1- Princípios para Dosagem do Concreto por Abrams

Esta é a tradução de parte do Boletim de  Duff Andrew Abrams  vejam os princípios que foram publicados neste Boletim que deram inicio a toda a técnica utilizada até os dias de hoje para se dosar um concreto. Abrams realizou mais de 50.000 ensaios para divulgar os seus dois Boletins.Grifados em negrito ao partes mais importantes

Origem das Fotos 

As características mais marcantes das experiências em que essas tabelas baseiam-se em que eles trazem as relações fundamentais entre a quantidade de água de mistura e a qualidade do concreto resultante e mostra que o tamanho e a classificação do agregado e a quantidade de cimento afetam a força do concreto somente na medida em que influenciam os requisitos de água. Essas investigações mostraram que a inter-relação de força e proporção de materiais pode ser expressa pelos seguintes princípios:


1. A força de uma mistura de concreto depende da quantidade de água a se misturar no lote, expressa como uma relação com o volume de cimento, desde que o concreto seja viável e os agregados sejam limpos e estruturalmente sonoros. A força do concreto diminui à medida que aumenta a taxa de água.


2. O efeito das diferenças na quantidade de cimento é refletido por diferenças na relação água. Em misturas mais ricas, uma determinada condição de trabalhabilidade pode ser produzida com uma menor proporção de água, e conseqüentemente, dão maiores forças.


3. Existe uma relação íntima entre o tamanho e a classificação do agregado e a quantidade de água necessária para produzir concreto de uma determinada viabilidade. A força do concreto é afetada pelo tamanho e classificação do agregado apenas na medida em que a quantidade de água de mistura é influenciado por essas variáveis, desde que o agregado não é classificado de forma muito grosseira para uma boa trabalhabilidade. Agregados mais finos requerem mais água para uma dada plasticidade e quantidade de cimento, e, portanto, dar menor resistência do que os agregados mais grosseiros.


4. Não é necessário, ou desejável, que o agregado seja proporcionado de acordo com qualquer classificação fixa; Podem ocorrer grandes variações   do agregado sem afetar a quantidade de água de mistura ou a qualidade do concreto. A classificação de todos agregados mais do que } i in (uma polegada 25mm). Como agregado fino, e isso acima desse tamanho como agregado grosseiro, é puramente uma divisão arbitrária. Os agregados separados em qualquer tamanho podem ser proporcionados para dar desejados resultados, desde que a classificação dê concreto trabalhável. As quantidades de materiais para a separação de concreto de agregados em dois tamanhos são desejáveis ​​para facilitar a proporção uniforme de lotes sucessivos.


5. A plasticidade ou trabalhabilidade é um requisito essencial do concreto para fins estruturais. Se um alto grau de capacidade de trabalho for necessário, este fator deve ser levado em consideração na concepção da  mistura. É essencial que a trabalhabilidade seja mantida em condições adequadas ao controle.Qualquer combinação dos materiais constituintes que produzem concreto de uma proporção de água dada resultará em concreto de aproximadamente a mesma força, desde que o concreto seja viável. O que precede as declarações incorporam as características essenciais do que se tornou conhecido como a teoria da relação água do concreto proporcional.


Um exame casual das tabelas (aqui) mostrará a influência vital da quantidade de água de mistura, pelas diferenças nas quantidades de materiais necessários para diferentes condições de trabalho, conforme indicado pelo teste de queda. O efeito do que pode parecer "pequenas mudanças" na quantidade de água de mistura foi geralmente negligenciado em discussões anteriores sobre esse assunto.

Comentários:

Logo no  inicio antes de citar os principios Abrams diz que " o tamanho e a classificação do agregado e a quantidade de cimento afetam a força do concreto somente na medida em que influenciam os requisitos de água", veja que temos diversos métodos de dosagem que são utilizados que não seguem  este conceito (nem preciso citar quais.....) de que precisa se ter a granulometria dos agregados para se dosar um concreto (como ele cita: tamanho e classificação).

Temos logo no primeiro item que "A força do concreto diminui à medida que aumenta a taxa de água" a famosa LEI DE ABRAMS, a/c versus resistência.Este conceito é utilizado em todos os métodos mas através de tabelas o que é errôneo, cada mistura deve se procurar obter a curva de correlação a/c versus resistencia, agregados absorvem água e logo este teor de água muda. Com isso deve-se procurar realizar cada curva de correlação com seus materiais. 

O que Abrams diz (item 2) que em misturas mais ricas, uma determinada condição de trabalhabilidade pode ser produzida com uma menor proporção de água, eu posso de minha maneira concluir que podemos diminuir seus finos diminuindo a argamassa e consequentemente o teor de cimento.

No item 3 Abrams cita que  "A força do concreto é afetada pelo tamanho e classificação do agregado apenas na medida em que a quantidade de água de mistura é influenciado por essas variáveis". Misturas mais finas tem maior área especifica e com isso se aumenta o teor de água o que afeta diretamente a "força do concreto" como é dito por Abrams.

No item 4  "Podem ocorrer grandes variações do agregado sem afetar a quantidade de água de mistura ou a qualidade do concreto"  o que quer dizer que podem ser feitas muitas misturas sem afetar a quantidade de água mas desde que se tenha um concreto trabalhavel. 

Abrams cita no item 5 cita que devemos ter a trabalhabilidade ou plasticidade sejam mantidas em controle e ainda diz que sempre usando o mesmo teor de água teremos a mesma resistência desde que o concreto seja viável.

Finalizando veja se o método de dosagem que você está utilizando se seguem estes princípios, mas declaro que o método DPCON seguem TODOS ESTES PRINCIPIOS,  leia mais sobre este método que divulgo AQUI


Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra

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