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Armazenamento de Água de chuva (1) - custo/beneficio

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A possibilidade de captação de água é sempre limitada à quantidade de precipitação, como seja a capacidade de armazenamento. Portanto, a dependência de água da chuva deve sempre ser visto em correlação com a conservação da água.

Custo-benefício
É praticamente impossível fazer uma análise de custo-geral desprovido de os diferentes tipos de reservatórios e capacidade de armazenamento por causa dos muitos fatores desconhecidos. No entanto, os seguintes indicadores gerais para a tomada de decisão pode ser dada para a escolha do reservatório.

1. O valor da água da chuva sobe com o aumento da distância para a inacessibilidade ou de outras fontes de água. Isto significa que, se a água da chuva torna-se a única fonte, o seu valor é extremamente elevado. Assim, o elevado investimento em um grande reservatório torna-se mais barato em relação ao valor. de água.

2. Se a água da chuva continua a ser a única fonte de água, padrões de chuva devem ser cuidadosamente estudados. Se o padrão mostra uma distribuição mais equitativa ao longo de um longo período de observação, é possível escolher o tamanho de um reservatório de acordo com a precipitação, mesmo em uma base semianual. Quando a chuva é muito desigualmente distribuída com períodos de seca frequentes, um reservatório deve ser tão grande quanto possível, com base na precipitação máxima. Este é caro, mas ainda econômica depois de tomar todos os outros fatores em consideração.

3. É imperativo analisar a finalidade do uso da água e do volume de consumo de antecedência. Somente indicadores ásperas pode ser dado uma vez que o consumo irá variar de caso para caso. As famílias rurais na África, muitas vezes gerenciar com 40-60 litros de água por dia. Como mencionado anteriormente, uma vez que o acesso fácil não incentivar a poupança, mas em contrário, o consumo aumenta, devem ser tomadas providências para fornecer valores adicionais. As taxas de consumo de água para a cultura não pode ser dada uma vez que isso depende em grande medida do tipo de condições do solo e de culturas. Se o reservatório programada deverão servir como uma estrutura de emergência devido a avarias frequentes de uma fonte centralizada, o tamanho pode ser menor e a capacidade limitada para o consumo de algumas semanas, dependendo também o padrão de precipitação.

4. O acesso aos materiais de construção é outro fator a ser considerado. Por exemplo, tanque de ferro corrugado, que são geralmente muito econômicos pode estar disponível apenas centenas de quilômetros de distância e, portanto, tornar-se muito caro. Ou, se o reforço de malha não está disponível, um tanque de ferro-cimento não pode ser construído. 

5. Expectativa de vida e manutenção demandas são outros fatores a serem considerados. Como o exemplo de captação de águas pluviais em edifícios públicos em Lobatse mostra, em determinadas circunstâncias, os elevados custos de construção combinado com a expectativa de vida de serviço longa pode pagar. A manutenção é geralmente um ponto fraco em países em desenvolvimento, tem de ser tida em consideração. A decisão sobre a capacidade e tipo de estrutura a ser escolhido deve levar todos esses fatores em consideração.

A atenção também deve ser dada às seguintes perguntas:
- Para qual finalidade é a água da chuva para ser usada?
- Qual é o consumo mensal provável de água?
- Qual a quantidade de água pode ser colhida?
- Qual é o padrão de precipitação, e como é distribuído de chuvas durante o ano?
- Quais materiais de construção estão disponíveis, que são indisponíveis?
- Qual é o montante financeiro a ser investido?
- Por quanto pode custos de construção ser reduzido de autoajuda?


As respostas a estas perguntas vão levar a uma decisão sobre o tamanho e tipo de reservatório. Compromissos devem ser feitos com base nas respostas.



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Ferrocimento caixas artesanais

Ferrocimento é uma técnica de construção que se aplica uma camada de aproximadamente 2 cm de cimento forte  sobre uma estrutura feita com vergalhões de ferro, envoltos por uma tela de metal (de galinheiro). Pode ser aplicada em diversas funções, como cisternas de captação e armazenamento de água.

A caixa d`água...




Armação de vergalhão e tela de galinheiro



Enbolsando por dentro e por fora...



no final da primeira camada de cimento



Construindo o tanque para tilápias




















Arremate





Tanque para tilápias





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O que é um engenheiro estrutural - California

Um engenheiro estrutural analisa e projeta o apoio gravidade e resistência força lateral de edifícios, pontes e outras estruturas .

"Um engenheiro estrutural"

Esta é a pessoa cujas responsabilidades estamos definindo. Engenharia Estrutural é uma especialidade dentro da Engenharia Civil. Engenheiros estruturais criar desenhos e especificações, executar cálculos, rever o trabalho de outros engenheiros, escrever relatórios e avaliações, e observar canteiros de obras. A Engineer'slicense Professional é necessário para a prática de Engenharia de Estruturas. A licença pode ser obtida somente depois de completar uma quantidade prescrita de educação e experiência de trabalho, e fazer um exame de 2 dias. Na Califórnia e em outros estados, certas estruturas, como hospitais e escolas, exigem uma licença de engenheiro estrutural, que pode ser obtido depois de 3 anos de experiência adicional e tomar outro exame.

As tarefas básicas de engenharia estrutural relacionar quantidades numéricas de forças físicas para configurações físicas de elementos resistentes força. A análise é o processo de determinação de forças em cada elemento de uma estrutura (tal como uma viga) quando a configuração dos elementos já foi definido. O design é o processo de configuração de elementos para resistir às forças cujos valores já são conhecidos. Análise e Projeto são procedimentos complementares no processo global de concepção de novas estruturas. Depois de realizar um projeto preliminar, o designer estima a configuração final de elementos de uma estrutura, mas só até uma análise é realizada pode ser conhecido das forças nesses elementos. Depois de realizar uma análise, as forças dos elementos são conhecidos, e os elementos pode ser concebido (a sua configuração pode ser escolhida), mais precisamente. As iterações do processo entre análise e projeto até atingir a convergência.

"Apoio Gravidade e Lateral Força de Resistência"

As estruturas são sujeitas a cargas verticais, ou "gravidade" e horizontal, ou cargas "laterais". Cargas de gravidade incluem "morto", ou permanente, de carga, que é o peso da estrutura, incluindo as suas paredes, pisos, acabamentos e sistemas mecânicos, e "ao vivo", ou carga temporária, que é o peso do conteúdo de uma estrutura e ocupantes, incluindo o peso da neve. Cargas laterais incluem os gerados pelo vento, sismos ou explosões. Os elementos estruturais devem ser concebidos de modo que, como um sistema, a estrutura pode resistir a todas as cargas que agem sobre ele.

"edifícios, pontes e outras estruturas"

As estruturas são qualquer sistema que resiste a cargas verticais ou horizontais. Estruturas incluem peças grandes, como arranha-céus, pontes e barragens, bem como itens pequenos, como estantes, cadeiras e janelas. A maioria das "estruturas" do cotidiano são "projetado" por meio de testes, ou de tentativa e erro; enquanto estruturas grandes, únicos, ou caras que não são facilmente testados geralmente são projetadas por um engenheiro qualificado, utilizando cálculos matemáticos. Mais praticando desenho engenheiros estruturais e analisar edifícios, pontes, centrais eléctricas, torres elétricas, barragens e outras grandes estruturas que são essenciais à vida como a conhecemos.

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SONDAGEM EM TERRENOS

Terreno crítico

Análise das características do solo define melhor abordagem das fundações e segurança da obra


Fonte: Revista Techne, Edição 172 - Julho/2011

Método mais comum em sondagens, SPT identifica o solo atravessado, a resistência à penetração e a posição do nível d’água
A sondagem influencia de maneira decisiva tudo o que é feito no projeto de fundações. É o primeiro passo para o entendimento do terreno, e, se é imprecisa, compromete o projeto e a execução da obra. Assim, o maior problema é a confiabilidade dos resultados. Se a sondagem apresenta inconsistências, pode-se pedir a realização de nova sondagem ou confirmação com outros testes. Mas o problema às vezes é evitado antes. O projetista de fundações pode rejeitar o trabalho de sondagem.
Frederico Falconi, diretor da Zaclis Falconi, conta que é comum, ao iniciar um projeto de fundações, receber sondagem sem locação topográfica (amarração) e até sem indicação do nível d’água 24 horas após a perfuração. São falhas consideradas primárias e indicativas de um trabalho malfeito.
Outra evidência de falha é quando a empresa classifica o solo com uma composição inverossímil naquele lugar. “É como uma sondagem em Santos (SP) não ter água ou argila marinha”, ilustra Milton Golombek, da Consultrix. Neste caso, costuma-se dizer que se trata de uma “sondagem fabricada”.
No Brasil, a maioria das sondagens em solo é feita pelo método Standard Penetration Test (SPT). O ensaio consiste na cravação vertical, no solo, de um cilindro amostrador padrão, por golpes de um martelo com massa padronizada de 65 kg solto em queda livre de uma altura de 75 cm. São anotados os números de golpes necessários à cravação do amostrador em três trechos consecutivos de 15 cm, sendo que o valor da resistência à penetração (NSPT) consiste no número de golpes aplicados na cravação dos 30 cm finais. Após a cravação em cada trecho, o amostrador é retirado do furo e a amostra é coletada, para posterior classificação que geralmente é feita pelo método tátil-visual.
Um ensaio similar, mas um pouco mais elaborado, é o SPT com medida de torque (SPTT), que pode ser efetuado para complementar o ensaio de resistência do solo, caso haja dúvida. O equipamento é o mesmo, mas possui um torquímetro acoplado no topo das hastes. Com a medida de resistência desse momento torsor, é possível saber o atrito lateral do amostrador com o solo local, permitindo melhor avaliar as características geomecânicas do solo. Um teste é estático (SPTT) e o outro, dinâmico (SPT).
Quando o SPT atinge uma camada impenetrável, seja um solo muito resistente ou rocha, pode-se recorrer a uma sonda rotativa. Uma coroa de diamante na ponta da haste corta e recupera a rocha – inteira ou parte dela – para ser analisada mecanicamente em laboratório. Este teste, porém, é muito mais sofisticado e caro do que um tripé de sondagem normal, sendo que poucas empresas possuem o equipamento rotativo.
Para se obter informações complementares ao SPT podem ser feitos ensaios como o Cone Penetration Test (CPT), que informa a resistência do solo por meio da penetração estática, ou DMT (Dilatômetro de Marchetti), que estima parâmetros geotécnicos de resistência ao cisalhamento.
Marcelo Scandaroli
Divulgação: Metrô-SP
Indicada para solos mais resistentes, sonda rotativa corta e recupera a rocha para ser analisada mecanicamente em laboratório
Equipamento de sondagem deve ser isolado com tapumes ao ocupar calçadas ou vias públicas
Critérios para aceitação de um projeto de sondagens
 Citação no relatório dos procedimentos da execução segundo a norma NBR-6484
 Amarração da cota da boca dos furos e da locação destes furos em relação a uma referência de nível fixa e indeslocável
 Identificação da existência ou não de nível de água e a posição inicial e final, se existir
 Classificação das camadas segundo a norma brasileira
 Identificação clara da data de início e término do furo de cada sondagem, para se identificar a estação do ano
 Apresentação dos valores de SPT inicial e final em cada metro, para comparação
 No caso de existência de camadas argilosas moles ou muito moles recomenda-se fornecer o valor da umidade em cada metro para identificação de possíveis subcamadas
Seguindo a norma
A sondagem em SPT tem norma própria, a NBR 6484. Qualquer alteração na altura, peso etc. pode alterar a energia envolvida no processo e, portanto, o resultado final. Se, por exemplo, o peso é solto de uma altura menor, provavelmente será preciso mais golpes para atravessar o mesmo trecho.
Colocado no terreno limpo, a 1 m da cota escavada, encosta-se o amostrador do equipamento e crava-se 45 cm. Retirada a amostra do bico do equipamento, repete-se a operação a 2 m do primeiro furo, até se cumprir o número previsto na norma e estabelecido pelo projetista.
Um terreno muito duro num local pode estar ao lado de outro não tão resistente. “Deve haver no mínimo dois furos de sondagem para o trabalho, mas o ideal é no mínimo três”, recomenda Arthur Quaresma Filho, da Engesolos.
A quantidade de furos está prevista em norma de acordo com a área do terreno, mas deve vir especificada pelo projetista, assim como a profundidade que a sondagem deve atingir. Pode-se definir um critério de profundidade, de número de golpes, de tipo de solo atravessado ou até os três juntos, seja um excluindo o outro ou atingindo-se as três condições. “Um exemplo de critério de paralisação seria atingir o solo residual com cinco ensaios de SPT de 30 golpes e mínimo de 40 m de profundidade”, explica Falconi.
Idade da pedra
Acervo pessoalHugo Cássio Rocha geólogo, assessor técnico do Departamento de Concepção Civil do metrô-SP e presidente do Comitê Brasileiro de Túneis da ABMS
No campo da sondagem, é aceitável que se tome a análise de uma área por amostragem comparativa? É possível que todos os demais terrenos do entorno sirvam de parâmetro geológico? Sim, uma sondagem é apenas um ponto de amostragem sob o ponto de vista estatístico e os demais pontos do entorno são também muito importantes. Claro que dependendo da variabilidade geológica do terreno há a necessidade de vários furos para melhor amostragem.
Entre todos os fatores que devem pautar a aceitação de um estudo de sondagem, qual o mais grave se for negligenciado? Sem dúvida é o descumprimento parcial ou total da norma de execução. Lembrando que é melhor estimar os parâmetros com elevados fatores de segurança do que projetar sobre dados errados de uma sondagem mal-executada.
Que cuidados devem ser tomados com relação à profundidade dos furos de sondagem? O sondador deve ser adequadamente treinado e as hastes de perfuração devem sempre ter tamanho múltiplo de metro e nunca medidas quebradas, como, por exemplo, 1,03 m, pois dificulta as contas e facilita o erro. Além disso, deve ser levantada topograficamente a cota da boca do furo e ser executado um croqui de locação.
Entre projetistas de fundações, costuma-se dizer que há um verdadeiro fosso entre empresas de fundações: empresas com muita tecnologia e, outras, completamente despreparadas e desatualizadas. Isso é uma realidade? Sim, é verdade. Em relação às sondagens geotécnicas o Brasil está, com honrosas exceções, na idade da pedra. Em poucos lugares do mundo se faz sondagem à percussão manual como no Brasil. Quanto aos equipamentos de fundações, o mercado ficou estagnado durante muitos anos, dificultando o investimento em novos equipamentos, entretanto as perspectivas são boas de melhora no futuro próximo.
Que fatores podem desvirtuar completamente o resultado das sondagens? Os mais graves são o descumprimento das normas, falta de conhecimento das peculiaridades da geologia local, pagamento do serviço por produção, falta de treinamento das equipes e falta de conhecimento do executor sobre a importância da sondagem geotécnica.
Primeiro furo
Por diversas vezes, para se definir os critérios de paralisação, o projetista analisa o boletim de campo do primeiro furo da sondagem para criar a orientação dos outros furos. “Muitas vezes, vamos até o local analisar, mas nunca chegamos no momento exato em que está terminando o furo”, conta Falconi. Então, por telefone, projetista e empresa de sondagem conversam sobre os resultados preliminares obtidos.
Essa comunicação entre os dois lados do trabalho não é obrigatória. Porém, quando há a troca de informações desde a definição do serviço, tanto o sondador tem uma concepção melhor como o projetista ou o consultor podem orientar o trabalho com mais precisão.
Como o consultor recebe o resultado do primeiro furo, para determinar como ele quer os outros, o sondador, já sabendo como será a obra, tem um parâmetro mais objetivo para o primeiro furo. “Já sei que para 30 pavimentos e 10 m de subsolo, a sondagem inicial deverá ter 20 m, 25 m”, exemplifica Quaresma. “Portanto, se a estaca é de 10 m, tenho que ir até 25 m ou mais.”
Um dado básico da sondagem, que não deveria faltar em nenhum relatório, é a amarração topográfica, que estabelece uma referência de nível para a obra toda. Se o sondador não teve pontos de referência, não saberá onde está aquela sondagem. “Ele loca em sua planta, mas quando tiver que transferir para a planta da construção, não vai conseguir”, critica Falconi.
Quando não há levantamento planialtimétrico, é preciso “plotar” os pontos de sondagem e, em seguida, determinar, na planta, exatamente onde estão. Se um furo for diferente do outro, é preciso saber que há uma diferença de terreno mais ou menos naquela posição. Assim, o trabalho de sondagem pode se referenciar em um ponto externo, especialmente se o terreno será aterrado ou cortado. Mas o ideal é que se trabalhe com o levantamento planialtimétrico pronto, e toda a sondagem fique referenciada em um ponto no mesmo sistema de coordenadas da obra.
Outra indicação importante, que é verificada durante o trabalho de sondagem, é o nível d’água do terreno, que indica a posição do lençol freático. O problema é que a precisão desta medição está vulnerável a fatores externos. Como o furo é pequeno, às vezes pode haver interferências de pressão. Se o furo é feito em um dia e a medida do nível fica para outro dia – porque o trabalho foi encerrado, ou por outro motivo -, isso pode alterar o resultado. Se o furo for deixado aberto enquanto outros são executados, quando se medir o nível d’água corretamente, ao longo dos outros dias, o momento em que se encontrar a água não será necessariamente a posição do lençol. Em alguns casos, a água encontrada pode ser proveniente das paredes do furo. Para evitar dados incorretos, é aconselhável aguardar a estabilização, anotar a profundidade, retirar a água e repetir o processo. Também não se deve esquecer de indicar o nível d’água 24 horas depois de encontrá-la. É obrigatório.
Aceitação de sondagem
Após inúmeros problemas com sondagens malfeitas, o metrô de São Paulo elaborou um sistema de avaliação que se baseia no acompanhamento dos serviços nas etapas de campo, de análise e classificação em laboratório e de apresentação dos resultados. Em cada uma destas etapas, a avaliação é feita com o auxílio de check-lists, aos quais se associa um sistema de notas para cada item avaliado.
Em campo o procedimento de análise consiste da fiscalização do cumprimento dos procedimentos e do uso de equipamentos previstos na norma brasileira e na especificação técnica do metrô. No laboratório é avaliado o cumprimento da norma com relação à descrição e classificação das amostras e à validade na análise dessas. Para a apresentação dos resultados avalia-se a veracidade e a forma de apresentação dos dados do Perfil Individual de Sondagem.
Neste sistema, cada parâmetro pode receber nota de 0 a 1 ponto, num total de dez parâmetros analisados, ou seja, a nota máxima pode ser de dez pontos. Entretanto, se algum erro de procedimento grave for constatado, a nota da sondagem é zerada (confira nos Extras na página da Téchne a metodologia completa de avaliação de sondagem adotada pelo metrô).
O resultado
Com alguns furos, é possível fazer uma seção geotécnica, que são as camadas ligadas em uma montagem gráfica, com visualização mais completa do que se estima no solo. “Obviamente, dá mais trabalho, e há empresas que evitam”, diz Golombek.
Os projetistas, nesses casos, comparam furo com furo, analisando onde a camada mudou em um furo e no outro. Assim, aonde acreditam ser importante para entender melhor e poder fazer o projeto, eles mesmos fazem a seção.
Mas há casos em que realmente não é possível fazer a seção, por exemplo, quando as distâncias entre os pontos são muito grandes ou quando a estratigrafia do solo não permite fazer uma seção. “Na distância de até 25 m, procuramos sempre fazer a seção transversal”, diz Quaresma.
Esta distância, porém, é relativa. “Em obras como um túnel de serviço de 10 km, que não está a grande profundidade e muitas vezes está em um solo perturbado, furos a cada 20 m não significam nada, pois a obra é linear”, explica Quaresma. Com distância de 5 m a 10 m entre furos, é mais ou menos possível desenhar a seção. Mas quando os furos são rasos, é mais difícil interpretar a camada.
Sempre que for detectada mudança de cor ou de material no corpo do amostrador, o relatório de sondagem deve apresentar “chamadas” apontando locais onde foram encontradas minúcias. Mas isso só é detectado quando a sondagem é feita e analisada com cuidado, com paradas para se retirar e descrever o material.
“Um furo muito profundo, se bem-feito, pode levar dois ou três dias. No primeiro dia fura-se 15 m; no segundo, 8 m ou 10 m”, conta Quaresma.

Fator humano
O sondador deve ser treinado para classificar os solos, principalmente porque isso é feito manual e visualmente, ficando sujeito a subjetividades.
Uma boa prática é a empresa sondadora ter uma pessoa experiente, como um ex-sondador, em um laboratório próprio, que confira as amostras. “O sondador escreveu se é argila, areia ou silte, mas pode ser silte argiloso, areia siltosa ou outra coisa”, diz Quaresma. Além disso, a classificação de cores também fica “padronizada”.
A remuneração pode definir qualidade. Embora a empresa seja contratada por metro perfurado, remunerar o sondador e funcionários da mesma forma leva a riscos. A sondagem pode ser “inventada”, como se diz na linguagem de campo, ser executada muito rápida ou a sonda ser lavada antes da hora.
“A pessoa tem que produzir o máximo para aquela condição”, diz Quaresma. “Não adianta querer a mesma produção da pessoa aos 15 m e aos 35 m.” A empresa também deve, segundo Quaresma, fiscalizar o trabalho de sondagem, com visitas surpresa, para instruir os sondadores e aferir os resultados.
Medida da energia de cravação
Considerada arcaica no Brasil, as metodologias de sondagem pouco se inovaram nos últimos anos. Nas universidades e institutos tecnológicos, porém, tem sido utilizada a medida da energia de cravação do SPT com equipamentos eletrônicos para se saber qual o nível de energia que efetivamente chega nas hastes e no solo durante a sondagem. De acordo com Joaquim Teodoro Romão de Oliveira, professor-adjunto da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a medição usa equipamentos com sensores que medem aceleração e deformação das hastes durante a execução da sondagem e que são interpretados com base na Teoria da Equação da Onda.
“Na hora do cálculo, com a medida da energia de cravação, o projetista pode corrigir o valor medido e informado na sondagem para a energia real e não a energia teórica do ensaio (que é média utilizada para interpretar os resultados da sondagem hoje em dia). Esta energia real varia entre 60% e 72% da teórica, de uma maneira geral. Vários métodos de cálculo de projeto mais recentes já incorporam esta correção”, afirma Oliveira.
Segundo o professor, entre as instituições que utilizam a medida de energia de cravação, estão o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e algumas universidades brasileiras como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coope-UFF).
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TRINCAS EM EDIFICAÇÕES – O QUE FAZER, COMO MONITORAR

Trinca em edificação é sinal de problema – muitas vezes, de perigo!

É necessário dar atenção a ela
– chamar alguém que entenda do assunto –
para saber o que fazer.
Quando alguém que entende analisa uma trinca,
geralmente falta uma informação muito importante:
a trinca está evoluindo?

Você pode ajudar – muito – para que se tenha essa informação.
De uma maneira muito simples, rápida, ‘profissional’, sem custo.


Faça um “X” sobre a trinca.
Use uma régua, ou qualquer coisa reta, e uma caneta ou lápis.
Faça o ponto de cruzamento fora do centro da trinca.
Anote ali mesmo a data.
Pronto. Só isso!

Se a trinca aumentar, será possível saber
quanto aumentou, em que direção e sentido, em quanto tempo, etc..

OBS.:
Se você leu até aqui e fizer o indicado acima já será uma ótima ajuda p/ qualquer ‘especialista’ no assunto (engenheiro, perito, etc.). Se você fizer um poquinho mais – não só uma, mas duas marcas X em cada trinca, cada uma um pouco distante da outra – será melhor ainda! Em alguns casos isso poderá ser de grande valia p/ o tal especialista – ele poderá, se necessário, e mais rapidamente, identificar a posição provável do centro de rotação das partes em movimento relativo. Tudo isso ajuda entender e identificar causas, bem como possíveis responsabilidades, providências e/ou soluções.



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Passo a passo piscina com blocos de concreto-video

Piscina em Concreto Armado, veja o vídeo abaixo da foto.






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Dimensionamento de consolos (2)



O modelo de bielas e tirantes aplicado a consolos de concreto é intuitivo, simples e eficiente, uma vez que diversos ensaios experimentais comprovam a sua validade.
Uma breve fundamentação teórica sobre o método de bielas e tirantes, além de todos os passos de dimensionamento de um consolo, pode ser vista na parte I deste artigo (Santos e Stucchi, 2013).
Esta sequência tem por objetivo complementar a parte I, analisando e discutindo as prescrições normativas das NBR 6.118:2007 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento e NBR 9.062:2006 – Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado e o detalhamento adequado desse tipo de elemento estrutural. Além de mostrar dois exemplos de aplicação baseados nos conceitos discutidos.
Roteiro de dimensionamento de um consolo Em Santos e Stucchi (2013), o dimensionamento de consolos de concreto foi avaliado em detalhes e um roteiro de cálculo que resume todos os passos é mostrado na figura 1.

Comentários sobre as prescrições da NBR 6.118 e NBR 9.062A NBR 6.118 e a NBR 9.062 consideram que o consolo curto é aquele em que ac/d está compreendido no intervalo [0,5; 1,0]. Foi utilizada a nomenclatura ac em vez de a (conforme NBR 6.118) para manter a coerência com a primeira parte do artigo.
figura 2, que é reproduzida em ambas as normas, indica o modelo que deve ser utilizado. Percebe-se que a biela é considerada com largura constante, faceando o canto inferior do consolo. Nota-se, também, que na face superior considera-se uma abertura de carga até o centro de gravidade das barras do tirante.
Considerando que não haja limitação geométrica para a “abertura” da força aplicada, a inclinação da biela pode ser determinada pela expressão:
cotgθ = ac + ap/2 + e + d’ : d (1)
considerando d’ = 0,1d, temos:
cotgθ = 0,1 + ac + ap/2 : d + 0,1 . H: Fd (2)
Logo,
T1d = (0,1 + ac + ap/2 : d) Fd + 1,1 H d (3)
No entanto, a NBR 9.062, em seu item 7.3.5.3, prescreve a seguinte expressão (adaptada para comparação):
T1d = (0,1 + ac /d) Fd + H d (4)
É fácil perceber que o modelo da figura 2 não corresponde ao equilíbrio proposto pela NBR 9.062 para a determinação da força no tirante (equações 3 e 4).
Com relação à verificação do esmagamento do concreto da biela, no item 7.3.4.1 a NBR 9.062 estabelece os seguintes limites:
σcd ≤ f cd , para cargas diretas, e
σcd ≤ 0,85 ∙ fcd , para cargas indiretas.
Nota-se que a resistência da biela para carga direta é alta e igual ao prescrito no Eurocode 2 (EC 2) para bielas sem tração ortogonal, porém ressalta- se que o EC 2 considera o fator αc = 1,0 e não 0,85. O limite para carga indireta também é alto.
Como a largura da biela é constante e, consequentemente, as tensões na biela e nos nós são iguais, podemos concluir que a NBR 9.062 permite tensões superiores que o EC 2, já que o limite para o nó tracionado é 0,85 ∙ αv2 ∙ fcd e não fcd.
Por outro lado, a NBR 6.118 não estabelece regras para o uso de modelos de bielas e tirantes. No que diz respeito às armaduras mínimas, a NBR 9.062 prescreve que a área de aço do tirante em consolos com ac/d ≤ 2 seja superior a:
As,tir ≥ 0,04 ∙ b ∙ d ∙ fyk/fck (5)
Com relação às armaduras secundárias, a NBR 9.062 limita-se apenas a prescrever armadura de costura de acordo com as seguintes expressões (item 7.3.6):
As,cost ≥ 0,5 ∙ Fd ∙ cotgθ,para ac/d ≤ 0,5
As,cost ≥ 0,4 ∙ Fd ∙ cotgθ, para 0,5 < ac/d ≤ 1.
A armadura transversal vertical de consolo curto, no caso de carga direta, é comentada no item 7.3.7.2 da NBR 9.062, que prescreve a armadura mínima, se construtivamente necessário.
A fim de comparação, o EC 2, em seu anexo J.3, prescreve armadura de costura mínima apenas para consolo muito curto. No caso de consolo curto, o EC 2 estabelece uma armadura de estribo mínima se a força vertical aplicada for maior que a resistência VRd,c (resistência à força cortante de lajes sem estribo).

Sobre o detalhamento das armaduras de consolos


Ao detalhar qualquer estrutura de concreto dimensionada pelo MBT, é necessário que as armaduras estejam de acordo com o modelo adotado. Logo, analisando os modelos mostrados em Santos e Stucchi (2013), da figura 6 à figura 10, podemos chegar às seguintes conclusões:
- As armaduras do tirante devem atravessar todo o campo de compressão produzido pela placa de apoio, ou seja, a distância da face do consolo até a borda do aparelho de apoio deve ser pelo menos igual ao cobrimento (c). No entanto, para evitar o destacamento do canto de concreto, recomenda-se o mínimo de 2c;
- A armadura de costura pode ser considerada distribuída em 80% do braço de alavanca (z) e deve ser disposta entre as forças horizontais T1d e Rcd (aproximadamente centralizada);
- Os estribos necessários devem estar entre a face do pilar (ou elemento de apoio do consolo) e a face interna do aparelho de apoio;
- O modelo da figura 9 da parte I mostra que armaduras inclinadas são mais eficientes e elas podem ser colocadas, caso haja necessidade de um controle mais rigoroso das fissuras.
Quando a distância da placa até a face do consolo for menor que 2c (porém não menor que o prescrito na NBR 9.062, ver figura 4), sugere-se adotar armadura principal em mais de uma camada.
No caso de barra transversal soldada na ponta da armadura principal, deve-se adotar as prescrições da NBR 9.062, conforme figura 4.
A utilização de alças verticais em consolos não é aconselhável. No caso da distância entre o apoio e a face do consolo ser maior que o recomendado na figura 3, esse detalhe é aceitável.
De qualquer forma, vale ressaltar que a NBR 9.062 não permite esse detalhe para bitolas maiores que 16 mm.



Exemplos
Exemplo 1 
Concreto C35 (fck = 35 MPa), Aço CA-50 (fyk = 500 MPa), Cobrimento: 3,5 cm, Aparelho de apoio: 25 cm x 10 cm, Geometria e cargas: ver figura 5. Trata-se de um consolo muito curto, segundo a NBR 6.118 e a NBR 6.092 com ac/d = 0,33.







Passo 4a: 
Para a verificação da ancoragem da armadura do tirante, dever-se-ia considerar que é uma região de má aderência (η1 = 0,7), porém, existe um confinamento por compressão transversal que reduz o comprimento de ancoragem. A DIN 1.045 reduz em 67% e o EC 2 em 70%. Por isso, será considerado que um efeito anula o outro, ou seja, será considerada região de boa aderência.

Passo 4b: 
Como a armadura não se estende até 2d’ além da face externa do aparelho de apoio, a espessura da biela em B é (figura 7):




Obs.: a NBR 6.118 permite ancorar a armadura por uma única barra soldada na transversal, desde que a bitola transversal seja no mínimo igual à bitola máxima do tirante. Além disso, exige um detalhe e controle da qualidade de solda, bem adequado ao pré-fabricado, que muitas vezes não é possível se garantir no campo.

Exemplo 2Mesmos dados do exemplo 1, exceto geometria e cargas, que são mostradas na figura 9. Aparelho de apoio: 35 cm x 15 cm.
Trata-se de um consolo curto segundo a NBR 6.118 e a NBR 9.062, com ac/d=0,53.





Esse valor é maior que f
cd2, porém é verificado experimentalmente que nós com múltiplas camadas de armadura têm mais resistência e podemos considerar a geometria do nó mostrado na figura 11(baseado em Reineck, 2005).
Uma forma simples, e mais prudente, é desprezar o efeito benéfico da força de tração no nó e calcular a largura da biela como sendo:
abie = ap ∙ senθ + u ∙ cosθ (7)
sendo:
u = 0; uma camada de barras que não ultrapassa em pelo menos 2c1 o ap. de apoio;
u = (n – 1) ∙ s + φ; n camadas de barras que não ultrapassam em pelo menos 2c1 o ap. de apoio;
u = 2 ∙ d’; barras que ultrapassam em 2c1 o ap. de apoio, independentemente do no de camadas. Onde:
c1 é a distância do centro de gravidade das barras da primeira camada até a face do concreto; s é o espaçamento entre camadas.




Proposta de determinação da armadura de costura Motivados pela simples expressão usada pelo Model Code 1990 para a determinação da força vertical em forças aplicadas próximas aos apoios, os autores propõem a seguinte expressão para a força horizontal:
Fwhd = (0,4 – 0,2 ∙ a/z) ∙ Fd
p/ 0,4 ≤ a/z ≤ 2 (8)
Na tabela 1, comparam-se os resultados obtidos com a equação 8 proposta com os valores determinados no exemplo, utilizando o modelo proposto por Bosc (2008).
Nota-se que os valores obtidos com a equação proposta são um pouco menores, no entanto, Schlaich e Schäfer (2001), que propuseram a equação que consta no EC2, consideram esses valores conservativos. Além disso, a equação 8 respeita a equação do Model Code 1990 para consolo curto, uma vez que para a/z ≥ 0,5 a razão entre a força horizontal e a força vertical aplicada é maior ou igual a 0,3.




ConclusõesAs normas brasileiras NBR 6.118 e NBR 9.062 precisam de revisões que contemplem regras sobre a utilização de modelos de bielas e tirantes. Na parte I deste artigo, propostas de limites de resistência de nós e bielas foram feitas para futuras revisões. Nesta parte II, mostrou- se que o modelo assumido nessas normas para aplicação em consolo não é o mais adequado.
Além disso, a NBR 9.062 prescreve uma expressão para determinação da força no tirante que não condiz com a geometria do modelo que consta na NBR 6.118. Além disso, a determinação das armaduras de costura e suspensão é feita por taxas, que no caso de consolo curto não é apropriada.
Neste artigo, em duas partes, definem- se critérios para a determinação das armaduras de costura e dos estribos necessários, sendo inclusive proposta uma expressão para a determinação da armadura de costura em consolos curtos.
Por fim, exemplos de aplicação (um de consolo muito curto e um de consolo curto) foram produzidos com a filosofia exposta.

FONTE: REVISTA TÉCHNE, EDIÇÃO 193

Nota:
Veja as minhas publicações e conclusões sobre dimensionamento de  Dente Gerber onde demonstro esta mesma conclusão da necessidade de fazer correções da normas em vigor.

Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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