Como Otimizar o Custo de Vigas (4) Otimização

Agora é começar a analise. 

Uma analise em conjunto no QUADRO RESUMO com os 4 índices básicos de cálculo (-Momentos
-Cortantes-Flechas-Fissuração) nos facilita para que possamos procurar as variáveis (h,fck,ɸl e ɸt) com a finalidade de se atender uma relação de esforços solicitantes e resistentes próxima a 1 e com o Custo desse elemento sendo analisado.

Tudo muito diferente do usual, hoje a maioria dos calculistas calculam as armaduras longitudinais/transversais/pele e verificam as flechas e fissuras mas não analisamos tudo conjuntamente com a intenção de obter o menor custo para o elemento analisado.....

Esforços:
Rd – esforço resistente de cálculo
Sd – esforço solicitante de cálculo

Elementos básicos de cálculo:
1-Momentos
2-Cortantes
3-Flechas
4-Fissuração

Variáveis:
1-a altura (h) da seção transversal, 
2-a resistência característica do concreto à compressão (fck) e 
3-o diâmetro das armaduras longitudinais ɸl e transversais ɸt .

Uma boa partida para pré-dimensionar a altura h é se adotar h= raiz(6*Md/(b*Fck)) + 2* cobrimento.

Começando então agora é só  utilizar com variação a altura h até obter para Momentos um valor de Sd / Rd = 1 e verificar a relação nos outros 3 itens e é claro deve-se ver o seu custo.

Altere o fck e verifique o aumento de  Sd / Rd  e o custo da peça.

Temos que reduzindo a altura a Flecha poderá não ser atendida mas temos a opção de minimizar estas deformações excessivas utilizando contra-flecha.


O que é contra-flecha:
é o deslocamento vertical intencional aplicado durante a montagem das escoras, ou seja, no sentido contrário ao da flecha.

A expressão proposta por Pinheiro (2007) está logo abaixo, mas lembre-se que pela norma NBR6118 o valor da contra flecha não poderá ser superior a relação L/350

ac=ai+af/2 <  L/350

Onde:
ac = contra-flecha;
ai = flecha imediata
af = flecha diferida

Uma outra opção é de se aumentar o tempo de escoramento desse elemento, aumentando assim o tempo de aplicação inicial  das cargas. Existe também a importância da realização de uma cura adequada e com controle para minimizar os efeitos de fluência e retração.

Outra opção que não é muito usual porque onera o custo da viga, seria se adotar uma armadura superior (A's) maior fazendo com que o valor do fator de fluência seja diminuído. (na razão inversa de = 1+ A's/Aconcreto)

Se houver problemas de Fissuração pode-se alterar os diâmetros das armaduras longitudinais para se verificar se o problema se corrige, não corrigindo deve-se aumentar a altura h do elemento.

Veja que temos muitas opções de análise para corrigir o elemento quando não está em conformidade em algum item no dimensionamento e temos também um acompanhamento do custo desta viga.

Vou terminar esta etapa, creio que consegui explicar o básico de um cálculo estrutural MODERNO de uma viga:

Não se deve ter as armaduras simplesmente calculadas em separado mas sim em um único cálculo com um QUADRO RESUMO e com um QUADRO DE CUSTO.

Vou ver se faço uma ultima publicação que se trata de MEDIR a eficiência do projeto em suas armaduras, tudo conforme o que já expliquei numa anterior publicação A IMPORTÂNCIA DE MEDIR.



Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra



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