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“Lei dos 5” ou a "Regra de Sitter" e corresponsáveis (3)

Os custos de intervenção na estrutura para atingir um certo nível de durabilidade e proteção, crescem rapidamente com o tempo de espera para se fazer essa intervenção. A evolução desse custo pode ser representado por uma progressão geométrica de razão 5, conhecida por lei dos 5 ou regra de Sitter, representada na Fig. abaixo.



O significado dessa “lei” pode ser exposto, conforme a intervenção seja feita na:

a) fase de projeto: toda medida tomada a nível de projeto com o objetivo de aumentar a proteção e a durabilidade da estrutura, como por exemplo, aumentar o cobrimento da armadura, reduzir a relação água/cimento do concreto ou aumentar fck, especificar certas adições ou tratamentos protetores de superfície, e outras tantas, implica num custo que pode ser associado ao número 1 (um);

b) fase de execução: toda medida extra-projeto, tomada durante a fase de execução propriamente dita, implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que acarretaria tomar uma medida equivalente na fase de projeto, para obter-se o mesmo nível final de durabilidade ou vida útil da estrutura. Um exemplo típico é a decisão em obra de reduzir a relação água/cimento para aumentar a durabilidade. A mesma medida tomada na fase de projeto permitiria o redimensionamento automático da estrutura, considerando um novo concreto de resistência à compressão mais elevada, de maior módulo de deformação e de menor fluência.

Esses predicados permitiriam reduzir as dimensões dos componentes estruturais, reduzir as fôrmas e o volume de concreto, reduzir o peso próprio e reduzir as taxas de armadura. Essas medidas tomadas a nível de obra, apesar de eficazes e oportunas do ponto de vista da vida útil, não mais podem propiciar economia e otimização da estrutura;

c) fase de manutenção preventiva: as operações isoladas de manutenção, tipo: pinturas freqüentes, limpezas de fachada sem beirais e sem proteções, impermeabilizações de coberturas e reservatórios mal projetados, e outras, necessárias a assegurar as boas condições da estrutura durante o período da sua vida útil, podem custar até 25 vezes mais que medidas corretas tomadas na fase de projeto estrutural ou arquitetônico. Por outro lado, podem ser cinco vezes mais econômicas que aguardar a estrutura apresentar problemas patológicos evidentes que requeiram uma manutenção corretiva; e

d) fase de manutenção corretiva: corresponde aos trabalhos de diagnóstico, reparo, reforço e proteção das estruturas que já perderam sua vida útil de projeto e apresentam manifestações patológicas evidentes. A essas atividades pode-se associar um custo 125 vezes superior ao custo das medidas que poderiam e deveriam ter sido tomadas na fase de projeto e que implicariam num mesmo nível de durabilidade que se estima dessa obra após essa intervenção corretiva.

Os colaboradores do texto entendem que pelo menos alguns dos intervenientes no ciclo da construção: o arquiteto, o proprietário, o construtor, coordenados pelo projetista estrutural devam estabelecer a extensão da vida útil, analisar as condições de exposição, escolher detalhes que objetivem assegurar a vida útil prevista e definir medidas mínimas de inspeção, monitoramento e manutenção preventiva, na fase de uso da obra.

Fica claro que a durabilidade das estruturas de concreto requer cooperação e esforços coordenados e pelo menos seis co-responsáveis;

a) O proprietário: definindo suas expectativas presentes e futuras de uso da estrutura;

b) O responsável pelo projeto arquitetônico: definindo detalhes e especificando materiais;

c) O responsável pelo projeto estrutural: definindo geometrias, detalhes e especificando materiais e manutenção preventiva;

d) O responsável pela tecnologia do concreto: definindo características dos materiais, traços e metodologia de execução, em conjunto com os responsáveis pelo itens c e e;

e) O responsável pela construção: definindo metodologias complementa-res da construção e respeitando o projetado e especificado anteriormente;

f) O usuário (proprietário): obedecendo as condições de uso, de operação e de manutenção preventiva especificadas.

6 SITTER, W.R. Costs for Service Life Optimization. The “Law of Fives”. In: CEB-RILEM Durability of Concrete Structures.
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Fissuras de retração


Redução do volume de um corpo por ação do abaixamento de temperatura. Retração plástica do concreto e as fissuras

A retração plástica, como o próprio nome já diz, é a retração do concreto ainda no seu estado plástico. Devido a esse tipo de retração, as famosas fissuras surgem. Essas fissuras predominam em superfícies horizontais (lajes) e ocorrem logo quando o concreto está sendo lançado na superfície. Alguns fatores como temperatura, umidade do ar, velocidade do vento, relação a/c, entre outros são alguns dos responsáveis por esse tipo de fissura
A taxa de evaporação depende de alguns fatores como:
- Temperatura: Quanto mais quente pior
- Umidade: Quanto maior pior
- Velocidade do vento: Quanto maior pior
Mas não pense que tempo quente é o pior cenário possível. Pode parecer estranho, porém em tempo frio com baixa umidade e ventos fortes a situação pode ser pior.
segredo para controlar a retração plástica é controlar a taxa de evaporação de água.
De acordo com dados experimentais, fissuras irão ocorrer quando a taxa de evaporação exceder 1kg/m2/h.
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O Desmoldante está correto?

Tudo é uma questão de observação das formas ao se fazer a desmoldagem. Se está ocorrendo dificuldade para desmolde e se está havendo aderência do concreto nas formas é sinal de ocorrência de que o desmoldante não está agindo na sua forma correta. Um desmoldante tem que facilitar a desmoldagem das formas, deve conservar as formas e deve fornecer um ótimo acabamento superficial.

Existem fábricas que insistem em utilizar o óleo diesel puro, o que traz sérias consequências, haverá impregnação do concreto nas formas e com a utilização contínua deste óleo irá haver uma formação de uma capa de concreto que só poderá ser removida com escovas de aço rotativa, o que certamente irá danificar estas formas ou diminuir o seu tempo de vida.

Uma observação nos moldes já é o ponto inicial para se verificar se o desmoldante está agindo de forma correta. Formas que ficam com cores cinzas e que quando ao se passar a mão o cimento ainda está presente é um sinal de que o desmoldante precisa ser trocado.

Algumas fórmulas caseiras são utilizadas por diversas fábricas, veja algumas receitas nos links:



Veja as fotos abaixo onde o desmoldante não está agindo corretamente

Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
 







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A ferragem na laje pre-fabricada (2)

Forma da laje

Pregue uma tábua de testeira nas extremidades da laje, que vai funcionar como fôrma da capa de concreto da laje.

Obs. Os ferros a serem usados em lajes devem ser estipulados por um engenheiro civil.
Procure um técnico especializado em calculo de construção (calculista). Menos ferro ou mais fino, pode vir tudo abaixo.

Video:Laje TRELIÇADA com EPS


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A ferragem na laje pre-fabricada (1)

Escrito por 

Armadura de Distribuição – ferragens


Deve ser utilizada em toda a laje.
A ferragem deve ser distribuída no sentido transversal às vigas, com ferro 4,2 mm a cada 50 cm, e no mesmo sentido das vigas a cada 1 m. (isto é só uma ilustracão, cada obra tem suas proprias medidas)
Essa armadura é importante, pois distribui a carga sobre a laje e evita fissuras na capa do concreto.

Ferragem da Distribuição

A ferragem de distribuição permite um perfeito travamento da estrutura da laje.
Combate também o cisalhamento entre abas e alma das vigotas.








Os ferros de distribuição devem obedecer a norma da ABNT 6118 e ser colocados em sentido transversal às vigotas.
Para os casos mais comuns, tal ferragem será composta por 1 de 1/4″ espaçada a cada 30 cm.

Ferragem Negativa a ser Utilizada em Balanço
 fonte: Armação Treliçada Puma
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Planilha para cálculo de estacas por flexão


Esta é uma planilha para calculo até 6 estacas, calculadas pelo método de momento de flexão em todos os tipos (em oposição ao suporte e tirantes).


baixe aqui
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Como dobrar o vergalhão

Dobra de vergalhão Veja como escolher os pinos de apoio para executar corretamente o serviço, evitando causar trincas e fissuras nas barras de aço

Para cortar e dobrar vergalhões de aço em canteiro, é preciso seguir as recomendações da NBR 6.118:2007 - Projeto de Estruturas de Concreto e da NBR 14.931:2004 - Execução de Estruturas de Concreto.
No entanto, o especialista de produtos da ArcelorMittal Aços Longos, Antonio Paulo Pereira Filho, afirma que os erros mais recorrentes referem-se ao uso de pinos inadequados à bitola das barras.
Nas usinas, o material é submetido à avaliação com dobramento de 180º, de acordo com tabela de dobramento definida por norma. Depois do dobramento, o aço passa por inspeção para verificar se apresenta trincas ou fissuras. "Essa tabela é um pouco mais rigorosa do que a norma de projeto e execução, usada ao comprar barras lisas", conta Pereira.
Confira agora as melhores práticas e o que compromete o desempenho do material quando dobrado em canteiro:
ERRADO
As bancadas usadas em canteiro podem ser de madeira, mas esta apresenta problema no dispositivo que auxilia a dobra. Geralmente, eles são montados em uma placa pequena em aço e pregados na bancada. Com isso, não permitem a troca dos pinos para executar dobramentos de barras com bitolas diferentes, conforme exige a NBR 6.118:2007.


CERTO
Essas bancadas geralmente são encontradas em indústrias, embora possam ser usadas também no canteiro. Elas permitem a adequação do diâmetro do pino de dobramento conforme as bitolas das barras e fios.



CHAVES

ERRADO
É corriqueiro ver chaves adaptadas para puxar o vergalhão durante a dobra, como canos com a ponta amassada. Isso aumenta o risco de dobrar a barra no ponto errado, comprometendo seu uso.


CERTO
O correto é usar chaves de dobra, disponíveis no mercado em medidas correspondentes à bitola de cada vergalhão e que permitem a dobra na posição correta, conforme projeto.

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Como se faz a cura do concreto da laje?





Escrito por FazFácil


A cura do concreto!
É o nome dado ao trabalho que o concreto realiza enquanto esta endurecendo, é fundamental uma boa cura para se obter um concreto resistente e de qualidade.
Para a cura, molhar continuamente a superfície do concreto logo após o endurecimento do mesmo, durante pelo menos os primeiros 7 dias.
A laje deve ser molhada levemente com auxílio de regador ou mangueira.

O que é cura do concreto e como deve ser feita?

O concreto fresco exposto ao sol e ao vento perde muito rapidamente por evaporação a água da mistura, antes que tenha endurecido. Como essa água é indispensável, resultará em um concreto fraco.
Por isto se fazem necessárias medidas que visem impedir aquela evaporação, ou seja, proceder a cura do concreto.

O fator mais importante na cura do concreto é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo o processo de reação química do cimento se complete.
Se o concreto não for curado, ficará sujeito à fissuras em sua superfície.

Um concreto não curado, ou mal curado, pode ter resistência até 30% mais baixa, além de ser muito vulnerável aos agentes agressivos, devido a grande quantidade de fissuras que se formam, às vezes imperceptíveis a olho nu.

Quanto tempo é o ideal para ficar molhando a laje?

É necessário a molhagem freqüente do concreto evitando que a superfície chegue a secar.
Agora, uma dica simples para que a laje fique úmida por mais tempo tempo é a seguinte:

a) junte os sacos vazios de cimento, molhe-os bastante e coloque-os em cima da laje.
b) Aplicação de folhas de papel , de tecidos (aniagem, algodão) ou camadas de terra ou areia (com espessura de 3 a 5 cm) mantidos úmidos durante o período de cura.
c) Aplicação de lonas ou lençóis plásticos impermeáveis, de preferência de cor clara (para evitar o aquecimento excessivo do concreto).
A prática mais comum é molhar o concreto por aspersão de água(mangueira), e/ou usar panos ou papel para reter a umidade junto ao concreto o máximo possível .
Assim, você faz com que a laje fique úmida mais tempo, evitando que a água evapore rapidamente.

A duração da cura deve ser de pelo menos 7 dias, no caso de cimento Portland comum (pois nesse período o cimento irá desenvolver aproximadamente 60% da sua resistência final) e de 14 dias, no caso de cimento Portland de alto-forno e pozolânico. No entanto, quanto mais tempo durar a cura (até 3 semanas), melhor será para o concreto.
Existe a chamada cura química que consiste em aspergir um produto que forma um película na superfície do concreto e que impede que haja evaporação da água do concreto.
A cura mais eficiente é a cura a vapor que ao mesmo tempo que garante a umidade necessária ao concreto, acelera a velocidade de ganho de resistência pelo aquecimento.

Por que eu faço laje e às vezes dá rachadura?

Na maioria das vezes as rachaduras aparecem pois a cura não foi bem feita.
Para que isso não aconteça mantenha a laje úmida durante 7 dias.

Quando pode ocorrer a infiltração na laje?

Quando a cura do concreto não foi feita corretamente proporcionando o aparecimento de rachaduras, ou quando a laje permite acúmulo de água criando poças.
Para evitar rachaduras molhe a laje durante 7 dias, e para evitar a formação de poças faça a laje com caimento e escoamento para água.

O que pode atrapalhar a cura da laje?

A cura é a forma de garantir que o concreto fique úmido pelo tempo certo, isto é, sete dias.
É durante esse período que podem haver alguns problemas de clima que atrapalham a cura como ventanias, muito calor e baixa umidade do ar.
No caso do calor, aqui vai uma dica simples: no verão, evite fazer laje ao meio dia, quando o sol está muito forte. Procure os períodos de menos calor.

Fonte: Lafarge
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