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Ambientes energeticamente eficientes


A manutenção de um ambiente confortável mediante controle efetivo do calor e da ventilação (climatização natural) é a condição fundamental para se ter um 
edifício eficiente em termos de seu consumo de energia.
Isso ocorre principalmente devido à economia proporcionada pela diminuição do uso de equipamentos de climatização energeticamente dispendiosos.

A climatização natural dos ambientes é conseguida com um rigoroso estudo climático da região em que será construído o edifício, tanto do macroclima quanto do microclima. A partir do estudo climático são traçadas as diretrizes bioclimáticas do projeto, que se concretizam em soluções de projeto que agregam, além das soluções formais, a escolha de cores de fachada e materiais, recursos de ventilação, refrigeração e aquecimento passivos e uso de vegetação.

A definição das diretrizes é apoiada ainda pelo estudo e compreensão das chamadas cartas bioclimáticas.

A eficiência energética das edificações é conseguida a partir de ações de projeto como:

1) Correta orientação da edificação , uso eficiente do paisagismo como proteção e melhoramento ambiental, definição da forma da construção, localização e tamanho das aberturas e disposição correta dos dispositivos de sombreamento (LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA F., 2004);

2) Correta especificação de materiais de construção que induzam a um reduzido ganho térmico e consequentemente à manutenção do conforto térmico com o mínimo de consumo de energia;

3) Utilização de sistemas passivos de climatização tais como: paredes ventiladas, ventilação por efeito chaminé e coberturas verdes;

4) Utilização de equipamentos e sistemas de climatização ativos com baixo consumo de energia tais como os equipamentos de resfriamento evaporativo;
5) Iluminação natural dos ambientes internos conseguida com a correta orientação do edifício, levando-se em conta a necessidade de proteção contra a penetração excessiva do calor e de utilização de recursos arquitetônicos como as bandejas refletoras, os domos translúcidos, as aberturas zenitais e a transferência da luz por meio de fibras óticas;

6) Projeto luminotécnico que leve em conta as necessidades exatas dos ambientes e das tarefas executadas;

7) Utilização de lâmpadas de baixo consumo energético como as fluorescentes e LEDs, luminárias e reatores com alta eficiência e equipamentos economizadores como os sensores de presença, controladores de luminosidade (dimmer) e controladores de tempo (timer).
Diretrizes bioclimáticas

As diretrizes bioclimáticas são proposições gerais que norteiam as decisões de projeto e geram as soluções bioclimáticas, que são recursos arquitetônicos criados para cumprir as diretrizes. Essas diretrizes são propostas a partir do estudo dos elementos e fatores climáticos.

Exemplo:


Habitação de clima quente-úmido

As tradicionais habitações construídas em clima quente-úmido, trazem a característica de serem leves e bastante permeáveis aos ventos. Para esse clima, as diretrizes ventilação em abundância, telhados leves e construção permeável são adequadas.


Habitação de clima quente-seco

As construções em clima quente-seco devem ser compactas e impermeáveis ao vento seco. As diretrizes válidas para esse clima são: paredes e telhados com alta inércia térmica, pequenas aberturas evitando os ventos secos, construção compacta.


Habitação de clima frio

Construções em clima frio requerem uma mínima área de superfície externa, pequenas aberturas e máximo isolamento


Habitação de clima temperado

Em clima temperado, uma diretriz importante é a adaptabilidade à variação de temperatura.
Cartas bioclimáticas

As cartas bioclimáticas são diagramas que relacionam as informações da umidade relativa, a razão de umidade, a temperatura de bulbo seco e a temperatura de bulbo úmido, nas quais são lançados os dados climáticos diários do local estudado. O resultado da análise dos dados na carta possibilita a elaboração de estratégias de projeto, considerando as nove zonas de atuação:

1) Zona de conforto ambiental;
2) Zona de ventilação;
3) Zona de resfriamento evaporativo;
4) Zona de massa térmica para resfriamento;
5) Zona de ar-condicionado;
6) Zona de umidificação;
7) Zona de massa térmica para aquecimento;
8) Zona de aquecimento solar passivo; e
9) Zona de aquecimento artificial

Eficiência energética

Eficiência energética é a obtenção do máximo benefício de um equipamento ou sistema com o mínimo de gasto energético.
Resfriamento evaporativo

Equipamentos de resfriamento evaporativo são excelentes redutores de temperatura em climas quente-secos. O princípio consiste em induzir a umidificação do ar mediante pressurização da rede hidráulica e vaporizadores especiais, que criam minúsculas gotas de água na forma de névoa. A névoa úmida reduz a temperatura do ambiente ao mesmo tempo que aumenta a umidade relativa.
LED

Os LEDs (Light Emitting Diode) ou diodos emissores de luz, são componentes utilizados em luminotécnica que iluminam com baixo consumo de energia. Podem funcionar com baixas tensões, como as geradas por sistemas fotovoltaicos (12v), ou tensão da rede elétrica (110 ou 220v), propiciando uma grande variedade de usos. A variação ocorre também com as cores, pois os LEDs emitem luzes coloridas sem a necessidade
de filtros.

Resfriamento evaporativo

Você sabia?

A Eletrobrás, por meio do selo PROCEL, mantém sistemática e periódica avaliação da eficiência energética de lâmpadas, motores e eletrodomésticos.

Softwares de apoio tecnológico

Climaticus (LABAUT): Auxilia no estudo das variáveis climáticas (temperatura, umidade relativa, radiação solar, ventos, precipitação, nebulosidade e insolação e iluminância) e das estratégias de projeto (diagnóstico climático, geometria ótima e eficiência energética). Analyses Bio (LABEEE): Apoio no estudo das cartas bioclimáticas para a adequação das edificações ao clima local.

Cartilha da fonte: 
Fonte: Cartilha “Edifícios Públicos Sustentáveis” – Programa Senado Verde do Senado Federal
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Deslocamentos e Momentos de Engastamento Perfeito

Para constar em qualquer consulta fica fácil achar em meu acervo em TABELAS .

Com revisão e adaptação: Libânio Miranda Pinheiro, Bruna Catoia ,Thiago Catoia
Colaboração: Marcos Vinicius Natal Moreira

aqui: http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/22%20Tabelas%20de%20vigas.pdf

ou aqui: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhWsgAH/22-tabelas-vigas


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Medidor de Inclinação Clinometro (Android)


 Clinometer  +  bubble level: miniatura da captura de tela   Clinometer  +  bubble level: miniatura da captura de tela   Clinometer  +  bubble level: miniatura da captura de tela

  Clinometer  +  bubble level: captura de tela


Esta ferramenta profissional chamado Clinometer é a ferramenta de medição de inclinação mais preciso (tudo que você pode começar com alguns cálculos) para dispositivos Android usando todos os lados do dispositivo além da câmera. Ele pode ser usado para aplicações simples como uma moldura de alinhamento, bem como para campos mais sofisticados de aplicações onde uma inclinação arbitrária deve ser medida exactamente. Leia as opiniões (e escrever seu próprio) para todas as aplicações que você encontrar! Obrigado por todo o seu feedback positivo! Utilize o nosso link de suporte se você tiver dúvidas ou sugestões, não ler os comentários Play Store todos os dias.


descrição comum de um inclinômetro


A clinometer ou inclinômetro é um instrumento para medir ângulos de inclinação (ou inclinação), elevação ou depressão de um objeto em relação à gravidade. Ele também é conhecido como um medidor de inclinação, indicador de inclinação, alerta inclinação, indicador de inclinação, medidor de inclinação, gradiómetro, indicador de nível, medidor de nível, declinômetro e pitch & indicador roll. Clinometers medir tanto se inclina (pistas positivas, como visto por um observador que olha para cima) e quedas (declives negativos, como visto por um observador que olha para baixo) usando três diferentes unidades de medida: graus, por cento, e topo (ver Grade (inclinação). astrolábios são inclinômetros que foram utilizados para a navegação e localização de objetos astronômicos desde os tempos antigos até o Renascimento.

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Dimensionamento de saídas de Emergência conforme NBR 9077 (com planilha)

O presente trabalho tem por objetivo servir de ferramenta de apoio na realização dos cálculos de saídas de emergência,de acordo com a NBR 9077/93 - Saídas de Emergência em Edifícios, sendo realizado em uma planilha de cálculo divulgadas no site: http://www.bombeiroscascavel.com.br













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Dimensionamento de elevador segundo a NBR NM207 (com planilha)


A NBR NM-207 institui uma sequência de etapas para dimensionamento de elevadores. Para resumir, abaixo as regras para um caso de estudo preliminar a ser feito em um edifício de múltiplos andares, considerando elevadores para velocidades entre 0,60 e 1,50 m/s, "contrapeso ao fundo" sem segurança no contrapeso - vigas entre a caixa de corrida e o contrapeso - e porta de pavimento com 0,80 m (elevadores mais comuns de mercado).

As dimensões “a” e “b” da cabina são fixadas após se determinar, através do cálculo de tráfego (NBR 5665), a capacidade e, consequentemente, a área da cabina. 

Baixe aqui uma planilha para o cálculo de trafego conforme NBR 5665: Aqui



Aqui vamos utilizar uma tabela resumida da NBR NM-207, sem estimativa de cálculo de tráfego.

Posteriormente, utilizando-se as fórmulas apresentadas para cada figura (figura esquerda e direita da imagem "elevadores convencionais para passageiros"), calculam-se as dimensões internas A e B da caixa.


Figura esquerda: abertura central
A = a + 0,40m
B = b + 0,65m

Figura direita: abertura lateral
A = a + 0,40m
B = b + 0,70m


Para os elevadores de velocidades 0,75 ou 1,00 m/s e capacidades 6 ou 8 pessoas (mais utilizados) são indicadas as seguintes dimensões, para A e B, em função da capacidade.


Para o poço inferior, o valor mínimo entre o nível de piso do pavimento mais baixo e o nível de piso do poço é 1,40m, mas adota-se normalmente 1,50m. 

Convencionalmente podemos adotar o valor mínimo de 400cm entre nível do último pavimento e nível da casa de máquinas, tendo a casa de máquinas um pé-direito de no mínimo 210cm. A soma total a partir do nível do último pavimento ao nível acima da laje da casa de máquina gira em torno de 630cm, dependendo sempre do porte do elevador e da espessura das lajes projetadas.

Consulte também: https://www.schindler.com/br/internet/pt/sobre-atlas-schindler/download-center.html

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Método de dosagem de CONCRETO

Chamar todos os concretos de CONCRETO não é justo para os Engenheiros e Técnologistas que estudam e dosam com princípios de Engenharia.

Sempre ao se  misturar o cimento com agregados pondo alguma água e se colocar algum aditivo  obtêm-se   CONCRETO.......errado não...por isso  houve a ideia de se mudar  alguma coisa e surgiu o nome NOCRETO. Muitos já falam esse nome que diz tudo "NOCRETO não é Concreto" 

Para se DOSAR um CONCRETO é preciso ter parâmetros para o obtenção de um traço. Parametrizar significa ser um processo matemático que envolve um conjunto de dados para a obtenção de um modelo. 

Ter um modelo para a obtenção de resultados que possam ser ditos como MATEMÁTICOS isso sim é REAL.  

DOSAR um CONCRETO significa que  não existiu :

-Nada de empirismo achando que os grãos tem a a mesma forma desde o ano de 1984....
-Nada de se obter teores de argamassa com uma colher de pedreiro se esquecendo que vai haver vibração no concreto e que os grãos se ajustarão.!!!
-Nada de se utilizar uma mistura somente com dois agregados e depois dizer que para o terceiro use X% para cada um, e ai aonde fica a curva desta mistura???
-Nada de se dosar com coeficientes de certeza normativos e depois dizer ao cliente que seu resultado se encontra nos 5% das incertezas.....
-Nada de se usar aditivos sem a obtenção de uma curva de Abrams CORRETA !!!
-Nada de se usar teores de eu água de tabelados para o traço final, isso é realmente....deixa a desejar os métodos que utilizam essa forma, acreditando que o teor de água será o da tabelinha !!!
-Nada de se usar adições do mesmo modo que o aditivo, sem ter as curvas de resistência para as diversas idades...
-Nada de se utilizar percentuais retidos fixos para se utilizar curvas padronizadas.
-Nada de se utilizar papel quadriculado ou pontos de uma  curva para se obter percentuais da mistura que se quer encontrar....
-Nada de não se ter um NUMERO para se julgar se a mistura está indo bem ou não !!! (dispersão)
-Nada de não se poder trocar os agregados e fazer uma nova mistura imediatamente 
-Nada de não se saber se a Superfície Especifica SS está em que níveis (Kenday)
-Nada de não saber o MSF (Kenday) para a mistura, será adequada ao uso que foi solicitado?

 É meio estarrecedor mas vários métodos de se DOSAR um CONCRETO  fazem exatamente o CONTRARIO disso tudo !!! 

Dosagem Paramétrica do Concreto - o DPCON quem o possui na sua última versão sabe o que eu quis dizer com isso tudo, com esses NADAS.....e chega de ser ver por aí  NOCRETO.

E se for de seu interesse em DOSAR CONCRETO envie um e-mail para    clubedoconcreto@gmail.com    para receber as instruções para aquisição 


Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra






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Método de Dosagem da ABCP (1)

Primeiramente publicarei sobre como se realiza uma dosagem pelo método da ABCP e em uma segunda publicação  as considerações e comentários sobre este método de dosagem.

Método de dosagem de concreto da ABCP-Associação Brasileira de Cimento Portland / ACI – American Concrete Institute


Esta metodologia de dosagem publicada pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) inicialmente em 1984 por meio do Estudo Técnico (ET-67), sob o título “Parâmetros de Dosagem de Concreto”  da autoria do Eng. Públio Penna Firme Rodrigues (revisado em 1995) apresenta característica eminentemente experimental.

Sendo uma adaptação do método americano proposto pela ACI 211.1-81 (Standart Practice for Selecting Proportion for Normal, Heavyweight, and Mass Concrete - 1985), considera tabelas e gráficos elaborados a partir de informações experimentais, que permitem a utilização dos agregados que se enquadram nos limites propostos pela norma NBR 7211/83- Agregados para Concreto, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Rodrigues (1998) recomenda o uso desta metodologia para concretos semi-plásticos à fluído, argumentando que “...este método de dosagem foi desenvolvido de maneira a fornecer para misturas plásticas, o mais baixo teor de areia”. Um dos princípios básicos deste método apontados por Boggio (2000), reside no fato de que o procedimento vincula as granulometrias do agregado miúdo e do graúdo um valor máximo do agregado total compactado por metro cúbico do concreto.

Um outro princípio está vinculado à plasticidade da mistura. Esta propriedade segundo Prudêncio (1999), está relacionada ao teor de argamassa (cimento:areia) que preenche os vazios e envolvem os grãos do agregado graúdo, agindo neste caso, como um agente lubrificante.

A figura 2.15 apresenta o fluxograma proposto por Boggio (2000) com as principais etapas experimentais do método.

O desenvolvimento do método, segundo Rodrigues (1998) obedece as seguintes etapas:

a) Fixação da relação água/cimento (a/c)

A fixação deste parâmetro é feita tomando como referência os critérios de durabilidade e a resistência mecânica requerida pelo concreto nas idades de interesse. Recomenda-se os valores da relação água/cimento propostos pela norma NBR 6118/2003 (ouve uma revisão) apresentados na tabela 2.8 ou mesmo os valores propostos pelo American Concrete Institute (ACI) transcritos na tabela 2.16.

A resistência à compressão é o principal parâmetro da resistência mecânica a ser considerado. O valor da relação água/cimento é estimado com base na curva de Abrams, que por sua vez, deve ser determinado em função do tipo de cimento. Quando não se dispõe da Curva de Abrams e não houver restrições quanto à durabilidade, é possível utilizar-se das Curvas de Walz (em 1998 por Rodrigues), mostradas na figura 2.14.

b) Estimativa do Consumo de Água do Concreto (Cag)

A quantidade de água necessária para que a mistura fresca adquira uma determinada consistência, medida pelo abatimento do tronco de cone, segundo Rodrigues (1998), depende basicamente da granulometria, da forma e textura dos grãos, mais especificamente, da área específica do agregado total da mistura.

Considerando a dificuldade em expressar o consumo de água na mistura por meio de uma lei matemática, este autor apresenta como estimativa inicial do consumo de água por metro cúbico de concreto, os valores constantes na tabela 2.12.
O método recomenda a verificação experimental do consumo de água, utilizando-se do ensaio de abatimento. Além da tabela 2.12, pode-se utilizar a equação (14) como um ponto de partida para a estimativa do consumo de água por metro cúbico de concreto.


c) Estimativa do Consumo de Cimento (C)

Feita a estimativa do consumo de água por metro cúbico de concreto e adotada a relação água/cimento, a estimativa do consumo de cimento pode ser obtida pela equação (15).

d) Estimativa do Consumo de Agregados

O método permite a obtenção de misturas com uma determinada consistência aliada ao menor volume de vazios inter-grãos possíveis. Assim, determina-se um teor ótimo do agregado graúdo na mistura por meio de proporcionamento adequado de relação agregado graúdo/agregado miúdo, partindo-se do princípio de colocar na mistura o máximo volume de agregado compactado seco por metro cúbico de concreto.

A tabela 2.13, cujos valores foram determinados experimentalmente pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), apresenta os volumes compactados a seco de agregado graúdo, por metro cúbico de concreto, em função do Diâmetro Máximo característico do agregado graúdo (φmáx.) e do Módulo de Finura (MF) do agregado miúdo.


A estimativa do Consumo do agregado graúdo por metro cúbico de concreto é dada pela equação (16).


No caso de misturas que utilizem dois ou mais agregado graúdo, Rodrigues (1998) recomenda que adote um proporcionamento entre os agregados graúdos que permita o menor volume de vazios. Isso é obtido quando os agregados são compactados em um proporcionamento tal que se obtenha a máxima massa unitária na condição compactada dos agregados. A tabela 2.14 apresenta os proporcionamento entre britas que permitiram o menor volume de vazios, segundo experimentos desenvolvidos na ABCP.


A estimativa do consumo do agregado miúdo (Ca), quando já determinados os consumos do cimento, água e agregado graúdo, é imediata. Isso se deve ao fato que por princípio, o volume de concreto é formado pela soma dos volumes absolutos dos materiais que o constituem.

Assim, para 1,0 metro cúbico de concreto, o volume do agregado graúdo é dado pela equação (17).
O consumo de areia por metro cúbico de concreto será o obtido pela equação (18).

e) Apresentação do traço de Concreto

A representação do traço, com relação ao unitário do cimento, é apresentada segundo a expressão (19).


Veja a segunda parte onde está o final deste assunto, nesta segunda parte contém os comentários a cerca deste método, o que foi considerado e em que época !!! 

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Método de Dosagem da ABCP - (2)

Considerações sobre o método da ABCP

a) O método da ABCP/ACI, que pode ser considerado com um método essencialmente empírico, está baseado em quadros e tabelas, de valores médios, que possibilitam o desenvolvimento de um roteiro simples e rápido de entender, com uma seqüência de passos, num único sentido, que evitam a entrada em processos iterativos ou tentativos. Além disso, os passos indicados podem ser seguidos facilmente por técnicos não muito experientes ou engenheiros de obra, pouco acostumados às práticas e ensaios de laboratório.

b) O método leva em conta, de forma clara e direta, os mais importantes fatores que condicionam as exigências e as características que devem satisfazer os concretos, para moldagem de estruturas in  loco.

c) Teoricamente é possível fazer toda a dosagem, determinando um traço inicial, a partir de certas informações básicas de caracterização dos materiais componentes. Esses ensaios de caracterização dos agregados, como as composições granulométricas, os Módulos de finura e as Massas Unitárias e Específicas, são rápidos e simples de realizar, com um mínimo de equipamentos de laboratório.

 Opcionalmente, as características dos materiais podem ser obtidas a partir de dados regionais. Cabe destacar que, a faixa de valores dos Módulos de finura das areias, consideradas pelo método da ABCP, varia entre 1,8 e 3,6 e adapta-se aos limites das quatro zonas granulométricas estabelecidas pela NBR 7211/83, para os agregados miúdos, enquanto que a faixa dos Módulos de finura das areias, consideradas pelo método do ACI, varia entre 2,4 e 3,0 o que as enquadra, basicamente, na faixa de areias médias.

d) Embora o ensaio de abatimento, que determina uma medida relativa da consistência do concreto, seja um procedimento aproximado e incompleto para avaliar a trabalhabilidade, ele tem a virtude de ser aplicável, tanto em obra como em laboratório, sem necessitar de equipamentos sofisticados e de pessoal muito qualificado para sua execução. A grande praticidade do método reside em que os procedimentos de controle e ajuste sugeridos, nas diferentes etapas do processo de dosagem, adotam como parâmetro de referência da trabalhabilidade, o valor do abatimento.

e) O método fornece estimativas próprias para as quantidades de água de amassamento (dependentes apenas da Dimensão máxima característica do agregado total e da quantidade de ar incorporado) e valores médios de resistência para as diferentes relações água/cimento x. Observa-se que, dada a grande variedade e variabilidade dos tipos de cimentos e dos agregados disponíveis nas diferentes regiões do Brasil, resulta muito difícil aceitar o uso indiscriminado das curvas de valores médios da resistência do concreto (função apenas das relações água/cimento) apresentadas pelo método. Em relação ao aglomerante pode-se observar que a variação, ao longo do tempo, da resistência de um tipo de cimento normalizado não se evidencia apenas para regiões e marcas diferentes, mas acontece também para cimentos produzidos dentro de uma mesma fábrica.

Portanto, parece prudente seguir as recomendações do método no sentido de adotar os valores da água de amassamento e das resistências médias obtidos experimentalmente para os agregados e os tipos de cimentos a serem empregados efetivamente na dosagem.

f) Pode-se dizer que o método da ABCP/ACI fornece critérios bem definidos de ajuste das misturas experimentais obtidas a partir do traço básico inicial. Quanto ao ajuste das quantidades de água necessárias para o amassamento das misturas de concreto, o método fornece uma fórmula de ajuste do consumo de água em função dos abatimentos inicial e requerido.

g) A norma ACI 211.1-81, usada por Rodrigues (1990) para o estabelecimento do método da ABCP, prevê procedimentos de substituição em massa ou em volume de parte do cimento por pozolana e fornece as fórmulas e as equações para tais substituições. No método simplificado da ABCP, não são feitos comentários e também não são apresentadas orientações quanto à substituição parcial de parte da massa de cimento Portland por algum tipo de material pozolânico.

h) O método da ABCP/ACI considera a relação existente entre o volume de agregado graúdo compactado seco e o volume de concreto produzido com esse agregado. Através de uma tabela obtida experimentalmente são apresentados valores do volume total do agregado graúdo compactado seco, em função da Dimensão máxima característica do agregado graúdo e do módulo de finura da areia.

i) Observa-se que o método de dosagem da ABCP/ACI procura fornecer misturas plásticas com baixos teores de areia e menores consumos de pasta. Este princípio do método levaria à obtenção de traços iniciais mais econômicos e simplificaria seu ajuste, já que parece mais fácil reconhecer e corrigir misturas com menor quantidade de argamassa do que misturas argamassadas em excesso (RODRIGUES, 1990; VERÇOZA, 1986). 

Na aplicação prática do método, foi possível constatar que as proporções iniciais entre os materiais constituintes do concreto determinavam teores de argamassa não muito baixos se comparados com os obtidos inicialmente através dos outros métodos de dosagem. Entretanto, as correções do traço, tentando aumentar a consistência, através do aumento da quantidade de água e conservando constante a relação água/cimento, leva naturalmente a aumentos no consumo do aglomerante, o que produz um aumento do volume de pasta e do teor de argamassa e constitui um dos fatores de encarecimento do traço, que será “seguro”, mais levemente anti-econômico. 

Quando, no processo de ajuste da mistura inicial, opta-se por colocar toda a água, inicialmente prevista pelo traço, de forma a manter constante a relação água/cimento e a quantidade de brita de partida, torna-se necessário aumentar o conteúdo de areia o que pode ocasionar um aumento excessivo do teor de argamassa, muito acima do teor ideal necessário para o concreto. Esta observação pode ser confirmada através da aplicação do método, no qual constata-se que, uma vez fixadas as características dos materiais a serem usados no proporcionamento dos concretos, quanto maior seja a relação água/cimento imposta, maior será a proporção de areia acrescida e maiores serão os teores de argamassa resultantes.


j) Um dos inconvenientes mais importantes do método do ACI é a dependência de tabelas elaboradas a partir de valores médios de materiais, que muitas vezes podem não se adequar àqueles disponíveis localmente. Além disso, o uso desacautelado das tabelas pode levar a perder de vista os fundamentos e os conceitos básicos envolvidos assim como as restrições de uso e aplicação consideradas no método. Quando as características dos materiais efetivamente empregados para a execução da dosagem diferem daquelas médias dos materiais usados pelo método, pode acontecer que o traço, determinado teoricamente através das tabelas propostas, apresente no momento de ser executado pela primeira vez características muito diferentes das inicialmente procuradas. 

A conseqüente necessidade de efetuar os ajustes necessários pode levar a concretos um tanto inadequados e/ou anti-econômicos se comparados com os traços otimizados que são obtidos por outros métodos que envolvem ensaios prévios de trabalhabilidade sobre misturas experimentais, produzidas com os materiais que serão efetivamente usados.

k) As consistências de trabalho estabelecidas pelo método estão, em princípio, limitadas a variações do abatimento compreendidas entre 40 e 100 mm, e os consumos de cimento devem permanecer em torno de 325 kg/m3 de concreto. Entretanto, as quantidades de água de amassamento sugeridas permitem obter concretos com abatimentos compreendidos entre 25 e 175 mm. A restrição do abatimento dos concretos entre 40 e 100 mm justifica-se na medida que o ensaio de abatimento do tronco de cone apresenta uma boa confiabilidade, para consistências do concreto que variam de plásticas a fluídas, numa faixa de valores compreendida entre 25 mm e 150 mm. 

Observa-se também que para atingir um mesmo valor do abatimento, os consumos de água estimados pelo método da ABCP, em função da Dimensão máxima característica do agregado graúdo, apresentam-se um pouco maiores que os sugeridos pelo método da norma ACI 211.1 – 81.

l) Quando os agregados disponíveis são britas e areias naturais, como as disponíveis na região de Porto Alegre, o método possibilita a obtenção rápida e direta de traços com abatimentos e relações água/cimento prefixadas, que apresentam teores de argamassa adequados e consumos de cimento não muito elevados se comparados com outros métodos mais trabalhosos e demorados.

m) Por último, existem limitações do método quanto a sua adequação para o uso de aditivos plastificantes e superplastificantes, pois a tabela da ABCP, que fornece as quantidades de água aproximadas para atingir o abatimento, em função da Dimensão máxima característica do agregado, está elaborada para concretos sem aditivos. Este fato evidencia a necessidade de atualizar ou complementar o método de maneira a considerar a possibilidade de uso de aditivos e ter referências de como agir nestes casos.

De qualquer forma, a utilização de aditivos pode ser considerada, depois de realizada a determinação do traço básico no laboratório, ajustando-se a consistência, em função das necessidades de trabalhabilidade específicas da obra. Alguns aditivos, dependendo de seu tipo, qualidade e da proporção em que sejam incorporados, podem causar efeitos indesejados como exsudação ou segregação das misturas de concreto. Portanto a incorporação de aditivos pode requerer novos ajustes nas proporções dos traços básicos determinados pelo método

Ajustes experimentais ao traço

O método recomenda a realização da mistura experimental para a verificação e adequação, se necessário, dos requisitos de trabalhabilidade e desempenhos exigidos para o concreto.

Rodrigues (1998) com relação a possíveis ajustes da mistura recomenda:

- Sempre que possível utilizar equipamentos similares entre os usados nos laboratórios
e no canteiro;

- Quando a quantidade de água prevista for a necessária para alcançar o abatimento necessário, mas a mistura apresentar-se pouca argamassada, deve-se acrescentar areia e diminuir a quantidade de brita, de tal forma a manter-se constante a relação de agregado total (m) da mistura.

- Para as situações onde a mistura apresenta excesso de argamassa, deve-se acrescentar agregado graúdo, além de quantidades proporcionais de água e cimento.

- Nas situações onde a água prevista for insuficiente para se obter o abatimento especificado, deverão ser aumentadas as quantidades de água e cimento, desde que mantida a relação água/cimento e o teor de argamassa, e diminuir a relação agregado total (m) do traço.

- Para casos onde a água estimada for maior que a necessária para se atingir o abatimento, recomenda-se aumentar as quantidades de areia e brita, mantendo-se constantes a relação água/cimento e o teor de argamassa adotado para a mistura.

- Moldar corpos-de-prova e observar nas primeiras horas, a presença de exsudação acentuada demonstrando, nesse caso, deficiência de finos na mistura.






Quem tem acompanhado (e adquiriu) sabe que o Método de Dosagem Paramétrica do Concreto - DPCON vem resolvendo estes problemas e outros que aqui não foram mencionados. 

A dosagem pelo DPCON relaciona e confirma os muitos parâmetros para uma dosagem de um concreto econômico e MUITO trabalhável, já existem vários relatos em diversos locais do mundo, não importa qual o seu agregado/aglomerante/adição a dosagem é feita utilizando qualquer os seus agregados e aglomerantes e adições e aditivos.    

Extraído de :

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12575/000628682.pdf?...1
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