1 2 3 4

100 arquivos em autocad de Planospara.com

Entre nesta comunidade e receba 100 arquivos de blocos autocad que mais foram baixados do site www.planospara.com não se preocupe, não é necessário ter a adesão para baixá-lo, basta fazer o login com seu nome de usuário e senha que você registrou você
Não tome mais do seu tempo, o download é gratuito, e lembrar como sempre lhes que existem mais de 135.000 arquivos planospara.com.

No link para você baixar, além dos blocos foi também adicionado dois livros:



Ler Mais

Queda de muros (3)

Eis algumas fotos de acidentes com muros, se for seu caso, pense antes de calcular e cuidado ao se responsabilizar por obras que parecem ser simples e não são. Existem especialistas para cada caso, não queira ir enfrente se não for um deles...

A solução ou correção para todos esses problemas é uma só: contratar profissionais competentes, experienteshabilitados.











Ler Mais

Instabilidade e efeito de 2ª ordem.

Vamos tratar neste post a instabilidade e o efeito de 2ª ordem global.

Basicamente, estes efeitos estão ligados a flexibilidade das estruturas.

São controlados através de parâmetros como "ɣz", "α" e o cálculo dos deslocamentos do topo da edificação,

O descontrole destes parâmetros tem duas importantes consequências:

1- A desconsideração de cargas que podem alcançar uma magnitude tal, podendo levar uma edificação a ruína.


2- Desconfortos causados por deformações excessivas, tais como fissuras, descolamento de rebocos e revestimentos de fachadas, rompimento de instalações e vazamentos e etc.

A Norma NBR 6118-2014 no seu capítulo 15 trata especificamente deste tema e no item 15.2 o conceitua assim:

“Efeitos de 2ª ordem são aqueles que se somam aos obtidos numa análise de primeira ordem (em que o equilíbrio da estrutura é estudado na configuração geométrica inicial), quando a análise do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.”

A verificação da estabilidade global visa garantir a segurança da estrutura perante o Estado Limite Último de Instabilidade.

Vamos fazer algumas analogias muito simples. Primeiramente, para entendermos de forma simplificada os efeitos de 1ª ordem e os de 2ª ordem.

Imaginem um pilar engastado na base, com uma carga centrada aplicada no seu topo, em seguida, vamos aplicar uma carga horizontal também no topo, de tal forma que esta carga gerará um “momento fletor” de engastamento na base. A estrutura irá deformar e este é o efeito de primeira ordem. Sigam a ilustração a seguir.

Porem, após a deformação inicial, com as mesmas cargas solicitantes sobre a estrutura agora deformada, aparecerá um momento de segunda ordem, resultante do carregamento multiplicado pela distância deformada.


Haverá então um processo contínuo, que cessará quando o acréscimo de deformação tender a zero. Caso não haja esta convergência a estrutura será considerada instável, impossível de se estabilizar.



A NBR 6118-2014 capítulo 15 item 15.5 descreve sobre a dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª ordem. Atualmente é consenso na classe de calculistas utilizar o processo descrito no item 15.5.3, que apresenta a formulação do cálculo do coeficiente ɣz.

O coeficiente ɣz, permite avaliar a magnitude dos efeitos de 2ª ordem sobre os efeitos de 1ª ordem. O calculo do ɣz deverá ser efetuado para cada caso de carregamento de vento.

A mesma norma recomenda que:

Se ɣz < 1,1 , considera-se que a estrutura é de nós fixos e pode-se desconsiderar o efeito de 2ª ordem.

Se 1,1< ɣz < 1,3 , deve-se aplicar os efeitos de segunda ordem no cálculo da estrutura.

Se ɣz > 1,3 , a estrutura deve ser considerada instável.


No cálculo das edificações, os projetistas de estruturas utilizam dois processos para dimensionar as peças estruturais com o efeito de 2ª ordem.

Através do cálculo do P∆, processo interativo, onde o sistema irá calcular o pórtico espacial (o edifício) diversas vezes, até que as deformações tendam a zero, dimensionando as peças estruturais para a resultante final desta estrutura deformada.

Ou através da majoração dos esforços pelo valor do ɣz.

Ambos os processos dão resultados excelentes e muito próximos.

Vamos fazer outra analogia para entender melhor como essa análise influencia nas peças estruturais de uma edificação:

Imaginem agora uma mesa com o tampo em compensado com chapa de 10mm de espessura (a laje). Os pés desta mesa serão formados por quatro ripas de madeira branca (os pilares).

Esta mesa fica em pé, mas ao aplicar uma força lateral ela tombará com certa facilidade.

Isto é uma estrutura com pouca estabilidade global, muito sujeita aos efeitos de 2ª ordem.

Para esta mesa ficar segura, poderemos trocar o tampo e os pés por um material mais resistente, por exemplo uma madeira de lei ou aço. Aumentando a resistência das peças estruturais.

Em analogia, o ɣz faz isso, pois ao majorar os esforços nas peças, dimensionaremos as mesmas com mais aço.

Mas, e se a instabilidade for muito alta?

Bom, se nós colocássemos uma tábua contornando os pés, fazendo um percintamento (as vigas) na altura do tampo (a laje) e trocássemos os pés de ripa por uma peça de madeira (pilares maiores), de tal forma que a mesa ficará bem mais robusta e rígida e ao aplicar a mesma força lateral ela terá uma resistência maior à solicitação do carregamento.

Este é o caso de quando o ɣz ultrapassa o limite de 1,3 e precisamos então enrijecer a estrutura.

Para isso muitas vezes precisamos criar pórticos ligando os pilares com vigas, aumentar as seções de vigas e pilares, ou criar pilares com seções em “L”, “U”, "T" e etc.

Conclusão:

Quando calculamos uma edificação, verificamos a estabilidade global e os efeitos de 2ª ordem na estrutura.

Esta verificação poderá gerar um majorador dos esforços de primeira ordem que resultará numa estrutura até 30% mais resistente, preparando-a para o acréscimo de esforços que poderá vir a existir.

Se esta estrutura estiver exageradamente instável, deveremos mudar a concepção estrutural e/ou aumentar as seções das peças estruturais, de tal forma teremos uma estrutura mais estável e resistente.

Vale salientar que qualquer edificação deve ter esta análise, mesmo as de pequeno porte.

veja mais artigos interessantes no seu Blog:


Ler Mais

Monitoramento do concreto fresco

O que venho divulgando das necessidades para monitorar o teor de água para garantir a resistência do concreto vem sendo o alvo de muitos tecnologistas. Não é possível continuar com Slumps e as dosagens de água por motoristas, comerciantes de concreto e  ...   Mas olhe este novo aparelho será que estamos quase chegando?? creio no meu ponto de vista que ainda falta muito a caminhar porque todo mundo parou a cerca de 100 ANOS atrás....Veja isto, pode ser o que o concreto vem pedindo:

Monitoramento sem fio de resistividade e temperatura do concreto

Giatec SmartBox ™ é um dispositivo sem fio compacto para a medição e monitoramento da resistência elétrica e temperatura em concreto fresco.As medições contínuas são registrados em SmartBox ™ e pode ser baixado usando o aplicativo móvel no smartphone Android / tablet. A resistividade elétrica do concreto fresco tem sido mostrado para fornecer uma boa indicação sobre o teor de água, bem como presa e endurecimento do concreto. SmartBox ™ fornece uma ferramenta eficiente para diversos estudos de investigação nestas áreas. 


Com as informações obtidas por meio do dispositivo, é possível identificar qual o prazo para o endurecimento do concreto, sua resistência e o teor de água necessário.

O dispositivo possui bateria com duração de aproximadamente três meses e diversas opções de configuração do sistema de medição de acordo com os moldes de concreto utilizados.

Temos até agora as opções que não são muito divulgadas e particularmente não testei.

A GE tem o speedy de concreto:

E agora o vídeo e o site da Giatec SmartBox:



Monitoramento SWireless de resistividade e temperatura do concreto



Vamos ver se vem mais por aí...

Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra 
Ler Mais

O que é Painel Treliçado?

O Painel Treliçado é um elemento que contém as mesmas características de uma laje treliçada. Estas lajes podem ficar aparentes, podendo dispensar chapisco e reboco.O painel treliçado é fabricado por diversos fabricantes de lajes com larguras variando de 25/33/40/100/125cm  e a sua armação treliçada varia de acordo com a altura que depende do vão e das cargas aplicadas.

Resultado de imagem para PAINEL TRELIÇADOSendo assim, os painéis treliçados permitem a distribuição de armaduras positivas e negativas nas duas direções, o que possibilita distribuição de qualquer tipo alvenarias sobre a laje.

Podem ser fabricados dois tipos de painéis:

Laje Painel Maciça: São lajes com painéis pré-fabricados e montados justapostos, com dispensa do uso de formas de madeira, o que agiliza o processo de montagem, ao final resultando em uma laje que é, em todos os aspectos uma laje maciça e também reduz o escoramento. Além de obras residenciais, são indicados também para pontes, viadutos, garagens, passarelas e obras de alto nível de industrialização, compondo a estrutura com vigas metálicas ou pré-fabricadas.

Laje Painel Aliviada: Apresentam as mesmas vantagens da Laje Painel Maciça, usando elemento leve como EPS, permite a utilização em grandes vãos com redução de peso, além de proporcionar maior conforto térmico e acústico.O EPS tem além da finalidade de reduzir o consumo de concreto, que é um fator muito importante dentro de uma planilha de custos, a função também de reduzir o peso próprio da laje, refletindo diretamente no alívio das estruturas e fundações, o que também se traduz em economia.

Armaduras: Permite a distribuição da ferragem negativa nas duas direções, solução bastante indicada para alvenaria estrutural, por distribuir as cargas sobre todos os apoios. Deve-se porém observar que a solução de armação bidirecional é indicada somente para vãos quadrados ou próximos disso: Em medida que o vão transversal aumenta, a função de bidirecionalidade diminui numa determinada razão.

Projeto de montagem: Deve-se sempre solicitar junto com orçamento do fabricante a Ferragem positiva e negativa com o respectivo projeto de montagem. Solicite neste projeto de montagem os consumos de concreto e o resumo do aço para a sua obra, de acordo com os cálculos do orçamento. Com esses dados em mãos, fica fácil então fechar a planilha completa de custos da laje e poder comparar os orçamentos recebidos, sem se deixar seduzir apenas pelo preço inicial do fornecedor.





Para garantir a qualidade e principalmente a durabilidade da estrutura, deve-se ter a máxima atenção na escolha do fornecedor do painel treliçado, cuidados básicos na fabricação quanto à resistência do concreto, cobrimento das armaduras com espaçadores adequados para poder lhe proporcionar "Qualidade na Medida Certa". 


Ler Mais

Planilhas do Excel para o projeto de elementos de concreto armado (didática excelente)

Syllabus de concreto estrutural excel

Prontuario Informático del Hormigón en Excel


Embora nós escrevemos sobre a nova versão da Informação Syllabus Concrete Instituto Espanhol de cimento e suas Aplicações (IECA), adaptada para o EHE-08,  hoje apresentamos uma descoberta que pode ser realmente útil. Esta é uma versão deste manual bem conhecido adaptado ao EHE-08 e EXCEL.
O autor deste manual é Zaida Ricón Soriano , que trabalhou em 2012 por seu trabalho sobre a Nota Final E chool Edifício Politécnica de Barcelona.
Na época em que o autor levantou a demanda por esse projeto não havia nenhum programa para o cálculo seções concretas adaptadas à EHE-08 e também servem para uso acadêmico, educacional e profissional ao mesmo tempo. Naquela época havia apenas o Computadorizado Syllabus Betão Estrutural 3.0, desenvolvido pela ACE que foi a quarta edição de um aplicativo, que começou a ser comercializado em 2000, e destina-se a adaptar a versão anterior de 1994 e normas vigentes sobre Date (EHE-98).
Como em 2012, depois de quatro anos a partir da entrada em vigor das novas regras de concreto estrutural (EHE-08), a ACE não tinha descoberto qualquer atualização seu recorde Ricón viu Zaida oportuno desenvolver um a partir de zero para o seu trabalho ao grau.
prontuario excel
O resultado foi um manual com 24 planilhas em formato Microsoft Excel 2010 , suplementado com manualUse, abrangendo todos os estados limites últimos e de Serviçosseções de concreto. Além de um relatório do projeto define os objectivos pretendidos para atender e como eles têm feito, quais foram os procedimentos utilizados para os cálculos, as dificuldades encontradas no desenvolvimento do trabalho e como eles enfrentaram, também fazendo uma comparação com outros programa existente.
Prontuário concreto estrutural em excel
O que você pode perder o serviço na biblioteca da Universidade da Catalunha ( aqui ) ou no link abaixo:

http://minhateca.com.br/clubedoconcreto/EXCEL+CONCRETO+ARMADO+Y+MANUAL+DE+USO,375913719.rar(archive)

Link no EBAH para facilitar:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhGf0AC/excel-concreto-armado-y-manual-uso
É sem dúvida uma ferramenta muito útil e valioso a partir de um ponto de vista pedagógico.
Ler Mais

Projetar não é apenas Realizar uma Tarefa



O projeto é a metáfora de um desejo, construída a partir de analogias criadas entre inspirações e transpirações.
Parece que hoje em dia muitos profissionais esqueceram o que é projetar. A falsa urgência, a pressa, considerada "a alma dos nossos negócios", ajudou a descaracterizar o processo de projetar. Elaborar um projeto tornou-se o simples cumprimento de uma tarefa. Diga o que você quer e eu, no mais curto prazo, farei o que você quiser. Esse é o mote atual no meio profissional, seja de arquitetura como de engenharia.
Gostaria de desenvolver meu raciocínio comparando o projeto a um jogo, não a um jogo de azar, cujo resultado depende de sorte, o que não deve ser o caso de um projeto, mas de jogos como xadrez, futebol, voley, queimada, e amarelinhas, entre tantos outros, que todas as crianças saudáveis, e adultos também, devem ter jogado pelo menos uma vez. Jogos onde capacidade, habilidade e criatividade são valorizadas.
Como o próprio nome diz projetar é lançar a distância. O que, sem dúvida, já se torna por si só um jogo. No nosso caso, projetar é lançar um raciocínio na distância do tempo, é lançar uma idéia para o futuro.
Para projetar é necessário seguir regras. É principalmente neste aspecto que o projeto assemelha-se a um jogo. Mas, falar em regras pode desgostar muitas pessoas. Aquelas que não vêem com bons olhos a existência de regras, o que pode ser puro preconceito, pois é impossível pensar em algo que tenha consistência e que não tenha regras. O próprio caos tem regras, às vezes não muito aparentes. Muitos podem até não gostar de regras pré-estabelecidas, o que é muito bom, então, que criem outras, que no seu entender sejam melhores. O que não é possível é raciocinar sem regras.
O que faz muitas pessoas acharem que regras cerceiam a liberdade é a existência de regras ruins, mal pensadas e que não levam à possibilidade de criação. Existem regras boas e regras ruins. As regras boas conduzem ao belo, ao criativo, as ruins tornam a atividade feia e sem graça. Para mim o futebol inglês, o jogado aqui no Brasil, tem regras que deixam a competição mais bonita que as regras do futebol americano. Gosto das regras de educação, criam beleza, odeio as regras militares, criam a disciplina insana, o que, no meu entender, é muito feio.
Logo, participar de uma atividade que tem regras boas não prejudica em nada o resultado final, pelo contrário é através delas que se pode chegar a coisas novas e belas. Portanto é impossível realizar um projeto sem regras.
Outra situação em que o projeto se assemelha ao jogo é nas questões de ritmo, harmonia, nas dualidades de mudança e permanência, calma e tensão. E é exatamente nestas dualidades que se criam as mudanças de direções no raciocínio. É no raciocínio divergente que se dá o processo criativo; e divergir é um ato que está ligado à diversão, outra característica importante do jogo.
Por tudo isso é que o projeto não pode ser tratado como uma tarefa a ser cumprida, sem uma reflexão sobre as questões (regras) envolvidas, sem estratégias adequadas, sem treino, ou seja, sem o processo de tentativa e erro, que entre outras coisas boas faz aprender e, portanto, evoluir. Mas para que tudo isso seja feito da maneira mais adequada há que se despender tempo. Hoje o que muitos profissionais fazem, com o nome de projeto, nada mais é que um palpite, neste caso, sem dúvida, um jogo de azar. Na base do "seja o que Deus quiser".
A informática que deveria ser vista como a boa ferramenta que é, tem sido usada, por pessoas menos avisadas, como uma arma de destruição do processo de pensar. O uso da informática, da forma como ocorre atualmente, é um dos fatores que descaracteriza o projetar como um processo, que requer o tempo necessário para que o pensamento criativo se instale. Se o uso inadequado da informática já causas graves danos ao projeto de arquitetura, no projeto de estrutura chegou-se ao nível da calamidade e do grotesco. O computador, ao contrário de ser usado como uma ferramenta que permita maior rapidez naquilo que não exige necessidade de pensar, ou seja, no fazer repetitivos e entediantes cálculos, é usado como o gerador da solução. Poucos usam essa máquina como ferramenta que, ágil, pode ser útil no processo de tentativa e erro, ou em outras palavras, no processo de aprimoramento dos resultados. A necessidade de se dar uma resposta urgente leva a aceitar a primeira resposta como a única.
Ah! Essa falsa urgência, desnecessária e irritante! Aceita-se qualquer resposta, em nome da velocidade. Uma urgência que vem no bojo da informática e que enterra as possibilidades humanas de intervir na busca da qualidade. A velocidade inumana da informática foi desgraçadamente incorporada à vida dos seus usuários e, sem qualquer crítica, mal entendida. Quem tem que ter velocidade é a máquina, não o ser humano, cuja velocidade em produzir coisas está de acordo com aquela necessária para garantir não só a qualidade do produto, mas também, e principalmente, a sua qualidade de vida. Velocidade adequada para que possa permitir ao ser humano, no devido tempo, progredir intelectualmente, e transmitir esse ganho a seus artefatos.
Dentro dessa falsa urgência, o projetar deixou de ser também diversão para ser apenas negócio. Enquanto, o desejável seria que importante fosse o que de fato você faz e não o que as pessoas pensam que você faz, nos negócios o importante é o que as pessoas pensam que você faz e não o que realmente você faz. O projeto visto como um simples negócio permite que, uma propaganda enganosa possa agregar valor àquilo que não tem e nunca terá.
Muitos profissionais, na ânsia de se posicionar economicamente perante a sociedade, tratam o compromisso de projetar como apenas comércio. Ou, talvez pior, quando a meta não for ganhar dinheiro, o fazer projeto torna-se uma maneira de mostrar um certo tipo de status, tal como "eu tenho um escritório com bastante trabalho, e você?" Atitude que o leva a aceitar qualquer remuneração e qualquer tipo de pressão nos prazos e resultados e, portanto, a executar estritamente uma tarefa, cujo resultado tem grandes chances de ser de má qualidade. Uma atitude errada, entretanto até compreensível em jovens, mas que se torna, naqueles com mais anos de estrada, uma violência. È óbvio que essa atitude, para os jovens profissionais, é um tiro no pé. Pois, passados os verdes anos, quando a razão pesar mais que a ação, ele poderá perceber que será tarde para rever o que se fez.
Quando observo uma bela obra feita por um Normann Foster, um Ove Arup, sempre sinto uma grande emoção. Só que depois da admiração, vem sempre uma certa depressão, uma sensação de incapacidade e de revolta. Revolta pela forma como os profissionais do dito terceiro mundo são levados ao imediatismo, ao "qualquer coisa serve", pois há pressa no ar. Já em paises, ditos do primeiro mundo, um projeto leva anos para ser realizado, as equipes são compostas de centenas de profissionais, todos, muito bem remunerados. A empresa de projeto de estruturas Ove Arup, por exemplo, tem nos seus quadros, além dos profissionais imediatamente correlatos à sua área de atuação, outros, de áreas aparentemente não afins, como escultores e biólogos. Imagine como deve ser sensacional discutir um detalhe de estrutura com um escultor! No Brasil, uma idéia dessa é impensável, até para as grandes empresas, pois antes de tudo, há que se vencer preconceitos e se ter uma visão mais holística da realidade, que é onde se insere o projeto.
É urgente uma revolução de idéias que, sem a pretensão de querer mudar tudo de uma hora para outra, garanta o início de um processo de revisão cultural do valor do projetar e do planejar. Revolução não só na arquitetura e engenharia, mas também em outras áreas de atuação humana.
São, principalmente, os jovens profissionais a esperança e o meio, para que uma revolução de idéias ocorra. Um futuro mais digno para nossas profissões depende dessa vontade. Mas como incutir isso nos novos profissionais. Só vislumbro uma maneira: através do processo de ensino e aprendizagem nas escolas. Com incentivo ao pensar, respeitando o tempo próprio para isso. Sem a cobrança estafante das entregas urgentes. Basta ver as famosas "viradas noturnas" a que os alunos se dedicam nas fases de entrega de trabalhos escolares. Ninguém pensa, todos cumprem tarefas. Assim educados, reproduzem esse mesmo procedimento na vida profissional. Professores argumentam que os trabalhos que eles pedem para os alunos podem ser executados dentro da sala de aula, sem necessidade de horas extras. Pode até ser que sim, mas com que grau de crítica, raciocínio e experimentação? Nosso ensino ainda está muito voltado para "o cumprir o programa" em detrimento ao pensar e aprender. O grande engenheiro de estruturas, Eduardo Torroja dizia: "nas escolas há tanto para aprender que não sobra tempo para pensar".
Talvez, você que esteja lendo este artigo tenha outras idéias para mudar essa situação miserável (em todos os sentidos) em que se colocou o divertido (criativo, alegre e bem reconhecido) jogo de projetar. Converse sobre o assunto com outros profissionais, pense em uma maneira de mudar a situação, para que os verdadeiros profissionais, e por que não, também os amadores, no melhor sentido da palavra (o que ama fazer o que faz), sejam reconhecidos e sua atividade de projetar finalmente valorizada.
Autor: Yopanan C. P. Rebello, Doutor em Engenharia Civil e Professor da YCON
Visite seu site e veja outros artigos interessantes:

http://www.ycon.com.br/artigos.php?id=14
Ler Mais

Peças protendidas não padronizadas e agora?

 Pós-tensão com monocordoalhas em fábricas de pré-fabricados de concreto 

 A solução ideal e prática para a fabricação de peças não padronizadas, em fábricas, é a utilização de pós-tensão com monocordoalhas plastificadas e engraxadas, por diversas razões: 

• Podem ser utilizadas fôrmas metálicas ou de madeira, especiais para as peças des-padronizadas, e fundir as peças em qualquer área da fábrica;

 • Pode-se utilizar o pessoal treinado da fábrica; 

• Podem ser utilizados os macacos monocordoalha já existentes na fábrica, não sendo necessárias novas aquisições; 

• Não há necessidade de se tomar cuidados contra danificações em bainhas metálicas; 

• A colocação das cordoalhas plastificadas dentro da armadura frouxa das peças de concreto é muito simples - quase como a colocação da própria armadura frouxa; 

• O custo das ancoragens que ficarão incorporadas às peças de concreto é muito baixo, interferindo muito pouco no custo da peça completa; 

• Os nichos das ancoragens são muito pequenos e facilmente disfarçáveis, por meio de grauteamento, após a protensão; 

• Não há necessidade de injeção de pasta de cimento; conseqüentemente, nem do equipamento de mistura nem da bomba para a injeção; 

• Os cabos monocordoalha podem assumir todas as curvaturas características da pós-tensão, economizando aço nas peças.

Eugenio Luiz Cauduro, engenheiro civil responsável pelo desenvolvimento de Mercado de Produtos para Construção Civil da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira

Artigo extraido de:
Ler Mais
 
Clube do Concreto . | by TNB ©2010