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Até torradeira de concreto para pão !!


Adi Zafran teve a ideia de fazer uma torradeira com poucos recursos, usando materiais como blocos de concreto, vergalhões de aço e um pedaço de madeira. O designer descreve sua torradeira tão básica quanto o alimento que é preparado nela, o pão. Ele ainda diz que aproveitou a anatomia do bloco de cimento.
Sobre o funcionamento dela não há muitas explicações. Aparentemente os vergalhões aquecem, torrando o pão. Agora se o calor é suficiente para torrar o pão, daí não sabemos. Mas sabe que gostei da ideia? Estou precisando de uma torradeira e não tenho grana para comprar. Vou tentar construir uma dessas e ver se funciona!
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Até caixas de som de concreto!!


A paixão de trabalhar com essa matéria, material áspero que me fez pensar novamente de usar concreto como o principal material para produtos de consumo.

Acredito que a utilização desse material para uma razão , que traz muito mais a estética do produto.

Geralmente encontramos plástico, madeira, couro e outros materiais básicos em nossas casas, mas nos deparamos com concreto como um material de "escondido" que é coberta por camadas de gesso e tinta. No meu trabalho tentaram dar, além de grande estética, as razões para o uso prático concreto como um material principal de um produto. Quando o concreto encontra som, que pode distorcer o som, porque o betão é muito rígida (normalmente são feitos de altofalantes madeira ou MDF). Os alto-falantes, portanto, pode soar estranho.

A tecnologia de alto-falante que eu usei no meu projeto, funciona muito bem com o concreto, mesmo sem a necessidade de preenchimento das colunas do interior.

O condutor, que está localizado na parte superior da coluna, o ar move-se através de um tubo (96 centímetros de comprimento) e uma boca em forma de chifre na parte inferior da coluna. O peso (70kg) faz com que os alto-falantes muito sólido, e transforma esses alto-falantes em um único produto, invocando um sentimento de nirvana para os amantes e audiófilos concretos.










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Requisitos quanto a granulometria para uma mistura (4)



A área superficial dos agregados é inversamente proporcional ao tamanho destas partículas, mesmo que sejam de formas diferentes. Como exemplo uma esfera de diâmetro D temos a relação entre área superficial e seu volume como sendo 6/D.

Então quando se escolhe a dimensão máxima característica do agregado (DMC) e a sua granulometria, pode-se representar a área superficial total das partículas utilizando a área específica como parâmetro. 

Como temos que a área superficial do agregado é quem determina a quantidade de pasta para cobrir os agregados. Esta pasta é a relação água/cimento a qual é fixada para se considerar a resistência. Em resumo:

A área superficial total dos agregados é quem determina a quantidade de água ou a trabalhabilidade da mistura.

É por isso que as granulometrias da Road Note numero 4 representam as curvas granulométricas de 1 a 4 com correspondência as áreas específicas de 1,6/2,0/2,5 e 3.3 metros quadrados por quilo. No enquadramento de faixas, a deficiência ou excesso de finos podem ser compensadas desde que estas diferenças não sejam muito grandes, porque tendem a manter a mesma área específica.

Eng. Ruy Serafim de Teixeira Guerra

Bibliografia: Propriedades do concreto- Adam M. Neville e ET67- Públio Penna Rodrigues da ABCP






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Requisitos quanto a granulometria para uma mistura (3)


É exigido que o agregado sempre viesse a ocupar o MAIOR VOLUME RELATIVO possível, isto por causa do custo, haja visto, que o custo do agregado é menor do que o custo da pasta. Ainda existem muitos leigos que utilizam menor teor do agregado graúdo por que dizem que o custo do agregado graúdo (brita) é superior ao agregado miúdo (areia).

Sabe-se que quanto maior for o volume de partículas sólidas que seja aglomerada em um dado volume, maior será a resistência deste concreto. 

É a teoria de MÁXIMO ADENSAMENTO que levou a Fuller a defender a curva granulométrica de forma parabólica, ou parte parabólica e parte reta como defende Faury. 

É defendido por Adam Neville em seu livro, as faixas granulométricas para concreto do Road Note numero 4. Vejamos a da mistura com dimensão máxima característica- DMC de 20mm.


Estas curvas do Road Note numero quatro foram preparadas para areas específicas de 1,6/2,0/2,5/3,3 metros quadrados por quilo. Foram preparadas para se obter uma boa trabalhabilidade mas ainda não se obteve conclusão a respeito do desempenho das partículas mais finas.

A curva numero 1 é a granulometria mais grossa de todas, sendo relativamente trabalhável podendo ser utilizada para concreto ricos em cimento, restando verificar que não existirá segregação.

A curva numero 4 do outro extremo é de granulometria mais fina entre todas as curvas, sendo bastante coesiva, mas pouco trabalhável A curva que mais exige água é a curva 4, portanto de resistência menor se a relação de agregado/cimento for a mesma. Se for utilizado a curva 4 para mesma resistência do que a curva 1, teremos de utilizar um teor maior de cimento.

No caso de se utilizar granulometria de parte em uma faixa de curva e parte em outra faixa, sempre existirá o perigo de haver segregação quando faltar grãos intermediários. E se houver excesso de nos tamanhos intermediários esta mistura será áspera e será difícil se adensar manualmente e até mesmo com vibração.

Sempre será melhor se utilizar granulometria que se enquadrem dentro das faixas evitando assim qualquer problema.

Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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Requisitos quanto a granulometria para uma mistura (2)


Em uma granulometria de uma mistura é desejável que esta:
  • Tenha a menor área superficial, para que possa se ter a menor quantidade de água para molhar todos os sólidos;
  • Tenha o maior volume relativo ocupado por todos os sólidos;
  • A mistura seja trabalhável;
  • A mistura seja coesa;
  • O concreto não tenha tendência a segregação.
A segregação e a trabalhabilidade tendem a se opor mutuamente, como explica Adam Neville:
As partículas de menores tamanhos devem passar pelos vazios das maiores, ficando mais fácil que as partículas menores sejam expulsas para fora dos vazios.Isto ocorre com o agregado seco. Cita que a argamassa é que deve ser impedida de passar livremente para fora dos vazios do agregado graúdo.

Explicando diferente: Os vazios do agregado total (miúdo e graúdo) devem ser suficientemente pequenos para que seja impedida a passagem da pasta de cimento por entre estas partículas, para não fazer com que a pasta separe-se do agregado total.

Tudo funciona como um FILTRO, devendo-se evitar a segregação. Mas existe outro requisito para a mistura ser satisfatoriamente trabalhável, esta deve conter uma quantidade de material menor que a peneira 300. Deve-se incluir nesta o as partículas de cimento. Uma mistura sendo rica exige um menor teor de finos em relação a uma mistura rica em cimento.

Quando a granulometria de uma areia estiver deficiente em finos menores que na peneira 300, se houver um aumento da relação agregado miúdo/agregado graúdo poderá haver como um resultado uma mistura áspera.

Um concreto é denominado áspero quando existe excesso de uma fração de tamanho em uma determinada peneira, quando é desenhada na curva granulométrica se observa que se apresenta em uma VERTICAL.

Os teores de mínimos estão em diversas FAIXAS granulométricas padrões . Mas é necessário finos abaixo da peneira 125 que são os da tabela abaixo, segundo Adam Neville:

Tamanho máximo                         Volume absoluto de finos 
Do agregado (mm)                         (como fração do volume de concreto)
8                                                       0.165
16                                                     0.140
32                                                     0.125
63                                                     0.110
   
Eng. Ruy Serafim de Teixeira Guerra

  Bibliografia: Propriedades do concreto- Adam M. Neville e ET67- Públio Penna Rodrigues da ABCP



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Requisitos quanto a granulometria para uma mistura (1)



Como saber se uma granulometria dos agregados é ou não adequada para a dosagem do concreto? Ou melhor, ainda: Como saber se uma determinada combinação dos agregados miúdos e graúdos é ou não a ideal? Quais as propriedades para uma boa curva granulométrica?

Vamos ver ponto a ponto. Sabe-se que a resistência de um determinado concreto que está completamente adensado com uma determinada relação água/cimento (a/c) não depende da granulometria dos agregados, a granulometria dos agregados tem como influencia direta a trabalhabilidade do concreto. Como temos que obter uma determinada resistência que corresponde a um determinado a/c exigindo um adensamento completo, este só irá ocorrer se este concreto for suficientemente trabalhável, sendo este adensável ao máximo possível com uma quantidade de energia que será utilizada na sua confecção.

Pode-se afirmar que: NÃO EXISTE A CURVA GRANULOMETRICA IDEAL, mas sim se procura uma solução de COMPROMISSO. O compromisso é que seja obtida uma mistura que seja trabalhável, de baixa área específica, coesa, livre de segregação, densa etc. Não esquecendo também o fator custo, que pode exigir soluções bem longe das ideais.

Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra.

Bibliografia: Propriedades do concreto- Adam M. Neville e ET67- Públio Penna Rodrigues da ABCP


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Requisitos quanto a granulometria - Módulo de Finura (0)


Bem, vejamos primeiramente o que é módulo de finura:

O modulo de finura de um agregado se determina pela soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras de série normal, dividida por 100. O módulo de finura é uma grandeza adimensional e deverá ser apresentado com aproximação de 0,01. O módulo de finura de um agregado é maior quanto maior forem as partículas deste. 

O mesmo módulo de finura não pode ser representativo de uma distribuição, conforme livro de Propriedades do concreto de Adam Neville. O que qer dizer é que o mesmo módulo de finura pode representar um numero infinito de granulometrias ou distribuições COMPLETAMENTE diferentes. Então o módulo de finura não pode ser utilizado para definir a GRANULOMETRIA de um agregado.

O módulo de finura só deve ser utilizado para se obter controles de uma mesma procedência, ou seja, termos os agregados com lotes do mesmo módulo de finura.

Mas apesar que para um mesmo módulo de finura existirem infinitas distribuições, o módulo de finura dá uma indicação do comportamento de um concreto preparado com agregados com uma determinada granulometria.

Vejamos uma exemplo citado em http://propriedadesdoconcreto.blogspot.com.br/2013/06/o-modulo-de-finura-da-areia-e-sua.html  onde temos uma tabela de variação do módulo de finura afetando o consumo de água:


Deve-se ter controles que atestem o módulo de finura para que não tenhamos problemas com altas variações de resistência, o exemplo citado do Eng. Carlos Resende é bem claro:

Recebe-se uma areia de MF=2.2 quando o concreto foi dosado com MF=2.4 a variação do MF é de 0.20
sendo um traço de Fck 35Mpa o aumento de água será de 11litros

Água: 200 L
Cimento: 400 kg
Fator a/c: 0,500
Resistência 28 dias: 43,9 MPa (conforme a curva de Abrams)
fck: 35,0 MPa

E com o acréscimo de 11 L de água, teremos as seguintes mudanças:

Água: 211 L
Cimento: 400 kg
Fator a/c: 0,528
Resistência 28 dias: 39,8 MPa (conforme a curva de Abrams)
fck: 35,0 MPa

Dependendo do coeficiente de variação da usina poderá ser que a alteração não atenda ao Fck requerido.

Pode-se ainda fazer a conta de qual seria o desvio padrão máximo para esta variação do MF:

desvio máx= (39.8-35.0) / 1.65 = 2.90
O MF deve ser bem controlado, os materiais do mesmo MF devem ser separados por LOTES de mesma qualidade.

Fica bem mais claro que o concreto deve ser tratado com uma nova forma de controle de recebimento através da umidade do concreto fresco, corrigindo com água e/ou aditivos no seu recebimento, onde se irá garantir o fator água/cimento utilizado no projeto.

Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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Fissuras de retração plástica



Ocorre pela perda de água do concreto por exsudação, em seu estado fresco. Este processo é acelerado pela exposição de sua superfície às intempéries como vento, baixa umidade relativa do ar e aumento da temperatura ambiente. 


•Retração por secagem ou hidráulica 
Ocorre da mesma maneira que a retração plástica, porém com o concreto já no estado endurecido. 

•Retração química 
Ocorre devido à redução de volume desde o momento que se inicia a hidratação, pois os produtos gerados neste processo têm volumes menores que àqueles materiais que deram origem à reação (cimento e água). 

•Retração autógena 
A água utilizada na reação de hidratação sai dos poros capilares do concreto e, assim, reduz seu volume. 

•Retração térmica 
É a retração provocada pelo calor liberado na reação de hidratação. Esta reação é exotérmica e o calor liberado expande o concreto em um primeiro momento. Ao se resfriar ocorre uma redução de volume denominada retração térmica. 

Quando se fala em retração no concreto e seu efeito mais comum – o aparecimento de fissuras e trincas, a primeira ideia é fazer uma cura eficiente para evitar a perda rápida da água e o aparecimento das tensões causadoras. Mas, podemos atuar também preventivamente, ou seja, com uma quantidade reduzida de água no traço do concreto. Neste caso, a exsudação também será pequena e como consequência final, uma pequena retração plástica ou por secagem.  Os dois processos – cura e redução de água – atuam sobre o mesmo problema, ou seja, o fenômeno da saída de água do concreto, mas a cura é facilitada quando o volume de água da exsudação é menor.

Outra forma de compensar parte da retração é a utilização de expansores, que têm a função de aumentar o volume da massa e, assim, equilibrar a redução provocada pela retração. Os expansores, geralmente à base de derivados de alumínio, têm atuação reduzida e, neste caso, compensam apenas uma pequena parte da redução de volume. São utilizados em calda para injeção, argamassas de preenchimento, groutes, dentre outras aplicações específicas.  O cuidado importante é a realização de ensaios prévios para a verificação do efeito sobre a resistência mecânica e o acerto da dosagem adequada.


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