Dosagem do concreto Abrams versus Ruy - parte 3

Transcrevo parte da página 21 da tradução do livro de Duff Andrew Abrams pelo professor Eduardo C. S. Thomaz, “Design of Concrete Mixtures” ( Projeto de misturas de concreto ) cujo o Link é: http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/cimentos_concretos/abrams_dosagem_rev11.pdf

Determinar o tamanho máximo dos agregados usando as seguintes regras:


• Se mais que 20% do agregado é mais graúdo do que uma peneira, o tamanho máximo será o da próxima peneira mais graúda;
• Se entre 11% e 20% é mais graúdo que uma peneira, o tamanho máximo será o da próxima “meia‐peneira”mais graúda;
• Se menos que 10% é mais graúdo que algumas peneiras, a mais miúda dessas peneiras será considerada como o tamanho máximo.

Logo Abrams já observava que a dimensão máxima característica DMC deveria ser corrigida porque os percentuais retidos que determinam o DMC poderiam falsear a sua curva - Fuller (DMC é o denominador na equação da curva de Fuller). 

Mas isto não foi realizado matematicamente, o que realizei foi introduzir a dimensão máxima teórica DMT que corrige na escala logarítmica e matematicamente.

A principal preocupação de Abrams era procurar o Modulo de Finura ideal de uma mistura. Se as 27 curvas de Abrams tem como a média a curva de Fuller então basta ajustar a mistura a curva "MÃE" de Fuller ajustada pelo DMT, isto é o mesmo que ajustar ao MF ideal.

Foi por isto que foi feito 27 misturas com módulos de finura idênticos para se obter uma conclusão a respeito do MF e onde se observa que a curva de Fuller é a curva intermediária de todas estas 27 curvas.

Porque Abrams também entendia que (página 4):


Agregados de qualidades equivalentes na feitura do concreto podem ser produzidos por um número infinito de diferentes granulometrias de um dado material.

Por isto foi feito um estudo comparativo com 27 granulometria diferentes mas com o mesmo módulo de finura MF.

E também só existia este caminho de se conhecer a granulometria dos materiais (página 4):

A análise do peneiramento ( granulometria) fornece a única base correta para o “proporcionamento” dos agregados da mistura do concreto.


Na página 9 temos que:

O problema do projeto de misturas de concreto se resume no seguinte:

Produzir um concreto trabalhável, que tenha uma dada relação água/cimento, usando uma quantidade mínima de cimento; ou ao contrário , produzir um concreto trabalhável com uma relação água/cimento mínima, usando uma dada quantidade de cimento.

Os métodos para assegurar a melhor granulometria do agregado e o uso do concreto mais seco, que seja trabalhável, são considerados apenas como ferramentas que nos permitam alcançar os resultados acima mencionados.



Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra.


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