes: o fato de em tão grande comprimento não ter nenhuma junta de dilatação, - contrariando também todos os regulamentos e preceitos -, e as fundações em tubulõcs de concreto, construídos de tal forma a se assentarem precisamente sobre o leito rochoso do rio; assim, os tubulões eram as próprias ensecadeiras, sendo fácil a sua vedação para o esvaziamento da água e a concretagem. Para compensar a ausência de juntas de expansão, a estrutura foi projetada suficientemente flexível para acomodar os esforços e deformações devido às variações de temperatura e à retração do concreto. Como observa o Eng. Vasconcelos, "Baumgart desobedecia as normas mas com conhecimento do que fazia", e por isso as suas infrações às normas foram mais tarde incorporadas a essas próprias normas. Os armazéns de açúcar do porto do Recife, também eram estruturas de grande comprimento sem juntas de dilatação.

No projeto da estrutura para o edifício do Ministério da Educação, de arrojada concepção arquitetônica de Lúcio Costa, Baumgart lançou mão de outras inovações para resolver os problemas estruturais dos '.'pilotis", do contraventamento do prédio, e da pequena espessura exigida para as lajes. Uma das inovações, lambem em desacordo com as normas, foram as originais "lajes cogumelo", com engrossamento na face superior, em lugar dos capiteis convencionais nas colunas, resolvendo assim a questão da pequena espessura. 0 problema do contraventamento do prédio, contra os esforços horizontais, foi solucionado fazendo as lajes trabalharem como vigas horizontais e aproveitando as estruturas das escadas e poços dos elevadores. 

O cogumelo, não comestível chamado de amanita, possui uma base denominada volva, uma haste, denominada pé, e a parte superior denominada chapéu. A estrutura de sustentação do chapéu é formada por uma série de nervuras radiais, denominadas lamelas, que apesar de esbeltas são capazes de garantir a rigidez e a resistência do chapéu. As nervuras, por estarem em balanço, necessitam ter sua altura variável da extremidade para o apoio. Diversos tipos de estruturas são baseados nessa forma. O uso de lajes-cogumelo (estruturas em que a laje apoia-se diretamente sobre os pilares, sem o uso de vigas) é muito comum. A inexistência de vigas facilita a execução da laje, principalmente para coberturas em formas muito irregulares. Tendo em vista a distribuição dos esforços, a espessura da laje deve ser maior junto aos pilares e mais fina nas extremidades. Para grandes vãos, a laje pode ser nervurada, o que a aproxima ainda mais da forma do cogumelo.

No Brasil, os primeiros edifícios em concreto armado seguiam o arranjo tradicional, com lajes, vigas e pilares, como por exemplo o edifício projetado por Emílio Baumgart em 1931 (Mercê & Oliveira, 2001). A mudança desta concepção estrutural se deu com o pioneirismo de C. A. P. Turner, que em 1906 construiu o Bovey Building em Mineápolis utilizando um sistema patenteado de lajes apoiadas diretamente sob pilares denominado laje cogumelo. Entre 1906 e 1910, C. A. P. Turner construiu mais de trinta edificações utilizando lajes cogumelo. (Gasparini, 2002).

A ponte ferroviária sobre o Rio Paranaíba é obra que merece uma citação em destaque. A maior dificuldade era a grande correnteza c profundidade do rio junto à margem mineira, que impossibilitava a construção de escoramento convencionais sobre o fundo do rio; decidiu então Baumgart vencer esse trechocom um arco único, para o qual imaginou um sistema especial de escoramento. Afinal, por motivos estéticos, a ponte ficou com dois arcos iguais, com 52,2 m de vão, sendo que o arco do lado de Goiás foi construído com escoramento convencional. Para o outro arco, foi utilizado um escoramento em seções sucessivas de treliças de concreto armado, executadas em balanços progressivos, e que eram amarradas aos pilares por tirantes provisórios. No final, completado o escoramento, passava a funcionar como um arco bi-articulado, sustentando o arco definitivo de concreto armado. Com a experiência dessa ponte, Baumgart pretendia desenvolver um novo sistema de construção de arcos, em que o escoramento ficasse depois incorporado à estrutura definitiva, mas a sua morte em 1943 interrompeu estes estudo 

Os projetos de Baumgart que foram na sua época "records" mundiais de estruturas de concreto armado, isto é, o edifício de "A Noite", o galpão das "Oficinas Gerais" do Campo dos Afonsos, a ponte "Emílio Baumgart" e a ponte sobre o Rio Mucuri, serão referidos mais adiante neste Capítulo, juntamente com outros "records" mundiais brasileiros de concreto armado. Sob a direção do engo. Jermann vários projetos de grande impacto foram realizados como a Catedral do Rio de Janeiro, com processo construtivo de concepção arrojada, Edifício Sede da Petrobrás, Edifício de Serviços do BNDES, Edifício da Caixa Econômica Federal, Edifício do BNH, todos localizados no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro. A firma na época de Emílio Baumgart já era muito solicitada por grandes Construtoras do Estado de Minas Gerais, particularmente para projetos de Obras de Arte para sua malha de rodovias, especialidade em que ocupava posição inigualável, face principalmente às soluções inéditas que concebia, aliando monumentalidade à economicidade.

Tão importante como os seus projetos e obras, foi a atuação do escritório do Eng. Baumgart como uma escola de formação e treinamento técnico. 0 Eng. ArthurJermann, unidos muitos que por lá passou e que depois do falecimento do mestre continuou a sua obra, disse certa vez que o escritório de Baumgart "era a melhor escola de engenharia do país. ponto de estágio obrigatório dos melhores técnicos da especialidade". Para o Eng. Vasconcelos, o pesquisador e historiador do nosso concreto armado, a "Escola" de Emílio Baumgart "foi mais produtiva para a formação de técnicos especializados em concreto armado do que a própria Escola de Engenharia do Rio de Janeiro e mesmo a de São Paulo"".

Com o tempo, a fama do escritório de projetos de Baumgan como uma escola de concreto armado, espalhou-se a tal ponto que até do estrangeiro vinham engenheiros para estagiar; por lã passaram, por exemplo, vários engenheiros suecos e dinamarqueses, alguns dos quais depois ficaram aqui no Brasil. 0 fato é que Baumgart além das qualidades de notável profissional, tinha também uma constante preocupação de ensinar aos outros tudo o que sabia c conseguia aprender. Essa preocupação não era só com os engenheiros e estudantes que trabalhavam no seu escritório, mas com todo pessoal envolvido nas suas obras: "pacientemente instruía seus operários, armadores, mestres gerais, mestres de concreto, carpinteiros etc, que antes de partirem para o local da obra eram obrigados a prestar um exame após estudo dos desenhos de execução; estes, eram minuciosa e caprichosamente desenhados por um grupo seleto de engenheiros, guiados e instruídos por seu chefe, que além do mais dava-lhes o maior conforto, dedicava-lhes a maior atenção e carinho, e estimulava-os em seus estudos. indicando e ofertando livros e revistas".

Com a sua formação germânica, Baumgart "fazia mesmo os engenheiros desenhar cansativamente, durante muitos dias, apenas letreiros e títulos dos desenhos, exigindo nos seus projetos uniformidade de letra e perfeição de apresentação". Apesar de alguns julgarem deprimente esse tipo de treinamento, criou na sua equipe um espírito de ordem e de capricho que foi extremamente benéfico. Por isso, nas palavras do Eng. Sérgio Marques de Souza, outro dos ilustres discípulos de Baumgart, foi ele o "verdadeiro criador da escola brasileira de concreto armado", e continua: "A técnica por ele desenvolvida no projeto e detalhamento das estruturas de concreto armado, com características peculiares às condições brasileiras, modificando e alterando conceitos e critérios dominantes nos anos da década de 20.... constituiu verdadeira ane que só a sua extraordinária sensibilidade estrutural c sua capacidade inventiva poderiam conceber". 

Pelo escritório Baumgart passaram como estudantes, e depois como engenheiros. muitos dos que mais tarde se tornaram grandes nomes no concreto armado. podendo-se citar, além dos Eng Jermann e Marques de Souza, os nomes de Antônio Alves de Noronha, Fernando Lobo Carneiro e Paulo R. Fragoso. Foram muitas as novidades de autoria de Baumgart introduzidas no projeto e detalhamento do concreto armado; como já foi dito, várias dessas novidades contrariavam normas da época, e passaram depois a constar nas normas brasileiras, que tornaram-se assim as mais avançadas do mundo. Além do emprego de ferros de menor diâmetro e sem ganchos para as armaduras, e de lajes de menor espessura, devem-se também a Baumgart, entre outros, o uso de armadura negativa independente nas lajes, a adoção, sempre que possível, de soluções hiperestáticas - de modo a aproveitar ao máximo as vantagens da monoliticidade do concreto -, e principalmente o emprego de maiores taxas de trabalho, tanto para o concreto como para a armadura metálica: A tensão admissível para o aço, que era de 800 kg/cm2, Baumgart passou para 1.200, enquanto que a taxa de compressão máxima do concreto, que era de 40 kg/cm2, passou para 60. e depois para 75 kg/cm2. sendo para isso necessário um perfeito controle da dosagem do concreto. 

Baumgart foi também o introdutor das vigas e colunas com seção em "L" e em "T", dimensionadas de forma a se ocultarem na espessura das lajes e paredes. que assim não apresentavam saliências anti-estéticas. Tinhaele aliás, como acentua o Hng. Arthur Jerman. uma grande preocupação pelo aspecto estético das estruturas que projetava. O engenheiro Baumgart nunca publicou nada de sua autoria, nem um artigo de revista, nem uma linha sequer, que teriam contribuído para maior divulgação de sua pessoa e de sua obra. Contudo, o seu nome passou a ser conhecido e respeitado no exterior, e sua obra objeto de admiração e de estudo dos especialistas. 

Um desses, que veio ao Brasil especialmente para observar e estudar o que aqui se fazia com o concreto armado, sob a liderança do Eng. Baumgart, foi o engenheiro americano Arf hur I Bonse. já aqui citado várias vezes, e que era chefe do escritório de projetos da Portland Cernem Association, dos Estados Unidos. O Eng. Boase chegou em princípios de 1944, ficando consternado e desiludido com a notícia do recente falecimento de Baumgart, fato que ignorava. Visitando demoradamente o escritório de Baungart e suas obras, e entrevistando os que lá trabalhavam, o Eng. Boase escreveu depois quatro longos artigos na revista "Engineering News Record", relatando detalhadamente tudo o que viu. Conta o seu espanto em ver estribos de colunas de ferros "no larger ihan baling wires", ver lajes de pequena espessura, e conta principalmente a convicção em que ficou de que em matéria de concreto armado o Brasil estava mais avançado do que qualquer outro país do mundo, c que os Estados Unidos estavam atrasadíssimos. Creditava boa parte do nosso avanço à atuação pessoal do Eng. Baumgart, cujos discípulos, como ele disse, you will met almost any place you go in Brazil"m. Concluiu também que outro importante fator do nosso progresso eram as normas brasileiras de concreto armado, "não copiadas de normas estrangeiras, mas contendo prescrições inteiramente originais", derivadas também dos trabalhos de Baumgart e dos seus seguidores, e das "infrações" que voluntariamente vinham fazendo com relação às normas antigas'.

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A Ansiedade Matou a Venda



Chego ao balcão e sou prontamente atendido pelo vendedor. Quando comecei a dizer a ele o que queria, chegou um outro cliente e ficou ao meu lado. Imediatamente o vendedor virou-se para esse outro cliente e disse: " – Um momento eu já vou atendê-lo". O vendedor voltou-se para mim e disse: " – Pois não, desculpe, o que mesmo o senhor deseja?". Quando comecei novamente a dizer o que queria chegou um terceiro cliente. O vendedor me pediu licença e dirigiu-se ao terceiro cliente e disse: " – Um momento eu já vou atendê-lo". Voltou-se novamente para mim, pediu desculpas e disse: " – Pois não, vamos lá então...".
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Planilha para muro de arrimo com contraforte

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Concreto cúpulas revitalizam recife de coral nas Filipinas




Milhares de pequenas cúpulas de cimento cuidadosamente colocadas durante três anos por um grupo de mergulhadores para favorecer o crescimento de corais revitalizaram um dos recifes mais valiosos das Filipinas.

Chris Dearne, um inglês radicado há 20 anos em General Santos, ao sul da ilha de Mindanao, e seu amigo John Heitz, um americano que também mora nessa cidade, levaram três anos para colocar, com ajuda de outros mergulhadores, cerca de cinco mil cúpulas por toda a baía de Sarangani, de 230 quilômetros de extensão.



Estas estruturas - que se assemelham a um pequeno vaso e que têm por volta de um metro de diâmetro - atuam nas zonas danificadas como plataforma para que os organismos vivos se fixem e possibilitem que algumas pequenas criaturas marinhas possam viver nelas.

Dez buracos de aproximadamente 15 centímetros distribuídos por sua superfície como se fossem cavidades de uma rocha permitem que peixes e outros animais refugiem-se em caso de ataques de predadores.

Algumas cúpulas servem ainda de posto de caça para o peixe-leão ou para as moreias, que ficam entocadas à espera da passagem de uma presa que possam levar à boca.

"John e eu falávamos de como os recifes estavam mal e da falta de eficácia do Governo e das ONGs no cuidado deles. Decidimos que tínhamos de fazer algo e tivemos a ideia de testar uma cúpula construída com cimento", explica Dearne.

Dois anos após a conclusão do projeto, as estruturas se transformaram no lar de dezenas de espécies da fauna marinha, que por sua vez atraem cada vez mais peixes, o que contribuiu para o aumento da pesca local.

"Desde que as cúpulas foram instaladas, a natureza tem se encarregado de decorá-las com todo tipo de organismo marinho. O crescimento de muitos deles é espetacular", afirma Dearne.

Durante uma imersão submarina, Chris e John vão mostrando com entusiasmo alguns dos blocos de cimento, pouco reconhecíveis após terem sido invadidos por uma explosão de vida em forma de corais, anêmonas habitadas por peixes-palhaço, estrelas do mar e até um polvo.

O projeto não foi compreendido desde o princípio pelos pescadores locais, que contornavam as estruturas para comprovar se escondiam algum tesouro, mas Dearne se mostra satisfeito por terem entendido que a iniciativa é boa para eles.

O britânico, proprietário de uma escola de mergulho, destaca que os cerca de US$ 21 mil necessários para a construção das cinco mil cúpulas foram financiados por patrocinadores privados e ressalta o baixo custo do projeto, "se levarmos em conta o benefício ecológico que produziu".

"Há poucas pessoas dispostas a fazer algo para mudar o mundo, então temos que pensar de maneira local. Se todos trabalham para melhorar o que têm por perto, é possível atingir uma melhora global", acredita Heitz.

As águas das Filipinas pertencem ao Triângulo de Coral, uma área de 5 milhões a 7 milhões de quilômetros quadrados limitada pela Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, as ilhas Salomão e Timor Leste, na qual se concentram 75% das espécies de coral do planeta.

Com mais de sete mil ilhas, as Filipinas são o segundo maior arquipélago em biodiversidade da Terra, só superado pela Indonésia, mas da mesma forma que seu vizinho do sul, seus corais sofrem as consequências da pesca abusiva, da exploração turística, das devastadoras tempestades tropicais e também do aumento da temperatura dos oceanos.

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Como comprar - brita


Ao comprar, é preciso conferir rocha de origem e granulometria, além de licenças do fornecedor


Reportagem: Isis Nóbile Diniz

O tamanho das pedras - a granulometria - é determinante para a aplicação. No caso de gabiões, por exemplo, brita muito pequena não fica contida nas gaiolas. Além disso, a composição da rocha também influencia. As de origem calcária, por exemplo, não são recomendadas para finalidades que envolvem abrasão, como pavimentos
 









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Brita é o fragmento de rochas como granito, gnaisse e calcário, dentre outras. A NBR 7.211 - Agregados para Concreto define, por exemplo, seixo rolado, cascalho e pedra britada como agregados graúdos, com dimensões entre 4,8 mm e 152 mm. Vendida por tonelada, parte importante do custo é o frete.

É preciso verificar as licenças da fonte de extração ou britagem, o que resguarda o comprador de aborrecimentos referentes à qualidade ou a prejuízos ambientais. Afinal, quem compra material de origem ilegal também pode ser autuado pela Justiça.


A recomendação é verificar se há autorização do Ministério de Minas e Energia (MME), registro no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), alvará municipal para depósito, licenciamento ambiental para extração, autorização para supressão de vegetação nativa/intervenção em áreas de preservação permanente. O comprador pode pedir para ver o alvará ou pesquisar o fornecedor no site do DNPM, em http://goo.gl/mVrzU.


Características
A granulometria correta garante que o concreto tenha poucos espaços vazios. "A principal função do agregado é economizar cimento", lembra Eduardo Brandau Quitete, do Laboratório de Materiais de Construção Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).


O geólogo Claudio Sbrighi Neto, diretor da Cooperativa de Serviços e Pesquisas Tecnológicas e Industriais (CPTI), alerta que há tipos de britas indicados para alguns usos e não para outros. A brita de calcário, por exemplo, não é resistente à abrasão e, portanto, não é recomendada para pavimentos.


A cor da brita pode variar mesmo quando decorrente de um mesmo tipo de rocha. Por isso, essa característica não é indicativa da qualidade, pois a rocha gnaisse, por exemplo, pode apresentar cor amarelada e acinzentada.





Agregados reciclados
Resíduos de demolição ou construção podem ser usados como agregado para concreto sem fins estruturais ou argamassa para finalidades específicas. "É necessário cuidado, pois a qualidade nem sempre é boa: pode absorver muita água", exemplifica Sbrighi.
Cuidados
O material deve ser armazenado em ambiente de acesso fácil
Separe a brita de acordo com cada descarregamento
Não misture britas de granulometrias diferentes
Não deposite diretamente sobre o solo (coloque-a sobre plástico ou lona)
APLICAÇÃO DOS AGREGADOS
Pó de brita (malha 5 mm): para calçamentos com base asfáltica, para obtenção de texturas finas em concretos e em calçadas, na fabricação de pré-moldados, como estabilizador de solo, na confecção de argamassa para assentamento e emboço.
Pedrisco ou brita 0 (malha 12 mm): fabricação de vigas e vigotas, lajes pré-moldadas, pavimento intertravado, tubos, blocos, bloquetes, paralelepípedos de concreto, chapiscos e acabamentos em geral.
Brita 1 (malha 24 mm): comum na fabricação de concreto estrutural.
Brita 2 (malha 30 mm): geralmente aplicada na fabricação de concreto de resistência mais elevada, como fundações.
Fonte: Claudio Sbrighi Neto, diretor da Cooperativa de Serviços e Pesquisas Tecnológicas e Industriais (CPTI).

  http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/61/brita-ao-comprar-e-preciso-conferir-rocha-de-origem-291318-1.asp
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