Parte 1- http://www.clubedoconcreto.com.br/2018/01/dosando-modernamente-um-concreto-de-50.html
Antes de iniciar a segunda parte vou esclarecer mais sobre a questão da escolha do fcj.
Antes de iniciar a segunda parte vou esclarecer mais sobre a questão da escolha do fcj.
Temos hoje uma grande confusão para sabermos se o concreto que recebemos ou produzimos está atendendo ao pré-requisito de resistência, tudo devido a imposição de um controle estatístico feito pela norma.
Veja o seguinte: o consumidor nada tem a haver com controles estatísticos, ninguém compra alguma coisa solicitando o controle estatístico do produto!!! imagine comprar alguma coisa e solicitar o seu controle estatístico!! estes controles para a resistência devem ser feitos somente internamente pelas usinas de concreto e pelos laboratórios de controle de aferição de resultados.
Seria muito simples verificar se o concreto atende ou não a resistência especificada pelo projeto da seguinte forma:
-Se este valor for superior ou igual ao fck o concreto estaria CONFORME, uau...!!! acabaria as confusões no recebimento do concreto!!
Veja o seguinte: o consumidor nada tem a haver com controles estatísticos, ninguém compra alguma coisa solicitando o controle estatístico do produto!!! imagine comprar alguma coisa e solicitar o seu controle estatístico!! estes controles para a resistência devem ser feitos somente internamente pelas usinas de concreto e pelos laboratórios de controle de aferição de resultados.
Seria muito simples verificar se o concreto atende ou não a resistência especificada pelo projeto da seguinte forma:
-Se este valor for superior ou igual ao fck o concreto estaria CONFORME, uau...!!! acabaria as confusões no recebimento do concreto!!
Aos dosadores e produtores estes sim, teriam de utilizar o fcj com os coeficientes de STUDENT adequados ao seu uso, ou seja ao tamanho da amostra para uma determinada certeza, nada de imposições. O critério de se utilizar amostras com 20/30/....seria a critério do fabricante deste concreto. Resta ainda ao dosador utilizar o coeficiente de certeza a ser escolhido, se ele quer arriscar a ter concretos 5% não conformes e fazer os consertos de futuras patologias, que continuem a utilizar ao pé da risca a norma!!!.....que tal utilizar 99% de certeza no seu lote???
Depois falo mais sobre isso....
Passo 4: PROPORCIONAMENTO
Deve-se primeiramente fazer a análise granulométrica de cada agregado e com esta informação se realizar um enquadramento em um curva padrão que faça o empacotamento dos grãos reduzindo ao máximo os seus vazios.
Tem-se utilizado a curva de Fuller para isso, outras curvas apareceram mas nestas épocas não se tinha a vibração e aditivos e adições que temos hoje.Alguns dosadores de concreto atualmente utilizam Andreassem modificado, todas as curvas utilizam a dimensão máxima característica (DMC) dos agregados que foram escolhidos. Então se procura uma menor dispersão da curva da mistura escolhendo criteriosamente cada percentual para cada agregado.Dispersão é um numero que se encontra utilizando formulações matemáticas que o método DPCON adota, os outros métodos existentes de dosagem não tem esta informação!!
É bom se entender o que é DMC e DMT:
A dimensão máxima caraterística (DMC) de um agregado esta associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.
Dimensão máxima teórica (DMT) é a medida exata na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada EXATAMENTE igual a 5% em massa ou de outro valor a que se venha adotar em função do produto fabricado (semi secos se utiliza em torno de 20%)
A conta para se achar o DMT é meia complexa tendo em vista que a curva padrão é logaritimica. O DPCON faz automaticamente esse cálculo após a escolha dos agregados que se deseja utilizar.
Mas qual tipo de agregado devemos utilizar? e quantos tipos de agregados?
Claro que as areias devem ser de boa qualidade, e claro que as britas devem ser cúbicas...
Se for utilizado uma areia e uma brita, deve-se ter consciência que a dispersão em relação a curva padrão será maior e isso certamente ocasionará maiores desvios padrões nos resultados de resistência do concreto. Pode-se diminuir esta dispersão utilizando somente uma areia e uma brita de DMC menor, que tal fazer com a B12 e terá surpresas...
Para se obter uma dispersão menor é evidente que deve-se misturar pelo menos 3 bons agregados.
O método para se encontrar cada percentual dos agregados é que fica a cargo do dosador do concreto. O DPCON faz tudo automaticamente se apertando um botão, o comando Solver do excel encontra a resposta em segundos...
Fazer por tentativa é cansativo e não se encontra os valores matematicamente corretos e mesmo se utilizar o método da ABCP não convém.....veja AQUI o porque.
Resta verificar o teor de finos (não deixe de ver o teor de pulverulentos) depois de se obter a mistura. Eu pessoalmente adoto a peneira 0.15 que é a mesma adotada na bibliografia das bombas Shuwing. Compare este teor de finos se está acima ou abaixo da curva padrão. É de suma importância se quiser fazer um bom concreto!! Lembre que um bom concreto, seja ele bombeado ou de outro tipo, nada mais é do que um concreto bem dosado e nada mais além disso. Vou publicar mais a respeito dos finos no concreto.
Se o teor de finos está muito diferente do padronizado troque ou adicione agregados!!! não adote misturas com altas dispersões porque certamente irá obter concretos ruins e irá ter um bom NOCRETO
Passo 5: TEOR DE ÁGUA INICIAL
É preciso ter um teor de água inicial para se calcular o traço inicial para depois se verificar o teor de água inicial na trabalhabilidade a ser utilizada.
Um vai e vem: teor inicial de água>>>traço inicial>>>verificação da trabalhabilidade>>>teor de água final
Este teor de água inicial se obtém por tabelas ou por formulações que foram parametrizadas com diversos estudos.
W=235*St^0.10 / ((DMT)^0.18)
W= água em lts/m3.
St= abatimento em mm para o concreto.
DMT=dimensão máxima teórica em mm previamente calculado.
O método DPCON utiliza uma fórmula própria. Como se trata de um vai e vem pode-se estimar este teor de água inicial por tabelinhas conforme estas logo abaixo:

Sendo utilizado aditivos ou mesmo adições devemos fazer um ajuste deste teor de água inicial adotado em função do tipo e da quantidade do aditivo escolhido e da adição.
Digamos que nesse caso de dosagem que estamos realizando utilizaremos para um slump de 10mm e com uma areia, a brita B12 e a brita B19 (de preferencia com as britas sempre da mesma pedreira) teríamos pela tabela um teor de água inicial de 205 litros. Digamos que utilizaremos o aditivo com base de Policarboxilato e que este aditivo faça um corte de 20% do teor de água, teremos:
Teor inicial de água: 205 x 0.80 = 164 litros de água
Esta mistura tem um teor de ar aprisionado que temos de utilizar na confecção dos traços.
Veja que a tabela azul acima fornece o valor do ar aprisionado, para o DMC de 19mm temos 2% de ar aprisionado. Para facilitar o trabalho o método DPCON parametrizou com uma fórmula própria o cálculo deste teor de ar.
Veja que a tabela azul acima fornece o valor do ar aprisionado, para o DMC de 19mm temos 2% de ar aprisionado. Para facilitar o trabalho o método DPCON parametrizou com uma fórmula própria o cálculo deste teor de ar.
Passo 6: TRAÇO INICIAL
Com os dois parâmetros já encontrados e refazendo a fórmula abaixo teremos para o traço inicial:
a/c = 0.42
teor de água 164 lts/m3
teor de água 164 lts/m3
O consumo de cimento será: 164 / 0.42 = 390 kg/m3 >>>390 / 3.15 = 124 lts/m3
A%=a/c / (1+m) *100 então A%(1+m)=a/c*10
Calculemos o volume absoluto de agregados contidos em um m3 de concreto:
Vol agreg = 1000-124-164-20= 692 litros por m3
Digamos que os agregados tenham uma densidade parecidas e seja de 2,60 t/m3
2.60 x 692 = 1800 kg de agregados por m3
Com os valores dos % do proporcionamento se obtêm a parcela para cada agregado
digamos areia 44% B12 28% B19 28%
O traço inicial será:
Cimento 390 kg/m3
Areia 1800 x 44% = 792 kg/m3
B12 1800 x 28% = 504 kg/m3
B19 1800 x 28% = 504 Kg/m3
Água 164 - 0.8% x 390 =161 kg/m3
Aditivo 0.8% x 390 = 3.12 kg/m3
Verificando o teor de agua materiais secos:
A% = 164 / (390+1800) = 7.5 %
Verificando o teor de argamassa:
%arg = (390+792)/(1800+390) = 1182/2190=54%
Passo 7: TRAÇO FINAL
Mãos a obra e depois de se ajustar o teor de água se volta se moldam cp's para diversas idades.
Depois com vários a/c ( utilizo 6 a/c para ser bem exato) se moldam mais outros cp's para se obter a curva de correlação de a/c versus resistência (Abrams)....
O método DPCON tem este passo a passo na sua sequencia de dosagem e encontra matematicamente as formulações destas curvas para diversas idades escolhidas. Abaixo uma imagem das curvas deste cimento da Votorantim para as idades de 1/3/7 e 28 dias:
Com a fórmula se acha o a/c final e com ela temos o traço final.
Missão cumprida, ufa!! levei horas escrevendo essa publicação, mas o DPCON realiza os cálculos de uma maneira muito simples e rápida, não existe procura de valores em tabelas, todas as fórmulas foram parametrizadas!! Assim temos um CONCRETO e por aqui nada de NOCRETO !!!
Qualquer dúvida é só comentar e que tal adquirir o DPCON para estudar e realizar as suas dosagem de CONCRETOS plásticos e semi secos ?? Adquira AQUI
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
A%=a/c / (1+m) *100 então A%(1+m)=a/c*10
Calculemos o volume absoluto de agregados contidos em um m3 de concreto:
Vol agreg = 1000-124-164-20= 692 litros por m3
Digamos que os agregados tenham uma densidade parecidas e seja de 2,60 t/m3
2.60 x 692 = 1800 kg de agregados por m3
Com os valores dos % do proporcionamento se obtêm a parcela para cada agregado
digamos areia 44% B12 28% B19 28%
O traço inicial será:
Cimento 390 kg/m3
Areia 1800 x 44% = 792 kg/m3
B12 1800 x 28% = 504 kg/m3
B19 1800 x 28% = 504 Kg/m3
Água 164 - 0.8% x 390 =161 kg/m3
Aditivo 0.8% x 390 = 3.12 kg/m3
Verificando o teor de agua materiais secos:
A% = 164 / (390+1800) = 7.5 %
Verificando o teor de argamassa:
%arg = (390+792)/(1800+390) = 1182/2190=54%
Fazer o concreto e verificar a trabalhabilidade (slump, visual...) corrigir se necessário.
Existe três formas de se corrigir, lembre-se que utilizando maior teor de água o consumo de cimento irá aumentar.
-Aumentando o teor de água
-Aumentando o teor de aditivo
-Ou ambos acima
Mãos a obra e depois de se ajustar o teor de água se volta se moldam cp's para diversas idades.
Depois com vários a/c ( utilizo 6 a/c para ser bem exato) se moldam mais outros cp's para se obter a curva de correlação de a/c versus resistência (Abrams)....
O método DPCON tem este passo a passo na sua sequencia de dosagem e encontra matematicamente as formulações destas curvas para diversas idades escolhidas. Abaixo uma imagem das curvas deste cimento da Votorantim para as idades de 1/3/7 e 28 dias:
Com a fórmula se acha o a/c final e com ela temos o traço final.
Missão cumprida, ufa!! levei horas escrevendo essa publicação, mas o DPCON realiza os cálculos de uma maneira muito simples e rápida, não existe procura de valores em tabelas, todas as fórmulas foram parametrizadas!! Assim temos um CONCRETO e por aqui nada de NOCRETO !!!
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