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Vem, vem, vem, ver o circo de verdade



Com um misto de arte e racionalidade, rotina e novidade, profissionalismo e familiaridade, o circo é um belo exemplo para as empresas que queiram prosperar no século 21

Martha Costa, EXAME
O circo moderno nasceu junto com a Revolução Industrial. Em 1742, o cavaleiro inglês Philip Astley, que costumava exibir-se com cavalos em picadeiro redondo, acrescentou ao espetáculo as apresentações de saltimbancos e artistas das ruas, das praças e das estradas da velha Europa. Ele cercou o picadeiro com arquibancadas e passou a cobrar ingresso. Foi isso que deu origem ao que hoje conhecemos como circo.
A empresa idealizada por Astley tinha como objetivo a diversão, o entretenimento - mas constitui um belo exemplo para qualquer organização que pretenda sobreviver num mundo repleto de insegurança e instabilidade. Aliando racionalidade artística e técnica, o circo primou pela criatividade e por uma enorme capacidade de adaptação. Contemporâneo do modelo industrial, trilhou seus próprios caminhos e desenvolveu um modelo distinto. Apesar de fortemente vinculado às origens, sua estrutura organizacional e suas práticas administrativas aproximam-se das características hoje consideradas tendências das organizações do século 21.
O circo chegou aos Estados Unidos no início do século 19 e lá incorporou uma nova tecnologia: a lona que cobriria o espaço de apresentações e que, daí em diante, seria o mais expressivo símbolo do circo ocidental. Carregando consigo apenas seu conhecimento, suas habilidades, seus próprios instrumentos de trabalho, os artistas conseguiram manter unidas suas famílias em torno do trabalho e correr o mundo, com espetáculos fabulosos.
As organizações circenses conciliam características pré e pós-industriais. Sua itinerância e seu caráter plural foram responsáveis por estratégias de adaptação que muito podem contribuir para pensarmos as organizações contemporâneas. Elas resguardaram características corporativas e familiares e mantiveram seus valores e sua identidade, enquanto utilizavam todos os benefícios da contemporaneidade. Mesmo as inovações mais radicais jamais alteraram os alicerces sobre os quais se ergue a instituição circense.
São esses valores que fazem do circo uma organização tão especial: um grupo de pessoas, unidas por um forte ideal e um grande amor ao seu trabalho, ligadas fundamentalmente por laços de familiaridade e pelo conhecimento, lutando dia após dia para manter o seu negócio, sustentar com ele sua família e preservar sua arte.

O circo por trás do pano

O circo tem sua identidade marcada pela forma que o caracterizou e que facilita a montagem e a desmontagem, a cobrança de ingressos, o conforto da visão completa do espetáculo para o público. Essa estrutura reproduz a própria forma da Terra. Circo é círculo. Nele cabem a unidade e a diversidade. Incorporando, absorvendo e transformando costumes, línguas e valores, o circo é reconhecível em qualquer parte do mundo. Essa forma guarda em si todos os elementos que o identificam e o mantêm íntegro.
Sua estrutura arquitetônica é seu grande trunfo. Dos pontos de vista físico e artístico, o circo é composto de partes que podem ser constantemente substituídas e alteradas. Assim, ele é sempre novo, porque não pára de mudar. Esse é o seu estado permanente de ser.
Poder "carregar a casa nas costas" dá ao circense o privilégio de uma liberdade que outras formas de espetáculo não têm. Dificuldades são rapidamente superadas com mudanças. Mudança, entretanto, não é sinônimo de problema: ela é permanente, planejada, calculada, dirigida. A mudança não é oposta à tradição. Para o circo, tradição é um valor. Significa pertencer a um mundo onde um determinado tipo de conhecimento constitui a própria essência da instituição. Esse conhecimento chega às organizações por meio da vivência e da prática daqueles que, por origem sanguínea ou não, constituem seu maior patrimônio: os indivíduos. Admitir pessoas não nascidas entre dinastias tão bem preservadas é parte do processo de inclusão que sempre existiu no circo e que o renova, atualiza e o faz próximo da sociedade que o cerca.
O conhecimento é, certamente, o maior valor existente no circo. Seu peculiar processo de transmissão permanente de saber envolve e compromete a todos. A tradição exige que a formação de um circense seja completa, integral. Isso significa que há um saber que pertence ao indivíduo, e que portanto está no âmbito da sua especialidade, e um outro que pertence ao grupo. Dominar ambos os saberes faz com que o indivíduo de fato possa pertencer àquela cultura, àquela comunidade.
A perícia com a qual realiza seu número torna o artista respeitado, disputado pelo mercado de trabalho, e valoriza o espetáculo. Essa idéia, coerente com as novas visões do trabalho e do emprego no século 21, está presente na vida do circo desde seus primórdios. O artista deve manter-se em constante processo de aprimoramento, pois cada circo é uma vitrine para mostrar seu trabalho e estar sempre entre os melhores.
É este melhor que o circo anuncia. Toda a propaganda se utiliza de adjetivos que qualificam seus artistas e o próprio circo como o maior, o melhor, o único, o inimitável, o excepcional... Esses adjetivos não são simples recursos de retórica. São eficazes elementos para estimular a curiosidade do público, para valorizar e identificar o circo e o trabalho dos artistas. A exposição de qualidades de um circo, das atrações excepcionais que traz em seu elenco, é o que acirra a competição entre as companhias. O termo competição é usado sempre em espanhol: competência. Esse é um indício daquilo que define as regras do jogo entre os concorrentes: qualidade, maestria em saber cativar e conquistar a platéia.
O que a maestria, expressa em tantos adjetivos, revela é o caráter único de cada artista e de cada número. Por isso os melhores entre os melhores são tão respeitados no universo circense. E o que os define como os melhores são muitas vezes detalhes sutis, mas definitivos. Eles são modelo, exemplo, mestres, pois tudo o que fazem está além dos limites.
O circo é reconhecido mundialmente por sua capacidade de enfrentar situações repletas de fatores inesperados e por vezes capazes de esgotar os recursos de uma companhia. Os custos das mudanças, instalações e desmontagens são muito elevados, quando comparados com os custos de pôr em cena qualquer outro espetáculo ao vivo que se utiliza de equipamentos já instalados. Planejar muito bem os roteiros, reduzindo distâncias entre cidades, compensando praças mais difíceis com outras onde o circo possa respirar, é fundamental. (No entanto, o esforço é inútil se o circo não encontra local onde possa parar, como vem acontecendo em todo o Brasil devido a especulação imobiliária, preconceito e falta de políticas locais que entendam o circo como manifestação cultural. Assim, a itinerância fica mortalmente prejudicada.)

O circo em cena

A permanente luta pela sobrevivência em situações tão adversas e o forte sentido de familiaridade criaram uma rede de comunicação permanente entre as empresas, por meio das pessoas. É como se fosse um recurso de segurança: cada circo sabe dos outros circos e se comporta como parte de um todo, uma rede de circos. Essa rede se solidifica em três elos básicos: no compromisso, na confiança e na solidariedade.
O compromisso que se estabelece entre o indivíduo e o circo é fundamentado e fundamenta todos os elementos citados anteriormente. A forma de viver e exercer seu ofício redunda numa enorme cumplicidade entre as pessoas e ultrapassa o compromisso com a empresa e com a família. É um compromisso com o circo, considerado uma atividade e uma arte.
A confiança é originada nas relações familiares, na necessidade de permanecer juntos e no cuidado extremo com o outro: com a vida, com a integridade física, com as relações interpessoais. Cultivada todo o tempo no circo, mantém viva a essência da manifestação artística circense, que repousa sobre a verdade e sobre o risco. Um artista enfrenta o desafio constante aos limites impostos pelo próprio corpo e pelo ambiente (altura, distância, força, equilíbrio). Descuidos ou desafetos não podem interferir na realização do trabalho.
A união e a familiaridade entre as pessoas gera uma grande solidariedade. Todos conhecem bem as dificuldades por que passam e sabem quanto é difícil enfrentá-las sozinho.
Pressionada pelas mudanças no ambiente, a estrutura das organizações circenses vem se alterando gradativamente ao longo do tempo - de um núcleo exclusivamente familiar a uma empresa complexa. A agregação em torno da empresa se dá tanto pelas relações familiares como pelo conhecimento e habilidades dos contratados. Dessa forma, a empresa se organiza e reorganiza quantas vezes for preciso com base em dois pressupostos: o espetáculo que pretende montar e os especialistas disponíveis no mercado.
A competência múltipla do circense, o conhecimento partilhado por todos e o processo permanente de aprendizagem garantem à organização mecanismos de sobrevivência insuperáveis. Essa flexibilidade é possível graças a uma forte adesão ao projeto artístico e a um sentimento de pertencimento à família circense. Todos compactuam das dificuldades e do sucesso da empresa.
Embora a hierarquia no circo seja extremamente respeitada, o decisor muda constantemente, dependendo da situação que se apresente. Investidos da autoridade que o saber lhes confere, artistas e técnicos dividem a responsabilidade de decidir sobre suas áreas específicas e em alguns momentos sobre assuntos cruciais para a organização.
Em vez da prática gerencial mais conservadora, o circo desenvolveu competências gerenciais totalmente voltadas para a adaptação às novas circunstâncias, capazes de realizar as mutações necessárias na estrutura para se adequar a novas situações sem abrir mão de sua identidade. A redundância natural numa situação de descentralização decisória vem sendo considerada uma das grandes vantagens das organizações flexíveis, em que a idéia do todo organizacional está presente em cada parte.
O processo fundamental do circo é a realização do espetáculo. Do sucesso deste depende a sobrevivência do grupo e conseqüentemente a manutenção da empresa. Todos os demais processos advêm da necessidade de manter o espetáculo em cartaz. Cada processo exige um tratamento distinto. Montagem, desmontagem e mudança, processos comuns ao circo itinerante, embora facilitados por novas tecnologias, são constituídos de rotinas bem definidas e sempre cumpridos da mesma forma. Rotinas e previsibilidade evitam riscos. Para isso é preciso muita disciplina, que no circo é sinônimo de segurança. Processos flexíveis, como os de contratação, de negociação salarial ou até de montagem do espetáculo, convivem com processos absolutamente rigorosos e rotineiros.
O espetáculo é também o principal produto da organização circense. É sua razão de existir, o produto que anuncia e vende. É o resultado da união bem-sucedida de valores individuais, que representam a si mesmos. Não há truque, não há dublê. O circo vende verdade envolvida em emoção, suspense, alegria, diversão. É o produto exposto ao consumidor e avaliado na hora pela reação da platéia, que pode ser o aplauso, a indiferença ou a vaia.
Suas peculiaridades e suas estratégias de sobrevivência forjaram a capacidade necessária para enfrentar as mudanças por que passou o mundo. Adaptação foi a palavra-chave para que o circo chegasse aos dias de hoje íntegro, variado e reconhecível. Os bens que um circense carrega consigo são a sua própria história transmitida oralmente de geração a geração, o conhecimento, a solidariedade, o espírito de equipe. Processos rigorosamente determinados e inflexíveis convivem com uma estrutura organizacional flexível e leve. Ambos são responsáveis pela qualidade do empreendimento. Convivem pré e pós-fordismo. Convivem tradição e contemporaneidade.
O que hoje se entende como novo circo nada tem de novo em essência. O novo é um pressuposto do circo. O novo circo é herdeiro legítimo do circo tradicional porque nele se encontram preservados seus valores fundamentais: a tradição que não amarra, o conhecimento como o maior valor, a familiaridade em lugar da família, a itinerância como meio, a maestria como finalidade.
O circo consagrou a máxima "Viver do público e para o público", atentando sempre para o público externo e interno ao mesmo tempo. Para preservar a sua arte, guardou segredos a sete chaves, transferiu conhecimentos a seus herdeiros e tornou-os melhores e mais famosos. Fez escol, foi admirado por todas as camadas sociais e vive nas lembranças de infância de pessoas de todo o mundo. Luta para manter viva a emoção, que une "os de dentro" e "os de fora". Luta pelo cotidiano e pelo grande sucesso. Ensaia exaustivamente, repete exaustivamente, e cria sem parar. Tudo faz buscando uma relação muito próxima com o público, porque nada substitui o aplauso de uma platéia em suspense por um número arriscado, o riso, a alegria. Nada substitui o envolvimento de misturar vida e trabalho, contradizendo paradigmas cristalizados e parciais. Nada substitui o prazer de trabalhar divertindo-se. Nada substitui a satisfação de encerrar um espetáculo tendo feito algo novo, ido além, deixando sua marca, seu nome, tornando-se referência. Nada substitui a emoção e a satisfação de envolver a todos com sua arte, de fazer tudo isso ao vivo, expor-se ao máximo, sem truques, pondo-se à prova diante de todos.
Martha Costa (marthacosta@lycos.com), ex-coordenadora da Escola Nacional de Circo, é professora de administração na Universidade Estacio de Sá, no Rio de Janeiro. Este texto foi extraído de sua dissertação de mestrado na Escola Brasileira de Administração Pública, da FGV
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Mesas SULTANAS



Mesa sultanas por Jorge Diego Etienne Sultanas tabelas por Jorge Diego Etienne

Um conjunto de tabelas ocasionais construídas com concreto e vidro, que refletem a identidade da cidade industrial de Monterrey, no norte do México e repensar o trabalho artesanal contemporânea. Usando o "artesanato industrial" de oficinas locais, sob um breve set por Galeria ADN, Sultanas ter uma estrutura monolítica que brinca com a percepção do material e suas possibilidades, criando duas formas dinâmicas que se juntam para criar a base de concreto das tabelas . Monterrey tem sido identificada como a capital industrial do México, e Sultanas retrato de dois dos seus principais produtos de exportação: concreto e vidro em um pedaço de edição limitada.
Desenhado por Jorge Diego Etienne
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Mesa sultanas por Jorge Diego Etienne 08 Sultanas tabelas por Jorge Diego Etienne
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O que é o concreto auto-adensável?


Concreto auto-adensável (SCC) é uma tecnologia relativamente nova, em termos de construção. Desde a sua introdução mais de 10 anos emJapão, O conceito de SCC tem capturado a imaginação de pesquisadores e profissionais de todo o mundo. Este material pode ser considerado como um composto de alto desempenho, que corre sob o seu próprio peso ao longo de uma longa distância sem segregação e sem o uso de vibradores. Na última década, o foco em SCC tem sido em suas propriedades novas. A pesquisa ea experiência prática foram bem documentadas no primeiro simpósio de concreto auto-adensável realizado emEstocolmo[RILEM 1999] e, posteriormente, no relatório de state-of-the-art RILEM [2000]. Mais informações, especialmente endurecidos propriedades, pode ser encontrada no segundo simpósio realizado em Tóquio [SCC 2001].

A completa eliminação do processo de consolidação em SCC pode levar a muitos benefícios. Além da vantagem óbvia de melhoria concreta da qualidade em locais difíceis relacionadas com o acesso e congestionadas reforços , o uso da SCC aumenta a produtividade, reduz o número de trabalhadores no local, e melhora o ambiente de trabalho. A redução no custo total de construção poderia ser de cerca de 2 a 5%. Dependendo da competição, o custo de SCC fornecimento pode ser de 10 a cerca de 50% maior do que a de betão convencional de grau semelhante. Isso leva a um baixo consumo de SCC, na prática, no valor de menos de 5% da produção total de concreto. Com maior controle de qualidadepor parte dos fornecedores e do aumento da competitividade no mercado, o uso de SCC está acelerando em muitos países desenvolvidos. 




O uso de aditivos de alto desempenho 

(ZPP-1 e ZPP-2) para desacelerar crise 

perda de auto-adensável misturas de concreto 


SCC fresco deve possuir elevada fluidez e elevada resistência à segregação.Fluidez ou deformabilidade, a capacidade que o concreto flui para preencher todos os cantos do molde, bem como a capacidade de passar através de pequenas aberturas ou lacunas entre reforçando bares , muitas vezes referida como o enchimento e capacidade passabilidade de SCC, respectivamente. Para satisfazer esta exigência de alta fluidez, a dimensão máxima do agregado é geralmente limitada a 25 mm. Para melhorar as propriedades de fluxo, a quantidade de agregados grosseiros e é reduzida em relação ao aumento do volume de pasta. Superplasticizer é necessário para reduzir a demanda de água, atingindo alta fluidez. O superplastificante utilizado é o de um novo tipo de geração com base em poliéter polycarboxylated, que é consideravelmente mais caro do que o tipo tradicional usado no betão convencional. Para SCC para ter alta resistência à segregação, deve ser especificado alto teor de pó que vão 450-600 kg por metro cúbico de concreto. Pó geralmente refere-se a partículas de dimensões inferiores a 0,125 milímetros. Desde teor de cimento de 300 a 400kg/m3 muitas vezes está disponível, SCC geralmente incorpora 150 a 250 kg/m3 de cargas inertes ou cimentícios. Calcário em pó é a de enchimento utilizado, com cinzas volantes e escória de alto forno desfrutando crescente popularidade. Agente de viscosidade é por vezes incorporadas para minimizar a adição de cargas. Esta mistura é semelhante ao que é utilizado na betonagem debaixo de água. Ele aumenta a viscosidade da água, aumentando assim a resistência à segregação.


A reologia do concreto fresco é mais freqüentemente descrita pelo modelo de Bingham. De acordo com este modelo, o concreto fresco deve superar a tensão limite ( tensão de escoamento , t o ) antes que possa fluir. Uma vez que o betão começa a fluir, a tensão de corte aumenta com o aumento da taxa de deformação, tal como definido por a viscosidade plástica, m . A reologia alvo de SCC é para reduzir a tensão de cedência a tão baixo quanto possível, de modo que ele se comporta de perto a um fluido newtoniano. A outra propriedade de destino é a viscosidade "adequado". A adição de água reduz tanto o limite de elasticidade aparente e viscosidade. Demasiada água pode reduzir a viscosidade, de tal forma que ocorre a segregação. A incorporação de superplastificante reduz a tensão de escoamento, mas provoca redução limitada da viscosidade. A utilização de parâmetros Bingham é útil para a descrição do comportamento do betão fresco, mas não existe um consenso, pelo menos nesta fase, nos seus valores limites apropriados para a SCC.


Para o controle de qualidade do site, os testes que exigem equipamentos simples são muitas vezes realizados para indicar qualitativa ou quantitativamente os três propriedades básicas do SCC: capacidade de enchimento, transitabilidade, e resistência a segregação.

Teste Slump-flow é o método de ensaio mais popular usado por causa disso simplicidade. Uma amostra representativa de concreto é colocado de forma contínua em um cone queda normal com um jarro sem adulteração. O cone é de elevação e o diâmetro do betão (isto é, o valor de fluxo de abaixamento), após o betão ter parado é medido.

O tempo para atingir um diâmetro de fluxo de 500 mm e diâmetro de fluxo final também são observadas. O grau de separação pode ser considerada, em certa medida por observação visual. Este ensaio reflecte a capacidade de enchimento, 

mas a transitabilidade não é indicada. L-box, U-box, e V-funil são outros testes comuns disponíveis para avaliar uma ou mais das características básicas da SCC.


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Recomendações técnicas Habitare


volume 1:Revestimentos de Argamassas: boas práticas em projeto, execução e avaliação
Autores: Luiz Henrique Ceotto, Ragueb C. Banduk e Helza Hissae Nakakura
volume 2:Mutirão Habitacional: Procedimentos de Gestão
Autores: Alex Kenya Abiko e Leandro de Oliveira Coelho
volume 3:Planejamento de canteiros de obra e gestão de processos

Autores: Tarcisio Abreu Saurin e Carlos Torres Formoso
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Pisos e pavimentos de concreto com uso de espaçadores


A necessidade de qualidade em planicidade, nivelamento e resistência ao desgaste superficial tem sido muito severa na construção brasileira. Esse fenômeno é mais sensível em áreas industriais, nas quais houve aumento na altura de estocagem dos galpões e de cargas de armazenagem e operação, aumentando as preocupações com o dimensionamento e a execução da obra.

Com isso, cresceu dentro do processo a importância da elaboração de um projeto para o piso, fundamental para atingir a qualidade exigida pelos clientes-usuários. Com um bom projeto em mãos, o executor conhece de forma mais clara os materiais necessários e quais os métodos construtivos recomendados. Isso é ainda mais sensível no caso do desempenho de pavimentos armados de alta resistência, principalmente no que diz respeito ao posicionamento das armaduras.


Vamos tratar inicialmente do posicionamento desse.

Armadura inferior

As telas soldadas posicionadas na face inferior das placas de concreto devem ter seu cobrimento respeitado por causa de sua função estrutural, sob risco de não se obter a resistência projetada. Diversos procedimentos para assegurar esse posicionamento são possíveis, mas todos requerem planejamento, já que necessita-se de quatro a cinco peças/m2 para garantir o cobrimento adequado. Dessa forma, para um piso de 10 mil m2 terão de ser providenciadas aproximadamente 45 mil unidades de distanciadores.

Dentro das alternativas mais utilizadas, estão as pastilhas argamassadas e os distanciadores plásticos . Os distanciadores plásticos têm se mostrado a melhor opção, já que são fornecidos por empresas especializadas na produção desses artefatos, têm maior padrão de qualidade e exigem menor prazo para disponibilidade no canteiro das obras.


Armadura superior

Para o posicionamento das telas soldadas da face superior de um piso, deve-se considerar duas situações distintas, com ou sem presença da tela soldada inferior.

Apenas tela superior

Para determinar a altura do distanciador deve-se fazer uma avaliação  que considera laje com altura de 12 cm e cobrimento nominal de 3 cm.

Para uma tolerância de +- 10 mm o posicionamento da tela soldada poderá variar entre 7,5 e 9,5 cm. Para assegurar a posição da tela superior há três alternativas: os espaçadores em forma de treliças soldadas, os distanciadores lineares e os caranguejos. Veja os consumos de materiais para os três tipos de distanciadores.


Treliças soldadas

O consumo médio desse espaçador é de aproximadamente 1,25 m/m2 de piso, o que representa linhas de treliças soldadas a cada 80 cm (1/3 da largura da tela soldada). Antes de verificar o consumo total dos espaçadores soldados é importante entender a relação entre altura nominal e altura efetiva como espaçador, no caso de pisos .

Pode-se adotar, de forma genérica, que he = hn - 0,5 cm. A distância entre os espaçadores deverá ser de aproximadamente 80 cm para que se tenha uma boa condição de apoio das telas. Esse valor deverá ser verificado na obra, para que se tenha confiabilidade absoluta no processo de posicionamento das telas soldadas.

É importante salientar que as alturas nominais disponíveis no mercado para os espaçadores soldados são diversas, devendo ser consultada a tabela dos fabricantes. No exemplo proposto inicialmente , poderíamos adotar 8 cm de altura, com consumo de 1,25 m/m2 x 0,63 kg/m = 0,79 kg/m2 de treliça.


Distanciadores lineares

São peças individuais  fornecidas em diversas alturas com consumo aproximado de uma unidade a cada 1,25 m2, o que significa espaçar as peças de 1,25 m em uma direção (equivalente a 1/2 de largura da tela soldada) por 1 m de distância na outra direção. Nesse caso, não há diferença entre a altura efetiva e altura nominal, sendo assim, para o exemplo em questão, podemos adotar altura de 8 cm para o distanciador linear.

O consumo de aço nesse caso será equivalente a 0,523 kg/pç/1,25 m2 = 0,42 kg/m2.

Caranguejos

De forma adequada, pode-se utilizar barra de 10 mm CA 50 ou CA 25 para a confecção dos caranguejos


Para assegurar o posicionamento das telas soldadas sugere-se, nesse caso, o consumo de quatro peças/m2. Sendo assim, o consumo de aço será de quatro peças/m2 x 0,76 m/peça x 0,617 kg/m = 1,88 kg/m2. O consumo de material é significativamente diferente entre as alternativas disponíveis, cabendo ao profissional que estiver tomando a decisão avaliar o preço unitário de cada solução. Sempre lembrando de considerar o custo da mão-de-obra para dobrar o caranguejo, e que posicionar as treliças soldadas e distanciadores lineares é sensivelmente mais rápido e fácil.


Existência de tela superior e inferior


Para determinação da altura do espaçador deve-se fazer uma avaliação 

As demais observações sobre as características dos distanciadores apresentadas anteriormente são válidas também para esse item.


Barras de transferência


As barras de transferência são dispositivos de transferência de carga vertical e restrição ao empenamento, que permitem a movimentação horizontal entre placas de concreto, devendo ser posicionadas a meia-altura e com uma tolerância de posicionamento em relação ao plano horizontal de +- 7 mm.

Sendo assim, devemos avaliar a situação mais estável e econômica para o posicionamento das barras de transferência, considerando a possibilidade de existir uma tela inferior em alguns pisos de concreto.


Existência somente de tela superior

Para a solução técnica de piso com somente uma tela soldada ou outras opções de pisos que não utilizem armadura, os distanciadores serão posicionados diretamente sobre a sub-base.

Uma alternativa são distanciadores específicos que já possuem deformações a cada 30 cm na barra superior para o adequado posicionamento.
Resultado de imagem para pisos industriais de concreto
Existe ainda a possibilidade de a barra de transferência estar abaixo do distanciador, sendo importante observar que deveremos sempre amarrá-la no distanciador, seja quando posicionado por baixo ou por cima, para garantir a ortogonalidade das barras de transferência em relação às juntas, permitindo assim a movimentação horizontal das placas de concreto. 

Existência de telas superior e inferior

Nesses casos, as barras de transferência estão sob as treliças soldadas ou sobre os distanciadores específicos. 

No caso do uso de distanciadores específicos, a altura efetiva será calculada 


Cabe ressaltar que os dados aqui apresentados são orientativos, principalmente quanto à quantidade de espaçadores a serem utilizados, que deverão ser avaliados em obra, de acordo com o tipo de tela superior, slump do concreto, equipamento de vibração, altura do piso, entre outros. Sendo assim, é de suma importância a presença de equipe e/ou profissional que acompanhe o processo de concretagem, com o intuito de garantir a qualidade esperada do piso a ser construído.





Wagner Gasparetto

LPE - Engenharia e Consultoria

E-mail: wagner@lpe.eng.br
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Vasos de concreto modulares




konkurïto vaso dimensões modulares: 13 x 13 x 28,5 centímetros




O designer Xiral Segard especializadas rapidamente em concreto para criar itens domésticos que fazem o melhor uso do design modular e clareza. Ela apresenta três projetos no no âmbito da primeira semana de design de Paris.








O vaso Konkurïto foi inspirado na caixa de japonês "bento". Completamente concreto, que consiste em quatro elementos empilháveis ​​modulares e uma tampa.Dependendo do tamanho do seu bouquet, o reservatório de água situa-se na parte superior ou inferior.







aqui original


Japanense bento boxes em concreto
Designer Xiral Segard é especializada em concreto para criar itens domésticos que fazem melhor uso do design modular e clareza. O vaso Konkurïto foi inspirado na caixa de japonês "bento". Completamente concreto, que consiste em quatro elementos empilháveis ​​modulares e uma tampa.
Os vasos em concreto dividir em pedaços

Os vasos por Xiral Segard feito de concreto

Dois vasos de concreto com flores
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Luminária de mesa por Benjamin Hubert para Decode


London Design Festival 09: designer de Londres Benjamin Hubert vai lançar uma lâmpada de mesa de concreto para o projeto marca Decode London em 100% Design , em Londres, esta semana.
As lâmpadas têm uma base e sombra cast-concreto, acompanhado por um suporte de madeira através do qual um Flex vermelho é enfiada.
Eles são feitos de carvalho ou nogueira com peças de concreto disponíveis em três diferentes tons de cinza.



Em 2008, Benjamin Hubert colaborou com Decode para produzir o premiado concretas pingente luzes pesados ​​prêmio. A luz da mesa representa a primeira extensão deste intervalo. A lâmpada combina um simples tipologia estética e nova com uma justaposição de materiais industriais e naturais.
Luzes Secretária pesados ​​são compostos por uma base de concreto fundido e sombra com um braço laminado ply e detalhes em alumínio usinado. A sombra de concreto fundido é produzido usando uma técnica de fundição cerâmica inovadora fabricados em uma oficina especializada em Leipzig, Alemanha. Isso permite que a forma a ser lançado com
uma seção de parede 4 milímetros fino.

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Cimento e água


Temos o cimento como componente mais fino do concreto, quando não exitem adições (microsílica, metacaulim, etc) tem-se uma elevada área específica destas partículas e se tivermos um aumento de seu consumo isto não quer dizer que teremos um aumento proporcional do consumo de água para se manter constante a trabalhabilidade.

Esta ocorrência se deve porque estas partículas do cimento, que são muito finas, funcionam como ROLAMENTOS, fazendo com que se reduza o atrito dos grãos maiores dos agregados permitindo com isto uma maior fluidez da massa do concreto fresco.Este efeito também é obtido quando o cimento é substituído por inertes menores do que 0.15 mm.

Principais influencias do cimento ou dos inertes no concreto fresco:
  1. A plasticidade aumenta quando a relação a/c cresce;
  2. Se tiver um aumento de consumo de cimento e se mantivermos o fator a/c constante iremos ter um favorecimento da plasticidade e temos um aumento de coesão deste concreto fresco com uma redução de sua segregação;
  3. A exsudação diminui quando o consumo de cimento aumenta;
  4. Pode-se corrigir uma consistência deficiente do concreto fresco devido a formas ou textura defeituosas dos agregados;
  5. As adições minerais podem favorecer a plasticidade do concreto, pelo fato destas adições serem muito finas e por terem a forma arredondadas.
Fonte: Parâmetros de dosagem do concreto - ET 67 - ABCP
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